Coronavírus no Brasil: Pe. Bernardi (Arsenal da Esperança São Paulo), “nenhum hóspede morador de rua foi infectado. Mas os pobres não sabem mais o que fazer”

Foto: Arsenale Sermig San Paolo

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02 Setembro 2020

“Às vezes nos perguntamos como isso pode ter acontecido, mesmo que certamente estejamos aplicando todos os procedimentos de limpeza e higiene com o máximo rigor”. Um pequeno "milagre", aquele descrito ao SIR pelo Padre Simone Bernardi, de Turim, em missão no Arsenal do Sermig de São Paulo.

"Nenhum dos nossos hóspedes e nenhum de nós registou contágios ou problemas graves de saúde", durante uma convivência de mais de mil pessoas duraram 96 dias. Assim, de fato, a quarentena foi vivida no Arsenal.

“Depois, com o início do inverno, tivemos que necessariamente abrir nossas portas, alguns saíram e novas pessoas chegaram. Agora estamos aqui, não vivemos mais rigidamente em quarentena, mas nossa hospitalidade continua, mesmo que estejamos em uma situação particular. Tivemos que suspender nossos cursos profissionalizantes, por exemplo, para aprender a ser padeiros ou pedreiros. As colaborações com universidades, escolas e associações voluntárias estão suspensas. Podemos garantir comida, abrigo, cuidados de saúde. O nosso é um 'porto' para muitas pessoas que chegaram a São Paulo nos últimos anos”.

A informação é publicada por AgenSIR, 31-08-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

A metrópole, aliás, é uma referência para todo o imenso país: “Muitos chegam aqui tentando de tudo, esperam encontrar um emprego, encontrar perspectivas. Agora, porém, tudo mudou. Fui ao aeroporto internacional de Guarulhos, um dos maiores do mundo e vi uma desolação incrível, estava todo vazio. Essa cidade sempre foi o 'motor' de todo o continente”.

Resumindo, “as perspectivas não são boas. Assistimos a lutas políticas contínuas, a fundamentalismos que se confrontam, e são os mais pobres que pagam o preço. Quem morava nas ruas agora não sabe mais o que fazer, desapareceram os empregos informais, quem coletava latas ou trabalhava chamando clientes para as lojas. Acompanhamos também duas paróquias e procuramos ajudar as famílias, com alimentos, com cestas básicas. E os pedidos estão aumentando”.

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