• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Por uma nova economia da água. Artigo de Mariana Mazzucato

Mais Lidos

  • Oligarcas intelectuais legisladores. Artigo de Evgeny Morozov

    LER MAIS
  • Brasil perde 111,7 milhões de hectares de áreas naturais em 40 anos

    LER MAIS
  • Vislumbres de esperança: reflexões sobre a jornada dos sobreviventes de abuso sexual do clero. Artigo de Mark J. Williams e Hans Zollner

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    Solenidade da Assunção de Maria – Ano C – Maria, a mulher que acreditou contra toda esperança

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

14 Agosto 2025

"A segurança hídrica sustenta as aspirações da África por saúde, resiliência climática, prosperidade e paz. Com os jovens africanos representando 42% da juventude global até 2030, investir em água equivale a investir no futuro do mundo. A questão não é se podemos agir, mas se podemos nos dar ao luxo de não agir."

O artigo é de Mariana Mazzucato, economista italiana, professora da cátedra RM Phillips de Ciência e Tecnologia da Universidade de Sussex, publicado por Outras Palavras, 12-08-2025.

Eis o artigo.

Crise hídrica alastra-se e ameaça agricultura, saúde e economias. Mas pode ser chance para desmercantilizar a água e fazer dela um Comum global. Isso exige alianças, infraestruturas e investimentos robustos, antes que a última fonte seque.

Enquanto líderes africanos se reúnem na Cidade do Cabo para a Cúpula de Investimentos em Água da África, não há espaço para ambiguidades: o mundo enfrenta uma crise hídrica sem precedentes que exige uma mudança de paradigma em como valorizamos e gerenciamos nosso recurso mais precioso.

A dimensão do desafio é impressionante. Mais da metade da produção global de alimentos vem de áreas com suprimentos de água doce em declínio. Dois terços da população mundial enfrentam escassez hídrica pelo menos um mês por ano. Mais de mil crianças menores de cinco anos morrem diariamente, em média, por doenças relacionadas à água. E, se as tendências atuais continuarem, países de alta renda podem ver seu PIB encolher 8% até 2050, enquanto nações de baixa renda (muitas na África) enfrentarão perdas de 10 a 15%.

No entanto, essa crise também apresenta uma oportunidade extraordinária. Com a África do Sul assumindo a presidência do G20 (para a qual fui nomeada conselheiro especial do presidente Cyril Ramaphosa), o país pode liderar uma nova economia da água que trate o ciclo hidrológico como um bem comum global, e não como fonte de um commodity a ser acumulado ou comercializado.

O argumento econômico para a ação é irrefutável. O Painel Internacional de Alto Nível sobre Investimentos em Água para a África mostra que cada US$ 1 investido em água e saneamento resilientes ao clima gera um retorno de US$ 7. Com a África precisando de US$ 30 bilhões adicionais por ano para cumprir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) sobre segurança hídrica e saneamento sustentável, a lacuna de financiamento é significativa – mas superável com a estratégia certa.

A Comissão Global sobre a Economia da Água (que copresidi com Ngozi Okonjo-Iweala, diretora-geral da Organização Mundial do Comércio, Johan Rockström, diretor do Instituto Potsdam para Pesquisa de Impacto Climático, e o presidente de Cingapura, Tharman Shanmugaratnam) recentemente defendeu essa estratégia.

Tratar a água como um bem comum global e adotar abordagens orientadas por missões para transformar a crise em oportunidade exige que reconheçamos três fatos críticos.

Primeiro, a água nos conecta a todos – não apenas por rios e lagos visíveis, mas por fluxos de umidade atmosférica que atravessam continentes. Segundo, a crise hídrica é indissociável das mudanças climáticas e da perda de biodiversidade, que se aceleram mutuamente em um ciclo vicioso. E, terceiro, a água perpassa todos os ODS, desde segurança alimentar e saúde até crescimento econômico.

No entanto, com frequência, os investimentos em água seguem o roteiro fracassado do financiamento climático e de desenvolvimento. Há uma tendência a reduzir riscos para o capital privado sem garantir retornos públicos; a financiar projetos sem direcionamento estratégico; e a tratar a água como um problema técnico, e não como um desafio sistêmico.

Tais abordagens correm o risco de criar infraestruturas hídricas que servem mais aos investidores do que às comunidades, exacerbam desigualdades existentes e falham em abordar a natureza interconectada das crises da água, do clima e da biodiversidade.

Essa interconexão exige um novo marco econômico que vise moldar os mercados proativamente, em vez de apenas corrigir falhas após o fato. Precisamos migrar de uma mentalidade de custo-benefício de curto prazo para a criação de valor de longo prazo, o que requer investimentos orientados por missões que moldem mercados para o bem comum. Missões exigem metas claras – como garantir que nenhuma criança morra por água contaminada até 2030.

Uma vez estabelecidas as metas, todo o financiamento pode ser alinhado a elas por meio de abordagens intersetoriais que abranjam agricultura, energia, manufatura e infraestrutura digital. Em vez de selecionar setores ou tecnologias, o objetivo é encontrar parceiros dispostos em todos os setores para enfrentar desafios compartilhados. Esses investimentos orientados por missões também podem levar à diversificação econômica, criando novas oportunidades de exportação e caminhos de desenvolvimento.

Considere a abordagem da Bolívia na extração de lítio. Em vez de apenas exportar matérias-primas, o país está desenvolvendo estratégias para evitar a tradicional “maldição dos recursos naturais”, construindo capacidades domésticas de produção de baterias e participando diretamente da transição energética. Ao fazer isso, está convertendo sua riqueza de recursos em capacidade de inovação, fortalecendo cadeias de valor e criando novos mercados de exportação para atividades de maior valor agregado.

