O Papa: mídia digital, um meio potente para promover a paz

Mais Lidos

Newsletter IHU

Fique atualizado das Notícias do Dia, inscreva-se na newsletter do IHU


Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

19 Julho 2022

 

Francisco envia mensagem aos participantes do Congresso Mundial da Associação Internacional Católica de Comunicação (Signis), programado de 15 a 18 de agosto, em Seul. Às vezes, "os sites da mídia tornaram-se locais tóxicos, com discursos de ódio e fake news", afirma o Papa. É necessário ajudar os jovens a usá-los com um senso crítico.

 

A reportagem é de Salvatore Cernuzio e Mariangela Jaguraba, publicada por Vatican News, 18-07-2022.

 

Nestes dias "marcados por novos surtos de violência e agressão", a paz também deve ser promovida no mundo digital, muitas vezes um lugar "tóxico, com discursos de ódio e fake news". É o que escreve o Papa Francisco na mensagem enviada aos participantes do congresso mundial da Associação Internacional Católica de Comunicação (Signis), confiando ao organismo essa missão a ser cumprida no âmbito virtual, mas que tem profundas repercussões na realidade atual.

 

O congresso está programado de 15 a 18 de agosto, em Seul, na Coreia do Sul, "uma terra cuja história de evangelização mostra o poder da palavra impressa e o papel essencial dos leigos na difusão do Evangelho". O Papa se refere a Santo André Kim e seus companheiros mártires, desejando que sua história, de duzentos anos atrás, possa confirmar os participantes do encontro "em seus esforços de anunciar o Evangelho de Jesus Cristo na linguagem dos meios de comunicação contemporâneos".

 

Mídia digital, um potente meio de diálogo e comunhão

 

Não é um compromisso a ser subestimado, observa o Papa: "A revolução da mídia digital das últimas décadas mostrou ser um potente meio para promover a comunhão e o diálogo dentro de nossa família humana."

 

"De fato, durante os meses de confinamento devido à pandemia, vimos claramente como as mídias digitais podem nos unir, não apenas divulgando informações essenciais, mas também preenchendo a solidão do isolamento e, em muitos casos, unindo famílias inteiras e comunidades eclesiais na oração e no culto."

 

Graves questões éticas

 

Ao mesmo tempo, o uso da mídia digital, particularmente as redes sociais, levantou uma série de "questões éticas graves" que exigem "um julgamento sábio e perspicaz por parte dos comunicadores e de todos aqueles que se preocupam com a autenticidade e qualidade das relações humanas".

 

Às vezes, "os sites da mídia tornam-se locais tóxicos, com discursos de ódio e fake news", afirma o Papa Francisco, que identifica isso como um verdadeiro desafio a ser enfrentado através "da educação para os meios de comunicação e uma rede de meios de comunicação católicos e da luta contra mentiras e desinformação".

 

Educar jovens

 

Esses esforços que os comunicadores da Signis são chamados a fazer recebem todo o apoio do Papa, que convida a prestar especial atenção "à necessidade de ajudar as pessoas, especialmente os jovens, a desenvolverem um senso crítico saudável, aprendendo a distinguir a verdade da mentira, o certo do errado, o bem do mal, e valorizar a importância de trabalhar pela justiça, pela harmonia social e pelo respeito da nossa Casa comum".

 

Inclusão digital

 

O Bispo de Roma também não esquece "as muitas comunidades do nosso mundo que permanecem excluídas do espaço digital": para elas também é preciso arregaçar as mangas, "tornando a inclusão digital uma prioridade" a fim de dar "uma contribuição significativa para a difusão de uma cultura de paz baseada na verdade do Evangelho".

 

Escutar com "o ouvido do coração"

 

Por fim, o Papa Francisco recorda sua Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2022, focada na escuta como "o primeiro e indispensável ingrediente do diálogo e da boa comunicação". Uma escuta a ser realizada com "o ouvido do coração".

 

Aqui, esse "apostolado da escuta pertence aos comunicadores católicos", escreve o Pontífice: "A comunicação, na verdade, não é apenas uma profissão, mas um serviço ao diálogo e à compreensão entre indivíduos e comunidades mais amplas, em busca de uma convivência serena e pacífica."

 

O caminho Sinodal

 

A escuta, afirma Francisco, é "essencial" para o caminho sinodal empreendido por toda a Igreja nos últimos anos. "Escutar reciprocamente" e "crescer na consciência de participar de uma comunhão que nos precede e nos inclui", é o que deseja o Papa Francisco. Dessa forma, será possível "criar uma Igreja cada vez mais 'sinfônica', cuja unidade se expressa numa polifonia harmoniosa e sagrada", conclui o Papa.

 

Leia mais

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

O Papa: mídia digital, um meio potente para promover a paz - Instituto Humanitas Unisinos - IHU