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A flotilha indígena zarpa: 3 mil quilômetros pela Amazônia para levar a voz de seu povo à COP30

Foto: Amazon Watch/Divulgação | Agência Cenarium

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22 Outubro 2025

Representantes de comunidades indígenas partiram dos Andes, no Equador, com o objetivo de garantir que a primeira cúpula do clima realizada na Amazônia leve em consideração suas reivindicações, como o fim dos combustíveis fósseis.

A reportagem é publicada por El País, 18-10-2025.

A imagem de uma mulher carregando uma sucuri viva nas mãos dominou a manhã de quinta-feira, 16 de outubro, na cidade portuária de Francisco de Orellana, mais conhecida como El Coca, na Amazônia equatoriana. A placa com a imagem estava pendurada em um barco de dois andares estacionado, aguardando seus passageiros. De um lado, as letras pretas sobre fundo laranja se destacavam não apenas pela cor, mas pelo que anunciavam: "Yaku Mamá, flotilha amazônica: dos Andes à Amazônia. Rumo a Belém para a COP30".

A chegada deste navio ao porto equatoriano marcou o início de uma jornada para mais de 50 representantes e organizações indígenas de toda a bacia amazônica. Durante quase um mês, a flotilha navegará pelo Rio Amazonas e seus afluentes, chegando ao Brasil para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá de 10 a 21 de novembro.

Este grupo percorrerá aproximadamente 3 mil quilômetros, atravessando quatro países, em diferentes embarcações, para levar as vozes amazônicas às negociações mais importantes para o futuro do planeta. "A flotilha é um espaço para compartilhar experiências e refletir sobre questões discutidas nas COPs e que historicamente têm sido abordadas sem a participação dos povos indígenas", explica Alexis Grefa, um dos representantes da juventude equatoriana do povo Kichwa de Santa Clara e membro da equipe organizadora da flotilha amazônica.

Aos 29 anos, Grefa conhece profundamente a condução dessas negociações, tendo participado de COPs anteriores sobre mudanças climáticas e biodiversidade. Desta vez, como é a primeira vez que o evento é realizado em uma cidade amazônica, ele espera que as demandas dos povos indígenas — como financiamento direto, uma transição energética justa, a eliminação de combustíveis fósseis e o respeito à consulta prévia — sejam levadas em consideração.

Um sonho que se tornou realidade

Naquela manhã de quinta-feira, o barco se encheu de diferentes sotaques, idiomas e músicas. Alguns tiraram fotos, outros passearam e alguns sentaram e admiraram a paisagem. O convés superior se tornou o local favorito de todos os participantes, graças à vista para o Rio Napo. Poucos minutos após o início do cruzeiro, representantes de vários povos e nacionalidades indígenas da Amazônia equatoriana transmitiram mensagens de incentivo e relembraram a todos a missão da viagem.

"Que todos saibam que em nossas comunidades estamos sofrendo com um monstro gigante que está nos atacando", disse Elsa Cerda, representante da Guarda de Mulheres Indígenas Yuturi Warmi, referindo-se à mineração e à extração de petróleo. Após uma viagem simbólica de aproximadamente três horas, o barco retornou ao porto de El Coca. Para chegar à sua primeira parada, Nueva Rocafuerte, na fronteira com o Peru, foi necessário pegar as lanchas rápidas, conhecidas como planadores, para encurtar o tempo de viagem.

Através dos óculos, Grefa observou a placa do porto antes de zarpar. "É um sonho coletivo", refletiu, ajeitando uma camiseta na qual também havia pintado uma cobra. Essa imagem da sucuri ou cobra, considerada a dona ou senhora do rio, já havia aparecido nos sonhos de pessoas de diferentes partes da Amazônia que ajudaram a organizar a flotilha. Então, quando a ideia se concretizou, decidiram chamá-la de Yaku Mama (Mãe Água) e usar essa cobra, que se transforma em mulher, como logotipo.

A proposta de explorar esses rios começou a tomar forma quando foi anunciado que Belém sediaria essas negociações. A partir daí, diversas organizações começaram a se unir para traçar a rota e definir as atividades. Em cada parada, serão realizadas atividades para abordar questões relevantes para esses territórios.

No Equador, por exemplo, antes da partida da flotilha da Amazônia, foi organizada uma visita à Geleira Cayambe, nas terras altas, para demonstrar a conexão entre as montanhas, os páramos e a selva. A capital do país também foi visitada como um ato simbólico. "Séculos atrás, as missões que alegavam ter descoberto o grande Rio Amazonas partiram de Quito, trazendo a conquista para nossos territórios", diz Leo Cerda, representante Kichwa de Napo.

Antes de chegar a El Coca, houve também um passeio pelo Rio Jatunyaku. Para Noveni Usun, do grupo indígena Dayak Bahau, da Indonésia, visitar as comunidades às margens deste rio, afetadas pela mineração ilegal na província de Napo, foi uma das experiências mais impactantes. "Isso também acontece na minha região, e ver como eles lutam aqui é muito inspirador", diz a jovem de 28 anos, que viajou três dias de avião de seu país até o Equador para integrar a flotilha.

Ela é uma das integrantes desse grupo, junto com outros representantes da Guatemala, Panamá e Inglaterra, que não fazem parte da bacia amazônica, mas que vieram trocar experiências sobre as diversas ameaças que afetam as florestas ao redor do mundo.

Um caminho para enterrar combustíveis fósseis

Já em El Coca, um dia antes da partida da flotilha, foi realizado um funeral simbólico em prol dos combustíveis fósseis. Grefa e outros membros do grupo carregaram uma lápide de papelão preto, com placas dizendo "RIP Petróleo" nas laterais, pelas ruas da cidade. Atrás deles, os demais membros marcharam com placas dizendo "Yaku Mama" e outros com mensagens contra a exploração de combustíveis fósseis.

“O petróleo faz parte da biodiversidade, e são as empresas que o extraem da terra e a poluem. Vamos devolvê-lo ao seu devido lugar”, disse Lucía Ixchiu, uma mulher maia k'iche da Guatemala, ao receber o caixão no porto. Após acenderem velas ao redor do caixão, simbolizando as mortes causadas por combustíveis fósseis e homenageando os defensores ambientais assassinados, representantes de diversas nacionalidades indígenas do Equador demonstraram seu apoio ao evento.

A luta para reduzir e eliminar combustíveis fósseis é comum em todos os países da bacia amazônica, mas ganhou maior relevância no Equador, após os recentes anúncios do governo sobre a abertura de duas rodadas de petróleo (Subandina e Suroriente) na Amazônia equatoriana entre o final de 2025 e o início de 2026.

Travessia de fronteira

"Também lutamos contra falsas soluções como mineração e mercados de carbono, e por consultas prévias nos territórios", disse Grefa, do lado de fora da flotilha, sobre a agenda comum que apresentarão quando chegarem ao Brasil.

Após deixar o porto de El Coca, o grupo seguiu em direção a Nueva Rocafuerte, na fronteira com o Peru. Após passar uma noite nesta cidade, no dia seguinte partiram para o Parque Nacional Yasuní, um local emblemático não apenas por sua biodiversidade, mas também pela Consulta Popular de 2023, na qual 60% dos equatorianos votaram pela suspensão da exploração de petróleo no Bloco 43 desta área protegida. Embora a extração de petróleo ainda não tenha sido interrompida, eles a incluíram na agenda por ser considerado um local emblemático para a transição energética.

Após passar pelo controle de imigração, a flotilha cruzou a fronteira e iniciou sua jornada pela Amazônia peruana, onde visitará iniciativas comunitárias contra o extrativismo, compartilhará experiências sobre o impacto das estradas na Amazônia, discutirá a transição energética justa e aprenderá mais sobre a importância do cinema amazônico.

A flotilha chegará à Colômbia no final da próxima semana para cumprir agenda semelhante e finalmente cruzará o território brasileiro, chegando a Belém no dia 9 de novembro, acompanhada da imagem que antes era apenas parte dos sonhos de seus passageiros e hoje é o símbolo da jornada das vozes amazônicas.

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