08 Julho 2025
Velocidade da elevação das águas demonstra alteração do ciclo hidrológico padrão, após secas drásticas atingirem o rio Negro em 2024.
A informação é publicada por ClimaInfo, 08-07-2025.
O Amazonas enfrenta uma das piores cheias de sua história, com 40 dos 62 municípios em situação de emergência e outros 18 em alerta. O Rio Negro atingiu 29,02 metros em Manaus, nível considerado crítico, deixando milhares de desabrigados e causando perdas materiais e agrícolas. Famílias tiveram casas inundadas, bens destruídos e colheitas perdidas, enquanto alunos estão dependendo de aulas online devido à interrupção das atividades escolares presenciais.
Embora não tenha batido o recorde de 2021 (30,02 metros), a cheia deste ano se destacou pela velocidade de elevação das águas. O secretário de Defesa Civil do Amazonas, coronel Francisco Máximo, atribui o fenômeno a chuvas intensas após um período de estiagem extrema no final de 2024, quando o rio chegou a apenas 12,11 metros. Apesar das precipitações continuarem em Roraima e no norte do estado, a expectativa é que o nível comece a baixar gradualmente nos próximos dias.
As alterações no ciclo hidrológico tradicional da região acenderam alertas para os impactos das mudanças climáticas. Eventos extremos, como enchentes e secas recordes, tendem a se repetir enquanto não houver redução efetiva do aquecimento global. O Amazonas já conta com um comitê permanente para monitorar crises, mas a vulnerabilidade habitacional e a falta de infraestrutura agravam os riscos para a população.
Para mitigar os efeitos da cheia, o estado enviou 580 toneladas de alimentos, 57 mil copos de água, kits médicos e purificadores móveis às áreas atingidas. A Defesa Civil reforça a necessidade de preparação contínua, já que o desequilíbrio ecológico global deve manter a Amazônia sob constante ameaça de eventos extremos. Enquanto isso, as comunidades afetadas seguem em luta para reconstruir suas vidas.
Estadão, UOL, R7, Jornal do Commercio, Istoé Dinheiro, Istoé, entre outros, noticiaram a cheia no Amazonas.