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Os silêncios de Pio XII, o papa que falhou diante do nazismo

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27 Junho 2022

 

"Pio XII não foi cúmplice dos nazistas, faltou-lhe aquela coragem que (arrisco) um homem como Karol Wojtyla provavelmente teria demonstrado. Foi um homem ímpar para o desafio supremo daqueles anos. Pode-se concordar com Kertzer quando escreve: 'Como líder moral, Pio XII deve ser considerado um fracasso'." 

 

O comentário é de Corrado Augias, jornalista e escritor italiano, em artigo publicado por la Repubblica, 26-06-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Há alguns anos, foi publicado pelo escritor britânico John Cornwell um ensaio muito polêmico logo no título a respeito de Pio XII: o Papa de Hitler. Foi um exagero injusto. O Papa Pacelli não era pró-nazista, pelo contrário, detestava o aspecto anticristão e quase demoníaco daquela sinistra ideologia. O que se pode dizer é que sua atitude em relação aos dois ditadores Mussolini e Hitler foi tão cautelosa que o fez parecer quase conivente. Em essência, é o que afirma David Kertzer no ensaio que acaba de ser publicado: Un Papa in guerra (Um papa em guerra, em tradução livre, Garzanti) objeto da polêmica que se entrelaçou (24 e 25 de junho) nestas páginas. Os protagonistas foram o próprio Kertzer e o historiador católico Matteo Luigi Napolitano.

 

Boa polêmica, gostaria de acrescentar, em boa fé de ambos os lados, com argumentos razoáveis. Como espectador interessado nos acontecimentos da Igreja Católica (estreitamente entrelaçados com a história italiana), tive a impressão de que Napolitano visa acima de tudo defender a ação de Pio XII analisando frases isoladas ou palavras; do ensaio de Kertzer, por outro lado, temos uma visão geral do comportamento de Pacelli naqueles anos horríveis. Por exemplo, duas lacunas vistosas se destacam.

 

A primeira é o fracasso em defender os católicos poloneses e o próprio clero daquele país após a invasão ordenada por Hitler (setembro de 1939) que depois foi o estopim da Segunda Guerra Mundial. A outra, terrível, foi seu silêncio quando as SS, com a ajuda dos fascistas italianos, cercaram o gueto de Roma, enviando mais de mil judeus para o extermínio de Auschwitz. Os caminhões com os prisioneiros passaram quase sob as janelas do papa, fosse aquele um caminho obrigatório ou uma deliberada provocação. Os judeus romanos eram "seus" judeus, outro papa que veio algumas décadas depois os chamaria de "nossos irmãos prediletos e, de certa forma, nossos irmãos mais velhos". Pacelli, ao contrário, permaneceu em silêncio.

 

O historiador Napolitano lembra que em um relatório do Vaticano aparece a frase: “A Santa Sé não deve ser colocada na necessidade de protestar. Caso a Santa Sé fosse obrigada a fazê-lo, confiar-se-ia, pelas consequências, à Divina Providência.” A Divina Providência é certamente uma boa inspiradora, mas chamá-la em causa para aqueles desventurados que no meio tempo eram empilhados em vagões de gado e enviados para o abate após sofrimentos desumanos, francamente parece insuficiente. Se, além disso, aquela frase aludisse a possíveis excomunhões ou outros gestos ou medidas papais de maior vigor, basta lembrar que, nos fatos, nenhum gesto seguiu o massacre, nem mesmo tardio.

 

Há também outra parte da realidade que deve ser lembrada: muitos conventos se abriram para acolher judeus e membros da resistência antifascistas, protegendo-os assim da fúria nazista. O Papa não quis levantar publicamente aquele protesto, aquele grito, que talvez tivesse limitado o horror; em compensação, ele permitiu que, em silêncio, alguma ajuda fosse prestada. As autoridades de ocupação obviamente sabiam e ficaram em silêncio. Nos fatos, estabeleceu-se uma espécie de pacto tácito pelo qual cada um desempenhou silenciosamente seu papel. Os nazistas e seus cúmplices fascistas (incluindo algumas ferozes gangues irregulares como a de Pietro Koch) continuaram em seu cruel trabalho, os conventos acolheram aqueles que conseguiam entrar.

