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O mistério de Casaldáliga. Artigo de Víctor Codina

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09 Setembro 2020

“Como pôde suportar a pobreza, as longas viagens de ônibus, a solidão e as limitações finais do irmão Parkinson, enquanto seu coração estava alegre e cheio de nomes? De onde nasceu sua esperança de que, mesmo que sejamos combatentes derrotados, nossa causa é invencível, que caminhamos para a Terra sem-males, para a utopia, rumo à Esperança com E maiúsculo?”, escreve Víctor Codina, jesuíta boliviano, em artigo publicado por Religión Digital, 05-09-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Eis o artigo.

 

O impacto da morte de Casaldáliga (Pere, dom Pedro, Pedro), foi enorme, impressionante, não somente em ambientes eclesiais e isso merece reflexão.

É assombroso que aquele jovem de Balsareny que entrou no seminário de Vic e depois nos Missionários Cordimarianos – Claretianos, em pleno ambiente de franquismo e da Igreja da Cristandade pré-conciliar, ao ir para o Brasil tenha se convertido em um Santo Padre da Igreja dos pobres e profeta da libertação.

De onde tirou forças Casaldáliga para trabalhar pastoralmente em São Félix do Araguaia com os tapirapé e xavantes, defender os posseiros contra os latifundiários, impulsionar organizações cívicas e eclesiais no Brasil e toda América Latina, criticar o Império do Norte e dizer a Pedro para que deixe a cúria, desmantele o sinédrio, a muralha e abandone os filactérios? Como teve liberdade profética para maldizer as cercas e as propriedades privadas que escravizam a terra e os seres humanos? Quem o fez resistir às ameaças de morte dos poderosos e às críticas, suspeitas e vetos de seus irmãos de báculo e mitra?

Como pôde suportar a pobreza, as longas viagens de ônibus, a solidão e as limitações finais do irmão Parkinson, enquanto seu coração estava alegre e cheio de nomes? De onde nasceu sua esperança de que, mesmo que sejamos combatentes derrotados, nossa causa é invencível, que caminhamos para a Terra sem-males, para a utopia, rumo à Esperança com E maiúsculo?

Não morreu de pé como uma árvore, mas sim em uma cama, sem poder falar e totalmente dependente dos demais, sem ter nada, sem levar nada e não poder nada.

Estamos diante de uma vida misteriosa. Não foi um simples coordenador de pastoral, nem um sociólogo, nem um economista, nem um mero revolucionário político. Qual foi a raiz última de sua vida, qual é seu mistério oculto? Afortunadamente, suas poesias nos oferecem as chaves hermenêuticas de sua vida.

Não são poesias simplesmente estéticas, mas sim místicas, como as de João da Cruz, que nos abrem ao Mistério último, a um Tu, um Tu com o que possui uma relação não meramente individual e religiosa, mas sim histórica, que o leva a subir e baixar do Monte Carmelo, a escutar o Vento do Espírito na rua.

Este Tu é Jesus de Nazaré, versão de Deus em pequenez humana, feito homem no ventre de Maria e classe na oficina de José. Para Casaldáliga, Jesus de Nazaré é sua força e seu fracasso, sua herança e sua pobreza, sua morte e sua vida. É o Jesus da gruta de Belém e dos pastores, das bem-aventuranças, dos pobres e dos pequeninos, das mulheres fiéis, da paixão e da cruz, o Jesus do Reino, do amor feito comida.

Este Jesus é uma pedra de escândalo e uma pedra angular, assim como são os pobres, é o libertador total, assassinado pelo Templo e pelo Império, mas cujo túmulo vazio, como os túmulos do povo massacrado, anuncia a Manhã de Páscoa. Para Casaldáliga só existem dois absolutos: Deus e a fome, onde há pão, há Deus.

O bispo de São Félix sempre se impressionou com o capítulo 21 do Evangelho de João, no qual viu como uma síntese de sua vida: a pesca abundante no Lago de Tiberíades após o fracasso da noite escura, enquanto na margem, um personagem misterioso o convida para almoçar e pergunta a Pedro se ele o ama:

“Jesus de Nazaré, filho e irmão, / vivendo em Deus e com o pão nas mãos, / caminho e companheiro de caminho, / Libertador total da nossa vida / que vem pelo mar, ao amanhecer, / as brasas e as chagas ardentes”.

Agora, finalmente, Casaldáliga jaz enterrado junto ao rio Araguaia, um rio que simboliza o Mar Vermelho, o Jordão e o Lago de Tiberíades. E na alvorada pascal da ressurreição, junto à costa, está Alguém que o espera de braços abertos para partilhar o pão. E talvez uma garça branca vigie seu túmulo. O mistério da vida de Casaldáliga finalmente nos é revelado. Os pobres o ensinaram a ler o evangelho.

Obrigado, Pere, porque com sua vida evangélica transparente, você nos aproxima do Mistério final e no meio de nossas noites sombrias, você torna nossa fé mais crível.

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