15 Março 2018
"O governador petista da Bahia abre a possibilidade de pensar numa aliança do PT sem querer impor a priori seu candidato. Novidade num partido que sempre pareceu estar centrado apenas nele mesmo? Será possível este gesto democrático de pluralidade em vista de um bem maior, frente a perigos que rondam e candidatos a afastar? Como vão reagir os dirigentes do PT?", pergunta Luiz Alberto Gomez de Souza, sociólogo, ao enviar o texto que publicamos a seguir.
Eis o comentário.
Rui Costa tem 55 anos e é um dos cinco governadores do PT espalhados pelo Brasil na atualidade. Braço direito de Jaques Wagner no governo baiano entre 2007 e 2014, alçou o cargo máximo no Estado há quase quatro anos e agora se prepara para tentar a reeleição.
Na segunda-feira (12) ele recebeu a reportagem do UOL em Salvador e, ao longo da entrevista, contrariou a cúpula petista em dois fatos relevantes: o discurso sobre o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e a possibilidade de um plano B caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não possa se candidatar em outubro.
Sobre o primeiro tema, ele sugere que seu partido "vire a página" do impeachment e que pare de brigar com "aquele momento histórico". Sem usar o termo golpe, ao contrário de muitos de seus correligionários, Costa disse que milhões de pessoas foram à rua pedir a saída de Dilma e que não se pode rejeitar os votos daqueles manifestantes. "Nós queremos os votos dessas pessoas para reconstruir o Brasil? Queremos", respondeu a si mesmo.
O governador avaliou ainda que uma eventual prisão de Lula pode render votos ao partido. E que o PT deve considerar apoiar candidatura de outra sigla para a disputa do Planalto caso o ex-presidente fique fora do pleito de outubro.
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O PT estaria aberto a uma aliança das forças progressistas? - Instituto Humanitas Unisinos - IHU