Atualmente, mais de US$ 700 bilhões por ano são destinados a subsídios para água e agricultura que frequentemente incentivam o uso excessivo e a poluição. Ao redirecionar esses recursos para agricultura eficiente no uso da água e restauração de ecossistemas, com condições claras vinculadas, poderíamos transformar a economia da água da noite para o dia. Para isso, bancos públicos de desenvolvimento podem fornecer capital de longo-prazo para infraestrutura hídrica, exigindo que parceiros privados reinvestam lucros na proteção de bacias hidrográficas.

A África está em posição única para liderar essa transformação. Seu vasto suprimento de águas subterrâneas permanece em grande parte não explorado, com 255 milhões de habitantes urbanos vivendo sobre reservas conhecidas. Combinadas com energia solar acessível, essas reservas representam uma oportunidade para revolucionar a agricultura.

Ao focar em eficiência e reúso, além de capacitação, compartilhamento de dados e monitoramento e avaliação, esse recurso hídrico subterrâneo relativamente estável, acessado por bombas movidas a energia solar, pode ser uma alternativa descentralizada que minimiza as emissões, resíduos e outros custos ambientais implícitos em grandes projetos de infraestrutura que perturbam fluxos naturais de água.

Por meio de Parcerias Justas pela Água – estruturas colaborativas que agrupam projetos solares-subterrâneos para aumentar sua atratividade financeira, garantindo propriedade comunitária – o financiamento internacional pode ser direcionado para infraestruturas hídricas que atendam tanto a objetivos nacionais de desenvolvimento quanto ao bem comum global.

A presidência do G20 pela África do Sul – a primeira de um país africano – oferece uma plataforma histórica para avançar essa agenda globalmente. Assim como o Brasil usou sua liderança no G20 e seu papel como anfitrião da próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) para impulsionar ações climáticas, a África do Sul pode colocar a segurança hídrica no centro da agenda econômica global.

Com a Conferência da ONU sobre Água de 2026 no horizonte, e com a comunidade internacional reconhecendo que as mudanças climáticas não podem ser enfrentadas sem abordar a crise hídrica, é o momento para lideranças ousadas.

A Cúpula de Investimentos em Água da África não é apenas mais uma reunião, mas deve ser um marco decisivo. Este é o momento de deixar de tratar a água como um recurso local para governá-la como um bem comum global, passando da gestão de crises para a moldagem proativa de mercados e de enxergar investimentos orientados por missões como custo para reconhecê-los como base do crescimento sustentável.

A segurança hídrica sustenta as aspirações da África por saúde, resiliência climática, prosperidade e paz. Com os jovens africanos representando 42% da juventude global até 2030, investir em água equivale a investir no futuro do mundo. A questão não é se podemos agir, mas se podemos nos dar ao luxo de não agir.

Leia mais

  • Crise global da água pode deixar metade da produção mundial de alimentos em risco até 2050
  • A Era da Água Escassa chegou. Artigo de Mariana Mazzucato, Ngozi Okonjo-Iweala, Johan Rockström, e Tharman Shanmugaratnam
  • Ligação entre mudança climática e segurança hídrica é cada vez mais clara
  • Água: fonte de democracia global. Revista IHU On-Line, Nº 61
  • Água: Bem público universal. Revista IHU On-Line, Nº 22
  • Mudança climática requer uma gestão policêntrica dos recursos hídricos. Entrevista especial com Bruno Puga
  • IPCC relata que as mudanças climáticas são reais – Conheça as principais conclusões do relatório
  • Em 30 anos Brasil pode ter problema de abastecimento de água
  • Podemos lidar com as mudanças climáticas sem sacrificar a qualidade da água?
  • Mudanças climáticas estão afetando a disponibilidade de água e estão exacerbando os danos causados pelas inundações e secas em todo o mundo
  • Mudanças climáticas podem aumentar as secas severas
  • Nossos diagramas do ciclo da água dão uma falsa sensação de segurança hídrica
  • As mudanças climáticas têm impacto na magnitude das inundações na Europa
  • Agricultura e urbanização são os principais responsáveis pela degradação da qualidade da água
  • 13 metais pesados, 13 solventes, 22 agrotóxicos e 6 desinfetantes na água que você bebe
  • Riscos hídricos dominam desastres naturais nos últimos 50 anos
  • Principais ameaças à segurança hídrica devido aos impactos da ação humana no Pantanal
  • Mudanças climáticas põem em risco segurança hídrica na América do Sul
  • Mudanças climáticas: inundações costeiras podem ameaçar até 20% do PIB global
  • Por que estamos perdendo a superfície de água no Brasil?
  • Em 30 anos o Brasil perdeu 15% de superfície de água; Veja a análise dos dados
  • Reaproveitamento de água poderia reduzir a crise hídrica
  • Entenda o impacto da meteorologia na atual crise hídrica

Notícias relacionadas

  • Brasil licencia nova termelétrica a carvão

    LER MAIS
  • Poluição Sonora: Modificações em escapamentos de motos afetam a saúde, mostra pesquisa

    Desenvolvido por André Luiz Silva Forcetto, na Faculdade de Saúde Pública, o estudo indica ações de fiscalização para contr[...]

    LER MAIS
  • Maior seca dos últimos 100 anos provoca crise hídrica no Ceará e gera restrições de consumo

    LER MAIS
  • Crise hídrica se agrava no semiárido brasileiro

    De 452 reservatórios analisados na região, 58% entraram em colapso ou em estado crítico; Pernambuco tem 24 dos 69 reservatório[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados