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Níger. Os personagens em busca de um autor e o povo protagonista excluído. Artigo de Mauro Armanino

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02 Agosto 2023

"Demolidos os partidos, eliminado o principal opositor Hama Amadou, dividida por toma-lá-dá-cá a sociedade civil e, por fim, a operação de sedução "pecuniária" para a classe intelectual do país, a democracia se transformou no reino tentacular e fundamentalmente corrupto do PNDS. Bazoum, apesar da cumplicidade dos observadores internacionais que ratificaram os resultados da votação das últimas eleições presidenciais de 2021, foi eleito de forma fraudulenta", escreve Mauro Armanino, missionário, doutor em antropologia cultural e etnologia, em artigo publicado por Avvenire, 01-08-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

As fronteiras entre realidade e ficção, como bem destacava Luigi Pirandello em sua dramaturgia, são sempre muito tênues. O que se passa no Níger, depois da relativa tomada do poder por um grupo de militares da Guarda Presidencial na última quarta-feira, assemelha-se a um jogo em que todos os personagens estão em busca de um autor. A política, em primeiro lugar, entendida como participação na construção do bem comum, que de fato nunca foi exercida. Tem sido interpretada como uma luta perene pelo poder, com a mesma lógica daquele colonial da França que conseguiu se manter no país do "seu" urânio graças a políticos complacentes. Quando estes tentaram se distanciar do Pai Patrão francês, surgiram, não por acaso, os primeiros golpes de estado de autor sem nome. No próximo dia 3 de agosto será o aniversário da independência do Níger e serão 63 anos de caminho no deserto atravessado pelo rio de mesmo nome. Os outros personagens do drama foram os partidos políticos que, hoje, contam-se às dezenas e cujo número e consistência variam de acordo com as temporadas do poder. Fazem-se e desfazem-se agregações de complacência que apenas garantem algumas "garantias alimentares" a mais aos membros dos partidos. Um deles, que está no governo há dez anos, chama-se PNDS, ou seja, o Partido Nigerino para a Democracia e o Socialismo.

Apresentando-se nas eleições de 2004 e 1999 foi perdedor e só depois do penúltimo golpe de estado em 2010, havia vencido as eleições no ano seguinte. O atual presidente Mohamed Bazoum é o sucessor (e escolhido por ele) de Mahamadou Issoufou, ambos fundadores do PNDS. A década de poder de seu mentor, ao contrário da opinião ocidental e africana, gradualmente contribuiu para afundar a frágil democracia do país.

Demolidos os partidos, eliminado o principal opositor Hama Amadou, dividida por toma-lá-dá-cá a sociedade civil e, por fim, a operação de sedução "pecuniária" para a classe intelectual do país, a democracia se transformou no reino tentacular e fundamentalmente corrupto do PNDS. Bazoum, apesar da cumplicidade dos observadores internacionais que ratificaram os resultados da votação das últimas eleições presidenciais de 2021, foi eleito de forma fraudulenta.

Após cerca de dois anos, na véspera do Dia da Independência, foi deposto por uma junta militar e vê-se prisioneiro de elementos armados da Guarda Presidencial, quista e cuidada pelo seu antecessor. Entre os atores da vida política do Níger e da África Ocidental estão os militares, personagens em busca de autor de todos os golpes e das tentativas que deram errado, no meio tempo. Por falta de uma democracia real, entendida como um sistema que possibilita o jogo de alternâncias políticas sem recorrer à violência, são eles que "zeram" o marcador de quilometragem e permitem que a própria democracia se reative.

Isso explica porque, em geral, nesta parte do mundo os golpes de estado são bem vistos e apoiados pelo povo que vê neles uma oportunidade de recomeçar a apresntação do início. O grande excluído de tudo isso, por ausência de autores, ou seja, de cidadãos reconhecidos e reconhecíveis, é justamente o povo, que em todos estes anos foi tomado, querendo ou não, como refém dos vários regimes políticos que se sucederam. O mesmo povo da cidade de Niamey e de outras cidades do Níger que apoiaram o golpe e que ontem chegaram às zonas das embaixadas e, especialmente àquela da França, foi seu alvo principal. A situação no momento é ainda incerta. A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, a União Europeia, os Estados Unidos e a União Africana (e a França em particular) obviamente condenaram o golpe e decidiram aplicar um arsenal de sanções econômicas e políticas com rapidez incomum. Não se exclui nem mesmo uma intervenção armada caso o presidente eleito não seja libertado e assuma as funções que lhe eram devidas antes do golpe. Não por acaso, esse jogo de papéis é evidente no Níger, um dos países economicamente mais pobres do mundo, mas rico em sua geopolítica.

O urânio para a França, o petróleo para a China e outras matérias-primas a serem definidas.

A externalização das fronteiras para controlar e bloquear a mobilidade humana.

O oásis de estabilidade para acolher os militares da França, Estados Unidos, Alemanha e Itália, faz do Níger, como disse no início, um país em busca de autor, enquanto os russos aguardam sob as estrelas.

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