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24 Mai 2023

O prefácio de Chimamanda Ngozi Adichie ao novo livro do Papa Francisco “Giù le mani dall’Africa!” (Tirem as mãos da África!, em tradução livre).

O texto é de Chimamanda Ngozi Adichie, escritora feminista nigeriana, publicado por La Stampa, 20-05-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Giù le mani dall'Africa!

Eis o texto.

Eu cresci na Nigéria na década de 1980. A minha era uma geração de africanos sedenta de heróis.

Tínhamos encontrado um em Patrice Lumumba, aquele que primeiro se tornou primeiro-ministro do Congo independente. No período que precedeu a independência, o Congo vivera a barbárie do colonialismo belga (...). Lumumba queria curar as feridas de seu povo. Era carismático e corajoso, determinado a alcançar uma independência efetiva da Bélgica (...). Consequentemente era considerado uma ameaça às ambições neocolonialistas do Ocidente. Ele permaneceu no cargo apenas poucos meses, até que foi assassinado por interesses belgas e estadunidenses.

Lumumba era um símbolo muito amado. (...) Ele se preocupava pelo bem-estar do povo congolês, mas foi morto por aqueles cujo interesse era o controle dos recursos congoleses. Como o Congo é rico em recursos, como estanho, tungstênio, ouro e urânio, sempre atraiu o interesse do Ocidente. (...) O assassinato de Lumumba significou o início de um conflito interminável. Morreram milhões de pessoas, há milhões de deslocados internos, milhões se refugiaram em outros países. É neste contexto histórico que a visita do Papa Francisco ao Congo e ao Sudão do Sul deve ser lida.

"Tirem as mãos de África!”: que título encorajador para este livro e que tema encorajador para a sua visita! Uma metáfora importante para apontar um país cujos recursos foram por muito tempo explorados, por um país esgotado por saques e conflitos. É tempo, sugere o Papa Francisco, que mãos violentas e ávidas deixem o Congo em paz, que as mãos da paz e da cooperação se encarreguem desta bela e martirizada terra. (...) Para o Papa Francisco, tudo o que afirmamos em nome da religião ou da fé deve passar por um olhar centrado nas pessoas.

E ainda mais na África, um continente que tradicionalmente para o resto do mundo contou não pela humanidade de seu povo, mas sim por seus recursos. Consequentemente, a maior tragédia do Congo não são conflitos internos, mas o silêncio do mundo. (...) Creio que a visita do Papa Francisco ao Congo e as fortes mensagens que proferiu ali devem ser lidos como uma reprimenda ao mundo. Chamando a atenção para a condição do povo congolês, o Papa Francisco assumiu o papel de defensor simbólico da humanidade africana.

Sua mensagem não é simplesmente que o Congo - e, por extensão, a África – importa, mas que importa apenas por uma razão. Não pelos seus recursos (...) mas simplesmente pelas pessoas. A África importa porque os africanos importam. Ouvindo os testemunhos perturbadores e dolorosos das vítimas da guerra e respondendo a elas, o papa Francisco destaca mais uma vez a centralidade de seu empenho humanitário. (...) É de se esperar que o Papa pregue uma mensagem de paz em um país provado pela guerra como o Congo.

E durante toda a visita de fato ele prega a paz, mas também consegue introduzir uma perspectiva insólita. Na homilia durante a Missa no aeroporto de Ndolo, afirma que “num mundo desencorajado pela violência e pela guerra, os cristãos fazem como Jesus". Claro, ele não quer dizer que os cristãos devem ser Deus como o é Deus Jesus, mas que devem olhar para o exemplo que deu Jesus. Ele fala sobre a crucificação e quão inesperada é a mensagem que Cristo dirige aos seus apóstolos quando no final se mostra a eles. A mensagem de Cristo foi uma anunciação de paz. Foi quando os apóstolos estavam mais deprimidos, vencidos pelo desespero pela morte de Cristo, que ele mesmo lhes trouxe aquela inesperada mensagem de paz.

Portanto a mensagem de paz de Cristo é particularmente adequada para um país como o Congo. (...) Como escritora, aprecio muito a veia de genuíno realismo que se destaca na atitude do Papa Francisco (...) Sua abordagem é sempre articulada e nunca simplista. Quando pede às pessoas que olhem além da identidade para encontrar a unidade, não está sugerindo que eles devam, por esse motivo, ignorar a importância de identidade. "Desarme seu coração": assim exorta os congoleses enredados em violentas rivalidades étnicas, mas ao mesmo tempo deixa claro como ele não acha que eles deveriam parar de se indignar ou de denunciar o mal.

(...) A amplitude e o caráter de inclusão que animam a visão do Papa Francisco sugerem tanto uma Igreja confiante quanto sua confiança pessoal na Igreja. É uma confiança fundamentada na humildade, e dela haure a coragem para tornar firme e inequívoca a sua denúncia da guerra. É também uma fonte de alegria observar com que clareza ele invoca a paz "sem ses nem mas".

Refere-se a Cristo que no Horto do Getsêmani fala a seu discípulo que desembainhou uma espada: "Põe tua espada na bainha!". E então chega, realmente, dessa série interminável de conflitos no Congo. Evidencia o fato que os cristãos devem escolher de que lado ficar, que não se pode ficar indecisos diante de tanta violência: "Quem desencadeia guerra e violência trai o Senhor e renega o seu Evangelho". Talvez até os poderosos que se calam diante da guerra traem o Senhor: essa acusação poderia ser dirigida com credibilidade a vários países ocidentais. Mesmo que não participem da guerra, sua própria inação a torna possível. Na visita do Papa Francisco se pode ver uma forma de acolher o futuro, porque é evidente que o futuro do catolicismo está no Sul do mundo, especialmente na África.

Mais ainda, porém, a sua visita é uma homenagem da importância primordial dos seres humanos comuns.

(...) Eis um líder que lidera pelo exemplo, exortando os outros a não perderem o senso de admiração diante do encontro humano e, ao mesmo tempo, expressando sua admiração no encontro com o povo do Congo e do Sudão do Sul. Sou uma grande admiradora do trabalho do Papa Francisco e "Tirem as mãos da África!" presenteia-me com uma pequena esperança para o Congo, o Sudão do Sul e o amado continente de coração partido que chamo de casa.

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