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03 Mai 2017

"Pode parecer estranho ligar o ritual de elite de uma palestra do TED ao posicionamento de alto risco e religiosamente inflamado em uma zona de guerra. Na verdade, Francisco aborda "The Future You" onde quer que vá. No mês passado, em um discurso aos líderes da União Europeia, o seu tema foi a solidariedade, tema ao qual ele retornou no TED2017", escreve James Carroll, escritor, autor de onze romances e oito obras de não ficção, incluindo, mais recentemente,“Christ Actually: Reimagining Faith in the Modern Age", em artigo publicado por The New Yorker, 01-05-2017. A tradução é de Luísa Flores Somavilla.

Eis o artigo.

Há cinco décadas, em um ensaio do The New York Review of Books, Hannah Arendt descreveu uma conversa sua com uma "camareira romana" sobre o Papa João XXIII. O estimado pontífice havia morrido de câncer de estômago dois anos antes, pouco antes do Concílio Vaticano II, convocado por ele, e que transformou a liturgia e o espírito da Igreja Católica. "Quando é que um verdadeiro cristão sentaria na cadeira de São Pedro?", perguntou a camareira, aparentemente referindo-se à sucessão de administradores corruptos que haviam ocupado o cargo ao longo dos séculos. "Não era preciso ser nomeado Bispo, Arcebispo, e depois Cardeal, para então ser eleito Papa? Ninguém sabia quem ele era?

Outra versão dessa pergunta muitas vezes foi feita sobre o atual sucessor do Papa João, Francisco. Será que esses homens conservadores de vermelho que o elevaram a papa em 2013 sabem o que estava acontecendo? Nos últimos quatro anos, Francisco falou com força e franqueza sobre os problemas mais urgentes do mundo: a falência do capitalismo de livre mercado, a situação dos migrantes, as tensões da democracia liberal, as mudanças climáticas, o populismo demagógico, a desigualdade econômica. Ele fez tudo isso com garra, bom humor e a modéstia de quem se aceita. E, o mais importante, foi ouvido. As correntes perigosas da política mundial fizeram dele um tribuno global da aspiração humana; não é mais novidade que o Papa é um verdadeiro cristão. Semana passada, Bruno Giussani, diretor europeu do TED, disse que "Francisco pode ter se tornado a única voz moral capaz de alcançar as pessoas através das fronteiras e proporcionar clareza e uma mensagem convincente de esperança".

Esse apoio inesperado coincidiu com um evento igualmente inesperado - a participação de Francisco, em uma transmissão de vídeo, no TED2017 de Vancouver, onde ele falou sobre o tema "The Future You". Durante vinte minutos, o Papa prendeu a atenção dos empreendedores digitais, uma legião pós-religiosa, se é que já houve alguma. (Até agora, a comunidade virtual do TED já viu sua palestra mais de um milhão e meio de vezes.) Francisco já acusou "a mídia e o mundo digital" de impedir que "as pessoas aprendam a viver de maneira sábia, a pensar de maneira profunda e a amar de maneira generosa", mas seu assunto em Vancouver trouxe mais do que uma sobrecarga de "poluição mental" na tela. Ele trouxe à plateia de inventores de tecnologia futurista tanto uma mensagem positiva quanto um desafio, pedindo-lhes para não esquecer os marginalizados. "Como seria maravilhoso se o crescimento da inovação científica e tecnológica trouxesse também mais igualdade e inclusão social", disse ele.

"Vamos ajudar uns aos outros, todos juntos, para lembrar que o outro não é uma estatística ou número. O outro tem um rosto."

O Papa ressaltou a mensagem mais profunda de sua palestra no TED alguns dias depois, em uma viagem ao Egito. Lá, ele uniu-se à dor dos cristãos coptas do país, que vêm se recuperando de alguns bombardeios inspirados pelo ISIS, que mataram quarenta e cinco fiéis no Domingo de Ramos e mutilaram dezenas de outros fiéis. "Os vossos sofrimentos são também os nossos sofrimentos", disse Francisco, referindo-se não apenas aos recentes ataques, mas também à longa história de violência e discriminação da seita. Com o Papa Tawadros II, seu homólogo copta, Francisco engajou-se no que ele chamou de "ecumenismo de sangue", até mesmo emitindo uma declaração conjunta surpresa pelas quais as duas Igrejas, separadas por um milênio e meio, reconheceram o batismo uma da outra. Para além das antigas fronteiras, Francisco era um cristão apoiando outros cristãos sitiados.

Na mesma viagem, o Papa cruzou outra fronteira, mais simbólica. Sua viagem percorreu o caminho da peregrinação mítica de seu xará, São Francisco, que viajou ao Egito em 1219, em uma tentativa fracassada de acabar com as cruzadas. O santo pode ter imaginado converter o sultão local, mas o que ele mais desejava era acalmar as tensões entre o Islã e o Cristianismo. Essa divisão religiosa persiste até hoje, naturalmente, e ainda carrega o legado das cruzadas. No Cairo, o Papa Francisco encontrou-se com líderes muçulmanos na Universidade Al-Azhar, que foi criada mais de cem anos antes de Oxford e continua sendo a instituição de ensino religiosa mais importante do mundo muçulmano. Condenando a "barbárie" do terrorismo, ele convidou os clérigos presentes a se juntarem a ele para dizer "mais uma vez um claro e firme 'Não!' a todas as formas de violência, vingança e ódio em nome da religião ou em nome de Deus". Francisco se referiu indiretamente, mas claramente, a Abdel Fattah El-Sisi, presidente autoritário do Egito, dizendo: "A história não perdoa os que pregam a justiça e depois praticam a injustiça. A história não perdoa os que falam de igualdade e depois descartam quem é diferente". Sisi não foi o único a ouvir a repreensão; sua oposição atuante ouviu também.

Pode parecer estranho ligar o ritual de elite de uma palestra do TED ao posicionamento de alto risco e religiosamente inflamado em uma zona de guerra. Na verdade, Francisco aborda "The Future You" onde quer que vá. No mês passado, em um discurso aos líderes da União Europeia, o seu tema foi a solidariedade, tema ao qual ele retornou no TED2017. A solidariedade, disse ele, não é um tema apenas para assistentes sociais ou agentes comunitários e ativistas - pessoas que fazem o bem. Não. Por que ela não é um valor primordial de todos, "a atitude padrão em escolhas políticas, econômicas e científicas, bem como nas relações entre indivíduos, povos e países"? Para a vasta plateia de rostos atentos e interessados do TED e para sua multidão dispersa olhando para a tela, o Papa não poderia ter sido mais franco. "Por favor, permita-me dizer isso em alto e bom tom: quanto mais poder se tem, maior o impacto de suas ações sobre as pessoas, e maior a sua responsabilidade de agir com humildade", disse ele. "Senão, seu poder o arruinará, e você arruinará o outro."

Francisco falou a pessoas privilegiadas em Vancouver e sitiadas no Cairo ao dizer, em sua palestra no TED, que "muitos de nós, hoje em dia, parecemos acreditar que um futuro feliz é inatingível". Isso não é verdade em nenhum dos casos - é o que diz este senhor. Ele fala, sim, enquanto cristão, mas também como uma voz moral que a história trouxe de maneira admirável. "O futuro tem um nome, e seu nome é esperança", disse ele. "Basta um indivíduo para a esperança existir, e esse indivíduo pode ser você. E então haverá outro 'você', e outro 'você', e isso formará um 'nós'." E assim começa a tão desejada revolução que Francisco chama de "revolução da ternura". Que nenhuma outra figura mundial fale dessa maneira, dentro ou fora do TED, não é o problema. É a questão.

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