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Neil e Buzz, dois de nós da Terra à Lua "Viemos em paz, em nome de toda a humanidade". Artigo de Carlo Rovelli

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15 Julho 2019

"Se a humanidade tem a possibilidade de um futuro, será somente se a colaboração vier a prevalecer sobre essas divisões devastadoras. Só isso pode nos permitir um futuro. A nossa civilização sobreviverá se colaborar e compartilhar. Sucumbirá se não o fizer". 

O alerta é do físico italiano Carlo Rovelli, professor da Universidade de Aix-Marseille, na França, e diretor do grupo de pesquisa em gravidade quântica do Centro de Física Teórica de Luminy, em Marselha, em artigo publicado por Corriere della Sera, 14-07-2019. A tradução é de Luisa Rabolini. 

Eis o artigo. 

Cinquenta anos depois da chegada do homem na lua, o quanto seja comum o destino da humanidade se tornou evidência - Carlo Rovelli

"Aqui os homens do planeta Terra colocaram pela primeira vez os pés na lua. Nós viemos em paz, em nome de toda a humanidade". É a frase gravada na placa de aço deixada na superfície da lua por Neil Armstrong e Buzz Aldrin em 20 de julho de 1969, cinquenta anos atrás. Os passos dos dois primeiros astronautas no nosso pálido satélite deixaram na época a humanidade espantada, admirada, confusa, comovida. Meio bilhão de pessoas assistiram ao pouso da lua ao vivo, em todas as nações da Terra. Quantos seres humanos, nos dias e nos meses seguintes, levantaram os olhos uma noite para o mágico disco prateado no céu, ficando pensativos, tentando absorver a ideia de que dois seres humanos tinham realmente caminhado lá em cima, dois de nós ...

Talvez nunca quanto naquela época, a humanidade tenha se sentido tão íntima e profundamente parte de uma única família, de um possível futuro compartilhado. Um futuro de paz: "Viemos em paz, em nome de toda a humanidade". Não eram anos fáceis. O cenário político mundial era dominado pelo duro confronto ideológico e militar da guerra fria. Duas ideias para onde conduzir a civilização. O pesadelo da catástrofe nuclear havia sido evitado por um triz poucos anos antes, durante a crise em Cuba, talvez graças apenas à capacidade de manter a cabeça fria de Khrushchov e dos dois irmãos Kennedy; mas o espectro da hecatombe nuclear continuou a pairar. Os vietnamitas eram massacrados todos os dias, os Estados Unidos se destruíam politicamente, separando-se em duas culturas, ainda hoje mais do que nunca divididas.

Uma experiência da natureza que nos permitiu crescer acima de sete bilhões, viver muito mais do que no passado, vidas que teriam sido luxuosas em outros séculos, escrever o Réquiem de Mozart e a Divina Comédia, ver os buracos negros, sair do planeta para dar um passeio na lua - Carlo Rovelli

Cinquenta anos depois, o quanto seja comum o destino da humanidade se tornou evidência. Somos, nós seres humanos, uma espécie jovem, entre as mais jovens do planeta. Somos uma experiência da natureza, uma das muitas que a natureza tenta, em seu processo de tentativas e erros. O experimento de um cérebro muito crescido, capaz de trabalhar junto com outros para tecer essa densa rede de conhecimento e conexões que é a civilização. Aquela que nos permitiu crescer acima de sete bilhões, viver muito mais do que no passado, vidas que teriam sido luxuosas em outros séculos, escrever o Réquiem de Mozart e a Divina Comédia, ver os buracos negros, sair do planeta para dar um passeio na lua. Todos passos possibilitados pela nossa capacidade única de aprender um com o outro e colaborar. Mas este experimento que nós somos, é frágil.

