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11 Mai 2022


Dois pesquisadores do Observatório do Vaticano fazem uma importante descoberta sobre o Big Bang e acrescentam uma pedra ao edifício da reconciliação entre ciência e fé.

 

A reportagem é de Marie-Lucile Kubacki, publicada por La Vie, 06-05-2022. A tradução é do Cepat.

 

Entre as ideias que tem vida dura está a de que a Igreja Católica não estima a ciência. O debate é antigo. No copo meio cheio, alguns citam as universidades e os hospitais fundados pela Igreja Católica, o batalhão de cientistas e filósofos católicos – alguns deles inclusive clérigos –, sua influência nas descobertas e no debate intelectual na Idade Média e no Renascimento, mas também a efervescência dos mosteiros como lugar de educação.

 

No copo meio vazio, encontramos gerações marcadas aqui e ali por um ensino catequético bastante literal do Gênesis e as controvérsias, incluindo o retumbante julgamento de Galileu pela Inquisição. Um episódio que, ainda que deva ser inserido no contexto científico mais global da época, não deixa de ser uma grande injustiça.

 

Reconciliar fé e ciência

 

A Constituição Pastoral Gaudium et Spes, um dos principais documentos do Concílio Vaticano II, propunha, aliás, este mea culpa: “É lamentável que se tenha introduzido, inclusive entre os cristãos, uma certa atitude de desrespeito à autonomia das ciências, gerando disputas e controvérsias que levaram muitos a pensar que existisse uma oposição entre a ciência e a fé” (n. 36).



O parágrafo terminava com uma nota de rodapé que cita a obra do historiador Pio Paschini, Vita e opere di Galileo Galilei (2 vols., Vaticano, 1964), publicada pela Pontifícia Academia das Ciências sob o pontificado de João XXIII – livro cuja história merece um artigo à parte, pois, encomendado em 1942 pela Pontifícia Academia das Ciências e concluído em 1944, foi mantido em sigilo por ser considerado insuficiente e perturbador pela Congregação para a Doutrina da Fé.



Seja como for, a Gaudium et Spes prestou uma forte homenagem ao processo científico: “Quem investiga com humildade e perseverança o segredo das coisas é conduzido, mesmo sem o saber, pela mão de Deus, que todas as coisas sustenta e as faz serem o que são”. 

 

Uma revolução no Big Bang

 

É essa intuição que acompanha os pesquisadores do Observatório do Vaticano, em sua maioria jesuítas, e dois dos quais – os padres Gabriele Gionti (jesuíta) e Matteo Galaverni (padre diocesano da Emilia-Romagna) – acabam de fazer uma importante descoberta sobre a origem do universo, o Big Bang. Nada menos.

 

Em quê? Ao proporem uma nova abordagem matemática suscetível de mudar a compreensão das coisas. Em um comunicado de imprensa publicado no final de abril, o Observatório indica que a nova perspectiva induzida por sua descoberta "poderá provocar uma revolução na nossa compreensão do Universo primevo".

 

Os pesquisadores explicam à La Vie que “a física que descreve os primeiros instantes do universo ainda é desconhecida”. Em suma, prosseguem, "trata-se de encontrar uma teoria da gravidade quântica, porque tal teoria poderia combinar o comportamento em larga escala da força gravitacional (como na relatividade geral de Einstein, que domina as grandes distâncias) com a mecânica quântica (que estuda fenômenos físicos em escala atômica e subatômica)”.

 

Uma longa linhagem de cientistas católicos

 

Para realizar cálculos aproximados na gravidade quântica, eles explicam ainda, “muitas vezes usamos teorias alternativas da gravitação de Einstein (chamadas de teorias efetivas). Para estudar detalhadamente as implicações dessas novas teorias, costuma-se transformá-las em outra teoria, ou “quadro”, que é matematicamente mais fácil de estudar. Essa transformação é chamada de passagem do quadro de Jordan para o quadro de Einstein”.



Os padres Gionti e Galaverni mostraram, portanto, que o quadro usado anteriormente na maioria das vezes não funciona como esperado, mas encontraram outro quadro completamente diferente dos anteriores, e que funciona. “Nesse quadro, a velocidade da luz torna-se nula na presença de fortes campos gravitacionais”.



Em seu comunicado de imprensa, o Observatório inscreve os dois pesquisadores em uma filiação de cientistas católicos: “Ao realizar estas pesquisas, os padres Gionti e Galaverni estão seguindo os passos de outros cientistas católicos. No século XVII, os padres Giovanni Battista Riccioli e Francesco Maria Grimaldi realizaram os primeiros estudos de precisão sobre a gravidade. Ao cronometrar a queda de objetos na torre Asinelli em Bolonha, Itália, eles foram os primeiros a determinar com precisão a aceleração devido à gravidade, ou seja, a intensidade da gravidade. No século XX, o padre Georges Lemaître, da Bélgica, partindo das ideias de Einstein, desenvolveu a teoria que hoje é conhecida como Teoria do Big Bang. As ideias de Lemaître foram posteriormente confirmadas pelas observações telescópicas do astrônomo americano Edwin Hubble”.

