07 Outubro 2022
A professora Maria Elisa Máximo, há quinze anos docente na instituição, não está demitida, mas afastada de suas funções docentes, disse o diretor geral da Faculdade IELUSC, professor Sílvio Iung. Embora ele não saiba informar que providência futura a instituição tomará, trata-se, de momento, de uma atitude humana, uma vez que a professora tem medo de sair de casa, tal a carga de agressão que vem sofrendo.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
Em rede social, a professora postou: “Joinville sendo o esgoto do bolsonarismo, pra onde escoou os resíduos finais da campanha do imbroxável inominável. Não tem escape: há gente brega, feia e fascista pra todos os lados”. Bolsonaro realizou a última motociata antes da eleição de domingo em Joinville.
A postagem agrediu a comunidade. “Não se trata de questão política, mas a nota feriu o orgulho joinvillense”, arrolou Iung. A carga emocional na cidade é tamanha que ameaça, inclusive, a continuidade do curso de Comunicação Social. O comunicado da instituição frisa que a postagem da professora “em nenhum aspecto nos representa”, e que o assunto está sendo tratado pelos órgãos superiores da Associação Mantenedora.
A comunidade acadêmica está assustada com a repercussão que a postagem da professora tomou. O clima político no país está manifesto na maior cidade catarinense.
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Instituição de Joinville não demitiu, mas afastou de momento professora por postagem em rede social - Instituto Humanitas Unisinos - IHU