14 Agosto 2025
A reportagem é publicada por Religión Digital, 13-08-2025.
O Comitê Judaico Americano (AJC) doará US$ 25.000 para ajudar cristãos em Gaza e reabilitar a Igreja da Sagrada Família, que foi danificada por um bombardeio de um tanque israelense em 17 de julho. O bombardeio, além de destruir parte da única igreja católica na zona de conflito, deixou três mortos e 15 feridos, incluindo o pároco.
"Estamos profundamente tristes pelas mortes, ferimentos e danos estruturais na Igreja da Sagrada Família em Gaza e nos solidarizamos com nossos irmãos e irmãs católicos", disse o CEO da AJC, Ted Deutch, em um comunicado à imprensa.
"Rezamos pela recuperação total dos feridos e pela segurança de todos os povos afetados pela devastação da guerra", acrescentou.
Os fundos serão distribuídos à paróquia de Gaza por meio da Arquidiocese de Nova York, com a assistência do Cardeal Timothy Dolan, que expressou sua gratidão pelo gesto, dizendo que era uma "oportunidade de fazer o bem como judeus e católicos unidos, para trazer alguma luz à escuridão da guerra", disse o comunicado à imprensa.
O diretor do AJC também expressou sua gratidão recíproca ao Cardeal Dolan, à Arquidiocese de Nova York e à Associação Católica de Bem-Estar do Oriente Próximo por "permitir que o AJC faça o que é certo e consistente com os valores judaicos".
Por sua vez, o rabino Noam Marans, diretor inter-religioso do AJC, declarou: "Após esta tragédia, queremos estar presentes para os parceiros católicos que estiveram presentes para o povo judeu em nosso momento de necessidade. Juntos, como cristãos e judeus, podemos afirmar a humanidade compartilhada por todos."
A organização global de defesa judaica disse que a arquidiocese fazia parte de uma coalizão inter-religiosa que doou fundos para ajudar a reconstruir uma casa no Kibutz Kfar Aza após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023.
Em 23 de julho, as Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram que um "desvio de munição" foi o motivo do ataque não intencional à Igreja da Sagrada Família em 17 de julho. A igreja serviu de abrigo para mais de 600 pessoas desde o início do conflito entre Israel e o Hamas em outubro de 2023, abrigando principalmente católicos, mas também cristãos ortodoxos e muçulmanos.
Após uma investigação das IDF, o porta-voz militar, tenente-coronel Nadav Shoshani, declarou em 23 de julho que a investigação concluiu que a igreja foi atingida "acidentalmente" "devido a um desvio não intencional de munição", que foi especificada como sendo um morteiro.
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