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Como Francisco se tornou inimigo da extrema direita ocidental

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29 Abril 2019

A rejeição que o papa argentino experimenta desde que assumiu o Vaticano nunca foi segredo entre a ala ultraconservadora da igreja. Essa repulsa ultrapassa a praça São Pedro e se mistura à política: ele foi apontado como um “inimigo” por Steve Bannon, estrategista da extrema direita e ex-diretor de campanha de Donald Trump.

A reportagem é publicada por Radio France Internationale, 28-04-2019.

Evocando o resgate das tradições judeu-cristãs do Ocidente e o fim da imigração, Bannon está em plena cruzada pela Europa para alavancar os candidatos de extrema direita nas eleições europeias, em maio. Um país recebe atenção especial: na Itália, ele corteja o governo populista de Roma, uma influência que começou bem antes de a Liga Norte chegar ao poder.

Segundo reportagem publicada na revista britânica The Observer, Bannon se aproxima desde 2016 do agora ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, a quem aconselhou a reagir publicamente às declarações do papa sobre a imigração, um dos temas mais caros aos ultranacionalistas.

Desde o encontro, Salvini passou a não perder uma ocasião de tuitar contra Francisco. Ele declarou, por exemplo: “O papa diz que os migrantes não são um perigo. Que besteira!”. Salvini já foi fotografado com uma camiseta na qual se lia “Meu papa é Bento” – uma referência ao conservador Bento XVI, que renunciou ao papado em 2013.

“Papa está completamente errado”

Em uma entrevista à rede NBC em março, Bannon reagiu a advertências do papa quanto ao perigo representado pela emergência de movimentos populistas. “Você pode percorrer a Europa toda e o populismo está pegando fogo. O papa está totalmente errado”, respondeu.

“Logo no início do pontificado, o papa Francisco foi atacado pelos católicos do mundo todo que se identificam com movimentos nacionalistas e xenófobos. Os apelos do papa pelo acolhimento e a solidariedade ao outro o fizeram ser considerado até por grandes partidos de extrema direita, como a Liga Norte, como inimigo contra o qual é preciso reagir”, analisa o pesquisador Jean-Yves Camus, um dos maiores especialistas em extrema direita da França.

A movimentação política anti-papa encontra eco dentro do próprio Vaticano: o cardeal americano Raymond Burke, crítico ferrenho da atuação de Francisco, é o maior aliado da dupla Bannon-Salvini. Ele ajudou a viabilizar o projeto do estrategista americano de abrir um centro de estudos de direita nacionalista, situado a cerca de 100 quilômetros do Vaticano. Instalado em um antigo monastério, o local tem vocação a se tornar um núcleo de propagações do ideal ultraconservador de Bannon. Burke é o presidente honorário do instituto.

Ausência de liderança religiosa

Os principais pontos sensíveis que unem o trio contra Francisco são dois: a defesa dos migrantes e a maior abertura da igreja aos homossexuais, temas que, de uma maneira mais ampla, refletem o apreço de Francisco aos direitos humanos. Com essa pauta, o papa se coloca como opositor, e não como aliado natural da agenda conservadora. A articulação contra o pontífice também responde a uma carência do movimento de ultradireita ocidental de um líder religioso.

Em fevereiro, durante uma reunião da igreja para tratar dos abusos sexuais cometidos por padres, Burke divulgou uma polêmica carta aberta, na qual afirmava que “o mundo católico está à deriva” e os abusos sexuais de menores fazem parte “de uma crise muito maior” originada “na praga da agenda homossexual”. A fraca reação de Francisco ante aos escândalos, aliás, tem sido utilizada de munição para a ala ultraconservadora do Vaticano tentar enfraquecer o pontífice por dentro da instituição.

O desprezo da extrema direita pelo papa levanta dúvidas até sobre a segurança do pontífice. Grupos minoritários, como o francês Brigandes, chegaram a pedir a morte de Francisco, em um vídeo que acabou censurado pelo YouTube.

Apesar da hostilidade, Camus avalia que o pontífice acaba protegido por um sistema de submissão à autoridade papal na igreja. “Os católicos têm o dever da obediência e a grande maioria deles aprova o papa Francisco, que aos seus olhos é infalível. Steve Bannon e seus amigos dizem que ele é infalível sob o ponto de vista dogmático, mas não necessariamente quando faz pastoral, ou seja, quando interpreta o Evangelho”, explica Camus, à RFI. “Na questão da imigração, Bannon tenta convencer que a opinião do papa é pessoal e os católicos não são, portanto, obrigados a concordar.”

Correntes no Brasil de Bolsonaro e na França de Le Pen

O Brasil de Bolsonaro não escapa dessa campanha contra Francisco. O papa, chamado de “esquerdista” por aliados do presidente, é alvo frequente dos disparos pelo Twitter do ideólogo dos bolsonaristas, Olavo de Carvalho.

Ele pediu, por exemplo, que “Bergoglio seja retirado do trono de Pedro a pontapés, e o quanto antes”. Tanto Olavo quanto os filhos de Bolsonaro já se encontraram mais de uma vez com Steve Bannon, antes e depois da eleição do ex-militar ao Planalto.

Na França, o descontentamento dos católicos praticantes com o papa traduziu-se nas urnas: nas últimas eleições presidenciais, 38% deles votaram em Marine Le Pen e contra Emmanuel Macron. Um dos maiores especialistas na religião do país, o escritor Henri Tincq, autor de La Grande Peur des Catholiques de France (O Grande Medo dos Católicos da França, em tradução livre), alerta para o viés reacionário que uma parte dos fiéis franceses passou a adotar, ante ao papado progressista de Francisco.

Até a postura simples e o linguajar acessível do argentino viraram alvo de críticas desses católicos, em geral de classe média e média alta, exasperados em ver a tentativa do papa de reaproximar a igreja do povo. Ao misturar esses sentimentos à política, a reação se volta contra os defensores da laicidade – representados por Macron, ante a uma Le Pen que pregava a exaltação das origens cristãs da França e contrária à suposta invasão islâmica do continente europeu.

“A ascensão das forças de direita, e até de extrema-direita, no catolicismo francês é uma cruel decepção. Ela se traduz em reflexos identitários, neoconservadores, que desfiguram a história e o patrimônio da Igreja em nosso país”, afirmou Tincq ao jornal Libération, no ano passado. Envolvido na preparação de um novo livro, o autor recusou o pedido de entrevista à RFI. 

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