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A imaginação que liberta para a fé

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23 Abril 2021

 

"Trata-se também de uma questão de limpar o campo dos preconceitos sobre o que os cristãos acreditam. Este é o verdadeiro desafio urgente de uma nova imaginação cristã. Será que poderá ser compreendida não apenas por escritores e teólogos, mas também pelos próprios fiéis?", escreve Roberto Righetto, jornalista, em artigo publicado por Avvenire, 22-04-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

“O Cristianismo no Ocidente - diz Timothy Radcliffe - só poderá voltar a florescer se conseguirmos envolver a imaginação dos nossos contemporâneos. Acredito que o ateísmo representa não tanto um desafio à nossa inteligência, mas sim à nossa imaginação”. E tudo é um convite aos cristãos de nosso tempo para reacender a chama da esperança e reavivar a fé um tanto apagada e domada (como vimos neste tempo de pandemia) que emerge do último e impressionante ensaio do dominicano inglês, conhecido teólogo e biblista que de 1992 a 2001 foi mestre da ordem, intitulado Accendere la immaginazione (Acender a imaginação, em tradução livre, Emi, p. 496, 31 euros, nas livrarias a partir de hoje).

Para o Cardeal Newman “a imaginação, não a razão, é o grande inimigo da fé”. O famoso teólogo que viveu no século XIX certamente não quis dizer que a imaginação dos cristãos deva voar rés do chão, mas olhava para a maneira como seus contemporâneos imaginavam o mundo: sem transcendência.

Radcliffe aceita o desafio e, numa época dominada pela "globalização da superficialidade" e pelo "nadamaisqueismo", ou seja, a tendência à simplificação, argumenta que a imaginação "pode ser a porta pela qual escapamos ao limite de qualquer modalidade reducionista de ver a realidade”. Viajando muito de avião para proferir conferências ao redor do globo, pelo menos nos anos anteriores ao coronavírus (a edição em inglês da obra é de 2019), o dominicano teve oportunidade de ler muito e assistir a muitos filmes. O que ele mostra preferir são, de longe, romances e séries de TV: de Philip Roth a Cormac McCarthy até Friends ou Killing Eve, demonstrando uma formidável curiosidade intelectual. Tudo o que passa por ele é filtrado pelos olhos da fé, à maneira de São Paulo: "Examinai tudo e retende o bem".

Nas primeiras páginas já há uma citação brilhante de Emma Donoghue e de seu romance O quarto de Jack, na Itália traduzido pela Mondadori em 2016: uma mãe é sequestrada e trancada em um galpão onde dá à luz e cria seu filho Jack. O único contato com o mundo exterior é uma claraboia e uma televisão. Um pouco como no mito da caverna de Platão ou no filme O Show de Truman. Mas finalmente um dia Jack consegue escapar e descobre a beleza e a imensidão do universo. “É uma imagem que me impressionou - comenta Radcliffe como uma metáfora maravilhosa para a libertação da nossa imaginação das restrições da mentalidade unívoca. Do preto e branco passa-se para a cor”. Na verdade, o que põe em risco a imaginação religiosa não é tanto o ateísmo, mas uma forma chata de ver o mundo. É o mesmo conceito magistralmente expresso por Flannery O'Connor em relação ao que Radcliffe chama de "a imaginação dogmática". Para a escritora estadunidense, “um dogma é uma porta de entrada para a contemplação e um instrumento de liberdade, não de constrição; protege o mistério em benefício da mente humana”.

O livro do teólogo surpreende também porque reforça a ideia do cristianismo como contracultura em relação à mentalidade comum, oprimida pelo "paradigma tecnocrático", como o chamou o Papa Francisco. A busca da verdade não bloqueia de forma alguma a aventura da mente humana e o fato de sustentar uma visão do mundo, como fazem as religiões, certamente não impede o debate livre e o desenvolvimento do pensamento. Aqui, Radcliffe critica Steve Jobs, que em seu famoso discurso em Stanford convidou jovens recém-graduados que o ouviam "para não cair na armadilha dos dogmas".

E ele lembra uma frase emblemática de Chesterton: “Existem apenas dois tipos de pessoas: aquelas que aceitam dogmas e o sabem, e aquelas que aceitam dogmas e não o sabem”. É como dizer que não só quem acredita tem certezas e convicções arraigadas. Na empreitada de atrair a imaginação dos contemporâneos, o cristianismo, como já mencionado, pode encontrar aliada a literatura e, principalmente, a poesia. De Graham Greene a Seamus Heaney, de Czeslaw Milosz a Marylinne Robinson, o livro é uma sucessão contínua de referências e sugestões, para deixar claro que “a vida não se reduz à eletricidade cerebral e à pulsação sanguínea; é dinâmica e orientada para um fim”. Mas a ciência também se revela amiga da fé. Embora não negue que as posições de alguns cientistas, como Hawking, digam o contrário, Radcliffe conclui que "não é a ciência que compromete a visão religiosa das coisas". Chegando depois a se perguntar, nos passos de Teilhard de Chardin e dos estudos mais recentes da teóloga católica norte-americana Elizabeth Johnson, se a ciência não poderia ajudar a imaginação cristã a se abrir novamente para uma perspectiva duradoura. E diante da “geração floco de neve”, aquela dos jovens que pedem para ser protegidos de todo perigo e dificuldade, é necessário reiterar que o cristianismo é uma aventura arriscada. Não é por acaso que os livros mais amados do século XX são aventuras de inspiração cristã, O Hobbit e O Senhor dos Anéis, segundo o próprio Tolkien, são impregnados de catolicismo.

Mas a inspiração religiosa também é evidente nas histórias de Nárnia de C.S. Lewis e Harry Potter. Isso significa, segundo Radcliffe, que “se aquela aventura que é o cristianismo pudesse ser contada como merece, interceptaria a sede de transcendência”. Como também acontece no romance A Estrada, de McCarthy, que evoca "esplendidamente a imagem da vida como uma aventura da qual a sombra de Deus nunca está ausente". Mas, para que o cristianismo volte a fazer arder o coração das pessoas, como acontece com os missionários que na época moderna evangelizaram África, a Ásia e a América Latina, deve ser apresentado não como um código moral, mas como um estilo de vida. Vezes demais, inclusive nas últimas décadas, prevaleceu a tendência de descrever o cristianismo como algo agradável e seguro, como uma "espiritualidade gentil tentadora". Esquecendo a radicalidade do Evangelho e, de fato, o risco da aventura. Finalmente, trata-se também de uma questão de limpar o campo dos preconceitos sobre o que os cristãos acreditam. Este é o verdadeiro desafio urgente de uma nova imaginação cristã. Será que poderá ser compreendida não apenas por escritores e teólogos, mas também pelos próprios fiéis?

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