 

Este é precisamente o ponto que melhor descreve o caráter do homem Eugenio Pacelli, o sentido de seu pontificado, para o aspecto em discussão. Pacelli era um católico à moda antiga, ele havia se formado em seminários onde antijudaísmo (especifico: não antissemitismo) era palavra corrente. Onde o "povo deicida" ainda era açoitado pelas terríveis palavras de Mateus 27,25: "Seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos." Palavras, ressalto, que o Papa Ratzinger definiria mais tarde como "historicamente infundadas". A sua cultura era a de um descendente da pequena nobreza romana, filho de um advogado, ligado à tradição, consciente de que os tempos seriam difíceis para a Igreja mesmo depois do fim da guerra. Sua concepção da virgindade feminina, por exemplo, se reportava àquela das origens cristãs, foi ele quem quis santificar Maria Goretti, uma pobre criatura morta aos 12 anos por ter resistido a uma tentativa de estupro. Foi ele quem quis proclamar, em 1950, o último dogma sobre Nossa Senhora: assumida ao céu em corpo e alma. Era uma crença há muito cultivada pela mais ingênua piedade popular. Erigi-la a dogma de fé causou não poucos conflitos como já havia acontecido quando Pio IX proclamou o outro dogma mariano, da Imaculada Conceição (1854).

 

Essa sua formação cultural andava de mãos dadas com um temperamento não particularmente intrépido.

 

Várias fontes, inclusive, descrevem-no como intimidado pelo Führer alemão, possivelmente mais próximo a Mussolini, de quem certamente intuía a íntima natureza de comediante e sobre cujo apoio provavelmente contava para amansar Hitler.

 

Eugenio Pacelli é unanimemente descrito como um diplomata habilidoso. Foi o autor material da concordata com a Alemanha (julho de 1933, ainda hoje válida) em nome de Pio XI. Preocupava-se sinceramente com o destino dos católicos alemães num país amplamente luterano e a sorte da Igreja. Um de seus temores era que uma firme atitude antinazista teria prejudicado o destino dos fiéis católicos.

 

Pio XII não foi cúmplice dos nazistas, faltou-lhe aquela coragem que (arrisco) um homem como Karol Wojtyla provavelmente teria demonstrado. Foi um homem ímpar para o desafio supremo daqueles anos. Pode-se concordar com Kertzer quando escreve: "Como líder moral, Pio XII deve ser considerado um fracasso."

 

Leia mais

 

  • O extermínio na hora do almoço. Artigo de Corrado Augias
  • A minha verdade sobre Pio XII, o papa em guerra
  • “Caro Kertzer, sobre Pio XII e o nazismo há demasiadas omissões em suas teses”
  • Pio XII a Hitler: “Se tivermos paz, os católicos serão fiéis, mais do que ninguém”
  • A Igreja de Pio XII dividiu-se diante dos regimes fascistas
  • Pio XII não podia parar os trens, mas tinha que excomungar os nazistas
  • O papa de Hitler ou o salvador dos judeus?: Pio XII, o pontífice do silêncio
  • O silêncio de Pio XII: “Ele temia o cisma dos católicos alemães”
  • Pio XII. O Yad Vashem muda a didascália controvertida
  • Quando Mussolini tentou impedir a eleição de Pacelli, papável “político demais”
  • Em 16 de outubro de 1943, a invasão do gueto de Roma. Mais de 1000 pessoas levadas para Auschwitz. Apenas 16 retornaram
  • O Centro Simon Wiesenthal deu ao Papa Francisco um documento de Hitler onde ele fala sobre a eliminação dos judeus

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