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Jesus era um simbionte que amava as estrangeiras e os estrangeiros. Artigo de Daniela Di Carlo

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05 Outubro 2022

 

"Ser simbiontes nos permite realmente nos colocar na vida do outro e da outra, como aconteceu com Jesus, e descobrir que no fundo somos uma única incrível e bela humanidade", escreve Daniela Di Carlo, pastora valdense da Igreja de Milão, em artigo publicado por Riforma, semanário das Igrejas Evangélicas Batistas Metodistas e Valdenses, 07-10-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Jesus, além de todas as atribuições que lhe reconhecemos, também foi verdadeiramente um "simbionte" e nós não percebemos! Na série de televisão Star Trek: Deep Space Nine, um dos personagens do elenco presente em todos os episódios é Dax, um simbionte do povo Trill, ou seja, uma forma de vida que vive em simbiose com um hospedeiro humano como espécie unida. Cada união entre Dax e um hospedeiro humano cria um novo e único indivíduo e cada indivíduo herda as memórias e as experiências dos/as hóspedes anteriores. Esse novo indivíduo deixa-se transformar pela relação profunda que tem com o seu hóspede e dá origem a um número infinito de transformações e conversões. Jesus é um simbionte por isso.

 

Sem dar atenção aos muros culturais e políticos, ele se mistura com a mulher cananeia que lhe pede para poder comer as migalhas que caem da mesa e aprende com Maria, sentada no chão como um discípulo homem, que as mulheres também têm o desejo de se aproximar à figura do rabina que aprende com o Mestre a oferecer consciência e testemunhar a fé em Deus.

 

E o que dizer da genealogia de Jesus relatada no Evangelho de Mateus, onde encontramos quatro mulheres estrangeiras que deram a Jesus um corpo nascido de uma história feita de encontros entre povos que caracterizou a encarnação do próprio Deus? Sim: Tamar, Raabe, Rute e Bate-Seba são com Maria as mulheres que claramente contribuíram para o nascimento de Jesus.

 

Tamar, provavelmente cananeia, se disfarça de prostituta para ter um filho com o sogro Judas, que havia desobedecido à regra do levirato e não a casou com seu filho Sela, apesar de ser seu direito, depois que ficou viúva.

 

A determinação de Tamar leva seu sogro a reconhecer que Tamar é mais justa do que ele que era judeu.

 

Raabe é uma prostituta de Jericó que esconde dois exploradores de Israel que queriam dar uma olhada na terra que queriam conquistar. Ele os esconde dos emissários do rei de Jericó e só porque sente que seu Senhor é Deus, grande no céu como na terra.

 

Rute, moabita, junto com sua sogra Naomi, é uma "refugiada climática", hoje reconhecíveis também como refugiadas ambientais. O livro que conta sua história nos fala sobre essa família atípica capaz de cuidar uma da outra apesar de vir de povos historicamente inimigos.

 

Bate-Seba, esposa de Urias, o hitita, que era um dos oficiais do rei Davi, desempenha um papel fundamental na sucessão que vê seu filho Salomão subir ao trono no lugar de Adonias, o filho que Davi teve com outra mulher. Bate-Seba, vítima de abuso e estrangeira, fica viúva por causa de Davi, que se apaixona por ela e manda matar o marido durante a guerra.

 

Se na história de Jesus a mestiçagem, a contaminação entre os povos era tão frequente, por que ainda há alguma resistência nas fileiras das igrejas cristãs em reconhecer na estrangeira a irmã que tem o mesmo nosso direito de habitar a terra e de estar em segurança? Talvez porque, como fala a filósofa bell hooks, "o patriarcado capitalista supremacista branco imperialista... é um sistema político-social segundo o qual os homens são por sua natureza dominantes, superiores a todos aqueles que consideram fracos, em especial as mulheres, e têm o direito de guiá-los e governá-los e manter esse domínio através de várias formas de terrorismo e violência psicológicos” [1].

 

Consciente do fato de que as religiões abraâmicas privilegiaram a superioridade humana sobre a animal, a superioridade animal sobre o ecossistema, a superioridade do gênero masculino, representado pelo homem branco, sobre o feminino, agora é difícil projetar um mundo diferente. No entanto, temos uma indicação: Jesus é um simbionte e nós podemos sê-lo com ele porque a criação de Deus demonstrou a importância de estar interconectada e de ter a necessidade de reconhecer a dependência de um povo do outro e até mesmo da comunhão interespécies, toda parte da Criação precisa das outras partes para sua própria sobrevivência.

 

O patriarcado não terminou completamente nas religiões.

 

No entanto, vislumbra-se um longo e cansativo caminho a percorrer: adverte-nos Paola Cavallari que é preciso fazer ressurgir “o roubo cometido pelos homens, o roubo da subjetividade feminina e, não menos importante, o engano que o esconde. Trata-se de um genocídio cultural arcaico, que se estratificou ao longo dos milênios, tão antigo que a cultura dominante o considera um dado natural, enquanto é a história que o inscreveu nos corpos” [2].

 

Recordemos que Deus elegeu os migrantes e fez deles um povo em constante movimento: pensemos, de fato, na viagem do povo de Israel e no êxodo do Egito, nas promessas de regresso do exílio. Ser simbiontes nos permite realmente nos colocar na vida do outro e da outra, como aconteceu com Jesus, e descobrir que no fundo somos uma única incrível e bela humanidade.

 

Notas

 

[1] bell hooks. A vontade de mudar: masculinidade e amor. (disponível on-line). 2022. bell hooks é o nome assumido pela filósofa estadunidense Gloria Jean Watkins, retomando e escrevendo, mas com as iniciais minúsculas, o nome de sua avó materna.

[2] Paola Cavallari (Org.). Non sono la costola di nessuno: letture sul peccato di Eva. Gabrielli editori, 2020.

 

Leia mais

 

  • Qual o espaço das mulheres na Reforma? Entrevista com Daniela Di Carlo
  • A fronteira a ser transposta e a Mulher Cananeia – uma leitura possível
  • Discípulas de Jesus
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  • Missa do papa pelos migrantes: “Para Deus, ninguém é estrangeiro”
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