Mas este experimento que nós somos, é frágil. A Terra frequentemente arrasa com as suas espécies, quando os equilíbrios mudam rápido demais; a nossa espécie não está entre as mais resilientes e mudou demais a face do planeta - Carlo Rovelli

A Terra frequentemente arrasa com as suas espécies, quando os equilíbrios mudam rápido demais; a nossa espécie não está entre as mais resilientes e mudou demais a face do planeta. Armas atômicas ainda estão todas ali, nas mãos de pessoas com a cabeça talvez menos fria do que Khrushchov e Kennedy. Os desequilíbrios ecológicos e sociais crescem de forma devastadora, a estabilidade do complexo sistema da civilização moderna é precária. A conflitualidade entre grupos está crescendo. Há um aspecto paradoxal no conflito. Há evidências arqueológicas de que, alguns milênios após a revolução neolítica e a difusão da agricultura, tenham começado a se formar grupos em frequente conflitualidade violenta. O espírito de colaboração característica de nossa espécie foi nutrido, paradoxalmente, justamente pela eficácia da colaboração interna nesses grupos. Assim se fortaleceu, mas como oposição a um inimigo.

As grandes forças ideais e religiosas que nos reagruparam no passado estruturaram-se umas em oposição às outras: em vez de permitir nos reconhecermos como parte de um destino comum, nos fizeram sentir gangues contra gangues, nações contra nações, etnias contra etnias, religiões contra religiões - Carlo Rovelli

Antes de ser pela razão, a colaboração é nutrida pelo coração. Os seres humanos estão assim tão embebidos que muitos não hesitaram em morrer por uma ideia, um grande ideal, uma pátria a defender, uma religião a testemunhar, uma revolta para libertar os oprimidos, para conquistar a liberdade ou simplesmente pelos companheiros de armas; às vezes até por um time de futebol.

Mas as grandes forças ideais e religiosas que nos reagruparam no passado estruturaram-se umas em oposição às outras: em vez de permitir nos reconhecermos como parte de um destino comum, como somos, nos fizeram sentir gangues contra gangues, nações contra nações, etnias contra etnias, religiões contra religiões. A agregação em entidades cada vez maiores levou à formação de estruturas políticas cada vez mais amplas, alicerçadas por esse espírito de colaboração. Estas tiveram o mérito de quase eliminar a violência interna, mas à custa de uma instabilidade dramática, como os 70 milhões de mortos da última guerra mundial.

A civilização humana sobreviverá se conseguir colocar o interesse comum diante do interesse de classe, de nação, de religião, de etnia. Para renovar e ampliar o espírito de colaboração que é sua grande força - Carlo Rovelli

Se a humanidade tem a possibilidade de um futuro, será somente se a colaboração vier a prevalecer sobre essas divisões devastadoras. Só isso pode nos permitir um futuro. A nossa civilização sobreviverá se colaborar e compartilhar. Sucumbirá se não o fizer. Sucumbirá às alterações climáticas, à extinção biológica em massa em curso, às armas nucleares, aos conflitos sociais provocados pelo nosso número e pelas desigualdades. Sobreviverá se conseguir colocar o interesse comum diante do interesse de classe, de nação, de religião, de etnia. Para renovar e ampliar o espírito de colaboração que é sua grande força. Para reconhecer-se como humanidade.

Em vez do bem comum, no entanto, em vez do sonho de uma humanidade de colaboração, paz e igualdade, em muitos países, essa rebelião está principalmente levando ao pior conflito. É o caminho que nos leva diretamente à catástrofe - Carlo Rovelli

Nós não estamos indo naquela direção, infelizmente. A resistência ao compartilhamento pelas classes dominantes e ricas de um planeta cada vez mais integrado desgastou o sentido de destino comum, alimentando a recente rebelião política, que encontrou espaço em todo o mundo. Em vez do bem comum, no entanto, em vez do sonho de uma humanidade de colaboração, paz e igualdade, em muitos países, incluindo a Itália, essa rebelião está principalmente levando ao pior conflito entre grupos, nações, etnias e religiões. É o caminho que nos leva diretamente à catástrofe.

Da Lua à Terra, pequeno teatro de todos os nossos dramas, é uma bola azul brilhante no céu negro. Visto de lá, nosso ninho é tão pequeno. Lá em cima, na solidão e no silêncio da poeira lunar permaneceu a velha placa, para nos lembrar com simplicidade a direção em que devemos ir: "Viemos em paz, em nome de toda a humanidade". Deixada lá cinquenta anos atrás por Neil e Buzz. Dois de nós.

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