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As lições da queda do padre McCloskey, do Opus Dei. Editorial de National Catholic Reporter

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17 Janeiro 2019

“Estamos pagando caro por tudo isso agora. As peculiaridades que vieram com as noções de João Paulo II sobre o sacerdócio — a insistência em reconstruir um culto separado e distante das pessoas comuns e a total falta de discernimento demonstrada na escolha dos modelos de seu projeto — tornaram-se profundamente entremeadas no tecido de uma já corrompida cultura clerical. Na verdade, suas ideias reforçaram as piores características da cultura”, escreve o editorial da publicação semanal norte-americana, National Catholic Reporter, 15-01-2019. A tradução é de Luísa Flores Somavilla.

Segundo o editorial, “o foco agora não deve ser os pecados das pessoas. Todo mundo erra, todo mundo pode decepcionar - ou pior que isso. É a corrupção institucional que eles representam. É a cultura do clero que representa o ponto central dos problemas da Igreja. E precisa urgentemente de uma reforma radical”.

Eis o editorial.

É hora de a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA publicarem um aviso e colocarem em todos os escritórios de chancelaria do país, bem à porta do bispo, dizendo:

É A CULTURA CLERICAL!

É hora de acabar com a admiração com qualquer revelação que surja de mais um padre santo e maravilhoso que tinha uma vida escondida, abusando de mulheres, crianças ou seminaristas, ou apenas mentia sobre o que sabia ou fazia.

O padre do Opus Dei C. John McCloskey III, por quem a prelatura pagou uma indenização de US$ 977.000 por uma acusação de assédio sexual, foi o último a causar em antigos membros e amigos reações como "Como ele pôde?" , "Como nós não sabíamos?", "Por que quem sabia não disse nada?" e "Como é que alguém desse tipo também fazia tanta coisa boa?".

Em primeiro lugar, talvez fizesse coisas boas porque ele é humano, deixando de lado todo o absurdo das diferenças ontológicas. A fragilidade humana não é uma função da ideologia política ou teológica. O arcebispo Rembert Weakland e o padre trapista Thomas Merton, expoentes da esquerda católica, por exemplo, também eram exemplos de vidas que aliavam uma enorme bondade a indiscrições sexuais profundamente contraditórias. Somos todos capazes de fazer o bem e o mal. Essa é a parte fácil.

As respostas a outras perguntas residem principalmente na compreensão da cultura em que viviam todos esses atores, inclusive McCloskey: a cultura clerical católica. Altamente sigilosa e privilegiada, supostamente celibatária acredita ser distinta do resto da espécie humana e, até pouco tempo, desfrutava de uma deferência dos membros da comunidade católica e das autoridades civis do país que é geralmente reservada para quem é altamente privilegiado. E a longa deferência de grande parte da mídia também tem suas consequências.

A antiga cultura morre lentamente e de forma desigual. O comportamento manipulador de McCloskey com mulheres vulneráveis certamente remontava a textos seus e a uma série de entrevistas para uma apresentação ultraconservadora de preparação para o matrimônio católico. Os mais atentos viam alertas vermelhos em todos os lugares (e o YouTube tem vários exemplos disso), particularmente em um segmento bastante estranho que pode ser visto aqui:

McCloskey explica ao entrevistador invisível por que, na sua visão, os "homens católicos, verdadeiramente católicos" vão para lugares como a América Latina e as Filipinas, "onde facilmente se encontra mulheres maravilhosas que são — perdoe a expressão — submissas, no bom sentido, e que adoram ser mulher, mãe e esposa. Não que sejam desinteressantes, não sejam inteligentes ou não tenham uma boa educação. Mas reconhecem que as mulheres têm dons que os homens não têm, sobretudo a possibilidade de conceber e nutrir um filho, que é a função mais importante de qualquer família."

Nessas partes do mundo, ele explica, apesar de o feminismo ter feito "incursões", não tem a dimensão que tem nos Estados Unidos. É por isso que os homens verdadeiramente católicos "não conseguem encontrar uma boa esposa católica americana com quem se sintam confortáveis” e buscam mulheres adequadamente submissas em outros lugares. Embora talvez não tenham procurado o suficiente no país natal, as americanas que esses homens acham atraentes muitas vezes estão focadas na carreira, não em ficar em casa e cuidar das crianças, afirma.

Essas são as palavras e o pensamento de uma pessoa que se tornou o rosto de uma das organizações preferidas do Papa João Paulo II. McCloskey foi um modelo perfeito do que o falecido Papa, que rapidamente se tornou santo, considerava um "sacerdócio heroico".

Outro exemplo é Thomas Williams, o rosto da associação corrupta Legionários de Cristo, outra queridinha de João Paulo II. Thomas foi pai e acabou deixando o sacerdócio quando os relatos foram divulgados, em 2012. O problema para a comunidade não é a quantidade de votos quebrados, mas o fato de que a cultura escondeu essa realidade por anos. A organização e seu visível porta-voz continuaram afirmando uma espiritualidade de absolutos e de superioridade, como se nada estivesse errado. Essa foi a fraude para a comunidade.

O desacreditado e sem-vergonha Marcial Maciel Degollado, fundador dos Legionários de Cristo, que era um pedófilo inveterado que abusou de seus próprios seminaristas e também era pai de dois filhos, está em uma categoria especial. No entanto, a cultura não apenas o tolerou como também levou adiante suas insanidades sobre liderança e sacerdócio, até a dimensão da fraude e da corrupção cometidas por ele não poderem mais ser escondidas.

McCloskey e Williams eram personalidades destacadas e confiantes da TV Católica, especialistas em assuntos midiáticos e tinham todas as respostas de que se pudesse precisar. Eram o encanto e o rosto alegre e urbano da nova evangelização. Eles foram completamente doutrinados com as ideias de João Paulo sobre o significado da ordenação e suas ideias estranhas e forçadas sobre as mulheres, expressas em seus textos e em uma série de sermões sobre a "teologia do corpo".

Por alguns anos, McCloskey personificava esse sacerdócio forte. Caracterizado em uma manchete do The New York Times como um “padre do Opus Dei” que tinha “um quê magnético” (em inglês, "An Opus Dei Priest With a Magnetic Touch”), as pessoas que entraram na comunidade por seu intermédio eram personalidades poderosas conservadoras, política e economicamente bem posicionadas. Para muitos, havia um apelo genuíno em sua abordagem à fé altamente dualista e rigorosa, sem falar antifeminista.

Estamos pagando caro por tudo isso agora. As peculiaridades que vieram com as noções de João Paulo II sobre o sacerdócio — a insistência em reconstruir um culto separado e distante das pessoas comuns e a total falta de discernimento demonstrada na escolha dos modelos de seu projeto — tornaram-se profundamente entremeadas no tecido de uma já corrompida cultura clerical. Na verdade, suas ideias reforçaram as piores características da cultura.

O foco agora não deve ser os pecados das pessoas. Todo mundo erra, todo mundo pode decepcionar - ou pior que isso. É a corrupção institucional que eles representam. As falhas escondidas durante anos pela instituição, nos casos de McCloskey, Williams, Maciel e outros. O poder do dinheiro, no caso de Maciel e, mais recentemente, do ex-cardeal Theodore McCarrick, que conseguiu comprar a cobertura do Vaticano para seus atos. A recusa reincidente de João Paulo II de ouvir as acusações sérias e plausíveis contra Maciel e outros abusadores. Ele ofereceu um modelo de como os líderes da Igreja deveriam proceder nessa era de escândalos.

É a cultura do clero que representa o ponto central dos problemas da Igreja. E precisa urgentemente de uma reforma radical.

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