 

A ciência, um “rastro de Deus”

 

Mas que conclusões os católicos comuns podem tirar dessa descoberta? “O resultado dos padres Gionfi e Galavani, acredita a equipe do Observatório, confirma que nosso universo parece matematicamente ordenado e harmonioso. É um cosmos (= ordem em grego) que se opõe ao caos (= desordem). Faz sentido para uma pessoa de fé pensar que esta ordem é fruto da criação de um Deus benevolente. Ele criou o universo com uma ordem matemática e enviou seu Filho único para aperfeiçoá-lo, fazendo-o tomar essa matéria, que é um produto desse mesmo universo criado.

 

Isso não é uma prova da existência de Deus, mas um raciocínio estético, no sentido de que a beleza matemática deste universo inflama os crentes com um amor por Deus que, por amor, criou este universo. Como crentes, sabemos que Deus criou este universo em uma relação de Amor com o Filho, e que este Amor é de fato o Espírito Santo. Quando fazemos ciência, é como se encontrássemos vestígios deste Amor no universo e, portanto, um traço de Deus. É por isso que dizemos que às vezes a pesquisa é uma forma de oração”.



Uma francesa de setenta anos, que passou por uma instituição católica na sua juventude, e que havia rompido com a prática religiosa mantendo uma vida de oração, nos confidenciou certo dia: “Eu rezo, nos confidenciou, esperando que Deus me ouve, porque estou cheio de dúvidas sobre sua existência, e essa dúvida me faz sofrer”. Ela contou o que constituiu para ela a primeira ruptura: a desproporção entre os cursos literais sobre o Gênesis no catecismo e os primeiros cursos de ciências, ministrados na mesma instituição.

 

O Observatório Astronômico do Vaticano, em breve aberto ao público

 

Mas, sobretudo, a impossibilidade de questionar os professores sob pena de ser considerada impertinente. O que ela sentiria na cidade de Albano, não muito longe de Castel Gandolfo, ao entrar no Observatório Astronômico do Vaticano, criado há cinco séculos? O local, que merece ser amplamente conhecido, deverá em breve estar parcialmente aberto ao público.

 

A cada verão, recebe 25 estudantes de todo o mundo que estão destinados a se tornar astrônomos profissionais. Um museu também deve ser aberto por lá, embora a data da abertura ainda seja desconhecida – a crise da saúde já passou por lá. Entre outras coisas fascinantes e comoventes, você pode descobrir fotos e histórias de papas e do céu, o famoso telescópio perto do qual o Papa Paulo VI foi imortalizado, assim como os livros manuscritos de religiosas consagradas do início do século XX – Emilia Ponzoni, Regina Colombo, Concetta Finardi e Luigia Panceri – verdadeiras cartógrafas do céu, que descobriram e catalogaram mais de 400.000 estrelas entre 1910 e 1922.

 

Mulheres de ciência e fé, cuja história foi recentemente desenterrada. Há também um clichê dessas mulheres trabalhando… o que não é exatamente um “clichê”.

 

“A ciência, o casamento e a fé são histórias de amor”

 

Talvez, vendo essas mulheres de fé esquadrinhando o céu com rigor, essa septuagenária fizesse suas as palavras de Guy Consolmagno, jesuíta americano, que passou por Harvard e pelo Massachusetts Institute of Technology, atualmente diretor do Observatório do Vaticano, que La Vie encontrou no verão passado: “Como cientista, você deve ser capaz de dizer: não sei, do contrário pararia de procurar! E o mesmo vale para uma pessoa de fé. Penso que é muito importante dizer também: não sei, preciso saber. Se você acha que resolveu a questão de Deus, então sua fé está morta.

 

O mesmo vale para o casamento. Meus pais foram casados por 72 anos antes de morrerem com seis meses de diferença (meu pai tinha 100 anos e minha mãe 97) e, até o fim, eles aprenderam um com o outro. Um casamento não é um problema a ser resolvido, e que acaba quando você o descobre. É o fato de dizermos a nós mesmos que sempre há algo para explorar, todo tipo de pequenas contradições que passaremos a vida tentando entender”. Com os olhos brilhantes, declarou: “A ciência, o casamento, a vida religiosa e a fé são histórias de amor”.



Nós lhe havíamos perguntado o que ele sentia quando olhava para o céu como ele faz: "O universo é mais do que nós, nos confidenciou, e quando olhamos para ele, em primeiro lugar, há esse Universo maior lá adiante e que nos puxa para fora de nós mesmos. Então chega um dia em que você percebe que não há apenas planetas ao longe, mas que você caminha sobre um planeta agora, e que, é claro, Deus está lá, no céu, e também nesta parte que está aqui embaixo. Este céu azul acima de nós não é uma barreira impenetrável que nos separa do resto do universo”. Como no afresco de Michelangelo pintado no teto da Capela Sistina, a ciência pode ser o elo de união neste pequeno espaço que aproxima o dedo do homem e o de Deus.

 

Leia mais

 

  • “Nossas almas e nossa imaginação precisam ser alimentadas”. Testemunho de Guy Consolmagno
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