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Quatro anos depois, o dom de um papa "falível"

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14 Março 2017

“Quatro anos de Bergoglio bastariam para mudar as coisas...” Foi assim, no início de março de quatro anos atrás, que um cardeal anônimo confidenciou a um amigo jornalista as suas esperanças pelo iminente conclave. Quando o Papa Francisco se assomou pela primeira vez sobre a multidão reunida na Praça de São Pedro, bastaram menos de 10 minutos para se dar conta de que muitas coisas já tinham mudado.

A reportagem é de Gianni Valente, publicada no sítio Vatican Insider, 13-03-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

As primeiras palavras pronunciadas por ele como “bispo de Roma”, o pensamento dirigido ao “bispo emérito” Bento, as orações recitadas em conjunto – o Pai-Nosso, a Ave-Maria e o Glória, as mais simples e mais usadas pelos pobres – e também o pedido ao povo de invocar sobre o novo caminho a ser feito juntos a bênção de Deus: para muitos, bastaram esses poucos indícios para se animar. Para reconhecer que o Senhor ainda amava a sua Igreja, Ecclesiam suam.

Lendas sobre o “conclave pilotado”

A eleição do Papa Bergoglio, em mais de um aspecto, pertence à ordem do milagre. Ostentam um impiedoso desprezo da inteligência e da memória alheia aqueles “maus mestres” que, sem vergonha, tentam envenenar os poços com o engano do “conclave pilotado”.

Antes da renúncia de Bento e da chegada a Roma dos cardeais para as congregações gerais pré-conclave, Bergoglio era, para quase todos os seus colegas, apenas um idoso arcebispo prestes a deixar o governo da diocese de Buenos Aires. Há muito tempo ele se preparava para se retirar à residência diocesana para os sacerdotes idosos, liberando armários e distribuindo entre amigos e conhecidos as suas coisas. Há anos, os jornais da ultradireita católica argentina faziam macabras alusões à sua voz “cada vez mais fraca”, que logo se calaria para sempre.

As tentativas de tecer soluções “pré-prontas” ao conclave, acelerado pela renúncia do Papa Ratzinger, se haviam, certamente olhavam para outras direções. E seguramente havia aqueles que operavam acreditando que podiam deslizar o conclave em um plano inclinado, rumo a uma escolha “natural” e “obrigatória”.

Nos dias antes do extra omnes, um estrategista ruiniano atualizava, todas as noites, os vaticanistas sobre quantos votos “seguros” já haviam sido recolhidos em torno do candidato dado por vencedor, e todos lembram o incidente do comunicado oficial pré-pronto da Conferência Episcopal Italiana com o título errado.

Aquela noite de março de 2013

A desorientação dos aparatos, na noite do dia 13 de março, foi disfarçada pelas frases feitas e logo recuou para as sombras, para tentar, de lá, tomar as medidas à la “marciano”. As fábricas dos conformismos antibergoglistas e bergoglistas ainda não tinham sido ativadas.

Assim, antes que se cristalizassem as máscaras e as definições, o papa eleito na crista de um tempo final disse, nos primeiros passos do seu pontificado, o mais importante: confessou à Igreja e ao mundo que os milagres não são feitos por ele, que ele era um pobrezinho, “um pecador a quem Cristo olhou”. Era, no máximo, como o dedo que aponta para a lua. Alguém com os seus limites, que não tinha ido morar no Palácio Apostólico “por motivos psiquiátricos”. Alguém que não queria ser papa, porque “uma pessoa que queira ser papa não ama a si mesma, e Deus não a abençoa”.

Ele estendeu nas dobras do seu magistério, nas imagens repetitivas das suas intervenções aquilo que ele já tinha sugerido no breve discurso perante os cardeais, durante as congregações pré-conclave: que a própria Igreja, começando pelo papa, não brilha com luz própria. Que a Igreja continua sendo um corpo opaco e obscuro, mesmo com todos os seus aparatos, os seus desempenhos, as suas gloriosas antiguidades e as suas astutas modernidades, se Cristo não a ilumina com a Sua luz. E que só Cristo, perdoando-a, pode liberar/fazer sair a própria Igreja da sua inercial autorreferencialidade, do encurvamento sobre si mesma. Porque, “se Deus não perdoasse tudo, o mundo não existiria” (Ângelus, 17 de março de 2013).

As coisas de sempre

Nos primeiros meses de pontificado, as palavras e os gestos mais próprios e mais íntimos do dinamismo da fé e da vida cristã, levadas às suas características mínimas (graça, misericórdia, pecado, perdão, caridade, salvação, predileção pelos pobres), irrigavam copiosamente os dias e os discursos públicos do Papa Bergoglio.

Eram as coisas e as palavras de sempre, mas, para muitos, pareciam incomuns. Dissipavam a cortina das objeções, acendiam as perguntas de muitos. E Francisco, para fazer com que chegassem a muitos, confiou-se, desde o início, ao instrumento mais comum e habitual, utilizado desde sempre na história da Igreja: as homilias da manhã, em Santa Marta. Partir todos os dias o pão do Evangelho e alimentar-se dele, junto com os irmãos. Eram aquelas que, já na época, alguns “especialistas” em política eclesiástica chamam de “pregaçõezinhas”. Para não criar obstáculos, para facilitar, para tornar mais fácil o possível encontro de cada um e de cada uma com Cristo.

O sensus fidei do povo de Deus

Depois de tanto tempo, reapareceu no horizonte eclesial o povo de Deus. Frágil e distraído, pobres e mal cuidado, imediatamente reconheceu a voz e o cheiro do pastor. Reconheceu as ênfases surpreendentes e, ao mesmo tempo, familiares, as características de uma promessa de humanidade e felicidade que acolhe, mas, ao mesmo tempo, surpreende, supera todas as expectativas. Não os militantes das siglas, os ativistas da mobilização eclesial permanente, os fervorosos de tempo integral das “minorias criativas” e dos círculos culturais, mas os “amadores”, os batizados “genéricos”, aqueles que não prepararam o discurso. Aqueles em que se percebe uma necessidade quase física de continuar sendo simples. Porque ser e se dizer cristão já é um milagre, e não é preciso inventar mais.

Eles sentiram uma consonância instintiva com a Igreja “elementar” proposta de maneira direta por Bergoglio. A Igreja de sempre, a do Papa Bento e de todos os sucessores de Pedro. Não uma Igreja “nova”, mas um novo início, no caminho da fé dos apóstolos. Em uma história sempre pontilhada de reinícios, confiada nas mãos frágeis de homens e mulheres que anunciam o perdão e a misericórdia de Deus, apenas porque fizeram experiência disso na própria carne.

A curiosidade dos “outros”

Mas as palavras e os gestos do novo bispo de Roma imediatamente acenderam com uma curiosa e confidente simpatia também as multidões que não conhecem ou não reconhecem mais o nome de Cristo, aquelas muitas pessoas para as quais cristianismo parece ser um passado que não lhes diz respeito e que viraram as costas para a Igreja.

Foi desmascarado o falso dogma dos círculos eclesiásticos que, nos últimos anos, quase se compraziam por parecerem odiosos e insuportáveis para o mundo, vendendo aquele desprezo como uma medalha de honra ao mérito, uma confirmação da sua identidade desfraldada sem descontos e “bondades”, opportune et importune.

O Papa Francisco lembrou a todos que o cristianismo não funciona assim. Que ele vence e conquista o mundo por delectatio, como dizia Santo Agostinho; “por atratividade”, como ele sempre repete, citando o Papa Ratzinger. Que as multidões se intrigavam e se atraíam não pelas invenções ou pelas estratégias dos padres, mas por Cristo, que, já no início, passava no mundo fazendo o bem a todos, aos pecadores e às mulheres, aos malfeitores e àqueles que não pertenciam ao povo escolhido.

O interesse dos poderes do mundo

Os gestos e as palavras do papa, buscado “quase no fim do mundo”, e o longo fôlego que eles pareciam inspirar na Igreja foram sentidos desde já também por aqueles que têm o poder. O primeiro papa americano se despedia das linhas de pensamento eclesiástico que, desde os anos 1980, no colapso das ideologias secularizantes, tinham relançado as pertenças religiosas como fatores de identificação político-cultural, tinham apontado para reafirmar pela via política ou geopolítica a centralidade hegemônica dos aparatos religiosos na vida coletiva.

Ao mesmo tempo, a “conversão pastoral” sugerida por ele a toda a Igreja não era uma retirada a um mundo paralelo, o mundo “da Igreja” separado do mundo dos homens. Ele mostrava entre os seus traços genéticos também a solicitude por toda a família humana, pelos destinos dos povos e das nações.

O Papa Francisco não tinha chegado ao sólio pontifício com base em um projeto geopolítico a ser implementado. O seu secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin, afirmou que os objetivos da própria diplomacia pontifícia consistem em “construir pontes, promover o diálogo e a negociação como meio de resolução dos conflitos, difundir a fraternidade, lutar contra a pobreza, edificar a paz. Não existem outros ‘interesses’ e ‘estratégias’ do papa e dos seus representantes quando eles agem na cena internacional”.

Uma atitude a serviço do bem comum “global”, sem interesses próprios ou “eixos preferenciais” a serem protegidos, que explica, ao menos em parte, a atenção e a abertura de crédito acendidas pelo papado de Bergoglio entre os sujeitos geopolíticos mais diversos.

Até agora, à espera de que se revela até o fim a incógnita das relações com Donald Trump, a atenção dos líderes globais e nacionais aos gestos e às palavras do bispo de Roma pareceu constante e transversal. De Vladimir Putin a Barack Obama, de Angela Merkel à rainha Elizabeth, de Benjamin Netanyahu ao rei do Bahrein, Hamad bin Isa Al-Khalifa, todos quiseram passar pelo Palácio Apostólico ou por Santa Marta, para escutar o papa buscado “quase no fim do mundo” e ser escutado por ele.

O partido dos devotos

Além do povo fiel, além das multidões globais, distraídas e ansiosas, além das elites dos “tomadores de decisão” e daqueles que têm o poder, logo se destacou também uma parte das elites eclesial-midiáticas que, nos últimos anos, enquanto avançava em todo o Ocidente o desmatamento da memória cristã, tinham lucrado posições de poder também eclesiais com base na filiação à linha ideológica muscular-identitária e “theo-con”, a “vencedora”, a do “orgulho católico” redescoberto. Os setores que tinham elaborado uma chave de leitura “orgânica” a ser aplicada aos dois últimos pontificados, de corte substancialmente político-ideológico, totalmente construída sobre as dicotomias conservador-progressista, liberal-ortodoxo. E, ao longo do tempo, tinham aperfeiçoado instrumentos e redes globais capazes de impor os próprios slogans como unidade de medida da ortodoxia católica, critérios de conformidade em relação à Tradição da Igreja.

Nesses setores, logo começou a crescer o nervosismo. E também as operações midiático-clericais preparadas e, depois, postas em circulação através de canais e agentes “fidelizados”, de acordo com os clichês típicos das lutas de poder que tinham infligido as estações eclesiais anteriores: “Lamentar-se e insultar são o seu forte. Elas resmungam, murmuram, vituperam. Têm mau humor e, o que é pior, alimentam o rancor” (Charles Péguy).

Continua...

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