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“Simone Weil se opõe a qualquer dogmatismo”. Entrevista com Xavier Artigas

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27 Junho 2025

Com Viure la Força. Simone Weil i la Columna Durruti (Descontrol), Xavier Artigas nos revela alguns dos aspectos mais desconhecidos da biografia da filósofa francesa. No verão de 1936, Simone Weil ingressou na Coluna Durruti para lutar ao lado republicano, durante a Guerra Civil Espanhola. Após uma longa e minuciosa pesquisa, o sociólogo e documentarista catalão dissipa os preconceitos acerca desta intelectual próxima do anarquismo e do círculo operário revolucionário.

Uma mulher que, por meio de sua experiência, deixou por escrito reflexões muito valiosas para entender a luta de classes e como a violência segue vigente para impedir a construção de uma sociedade mais justa e humana. Em torno de Simone Weil (1909-1943), Xavier Artigas já trabalha para fazer um filme que condense a vida e obra dessa grande teórica política.

A entrevista é de Àlex Romaguera, publicada por Público, 24-06-2025. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Quando você toma a decisão de escrever sobre Simone Weil?

Foi acidental. Estou dando um salto para a ficção com o desejo de explorar outras formas narrativas de mostrar a realidade. Nesse contexto, tinha a pretensão de desenvolver um projeto em torno da revolução social de 36, que Hans Magnus Enzensberger abordou no livro El corto verano de la anarquia: Vida y muerte de Buenaventura Durruti, mas do qual penso que falta uma análise mais aprofundada.

Dentro desta etapa, quando se começa a construir um verdadeiro poder popular à margem das instituições, interessa-me particularmente o papel de Durruti. Um personagem que embora pudesse ter sido uma espécie de Che Guevara do anarquismo, passou uma visão equivocada. Assim sendo, penso que uma maneira inteligente de abordá-lo se dá por meio das pessoas com quem ele cruzou. E, nesta pesquisa, vou parar em Simone Weil.

O que o estimula a se aprofundar em sua figura?

Percebo que, em muitos aspectos, supera o próprio Durruti. Porque, assim como o líder anarquista levou seus ideais às últimas consequências, Weil é uma mulher mais complexa. Por um lado, porque, apesar de vir da burguesia francesa, está absolutamente identificada com a classe operária, a ponto de, apesar de estudar filosofia, deixar seu encargo de professora para trabalhar em uma fábrica nas mais duras condições. E depois porque tem um componente espiritual que a torna muito fascinante.

Quais contribuições destacaria de seu ideário?

Além de sua perspectiva feminina, que contrasta com uma revolução com detalhes ‘testosterônicos’, tem um compromisso absoluto com a verdade, algo difícil de encontrar em qualquer movimento radical, onde as palavras são sempre medidas para não o prejudicar. O mundo de hoje é prova disso: ninguém está disposto a reconhecer nada, nem sobre os outros, nem sobre si mesmo, porque tudo é estratégia política. Ao contrário, Simone Weil oferece reflexões muito interessantes, que são deliberadamente ignoradas ou evitadas.

Parte do anarquismo ainda a vê como inimiga. Por quê?

Porque se adotou como fonte principal a carta que, passada a Guerra Civil, trocou com o escritor francês Georges Bernanos, um homem conservador e monarquista. Uma correspondência na qual deixa entrever sua decepção com a suposta brutalidade da frente republicana durante a guerra, coisa que entra em contradição com o fato de ter insistido em retornar, após se curar de alguns ferimentos que tinha sofrido. Meu propósito é preencher os vazios que há a respeito de sua biografia e, em paralelo, mostrar que, longe de criticar o anarquismo, sentia-se absolutamente comprometida.

Ela não entrou na Coluna Durruti arrastada pelo contexto de guerra?

Ela não é George Orwell, que foi para a linha de frente lutar contra o fascismo. Weil vinha com a intenção de observar a prática do comunismo libertário, pelo qual se sentia muito seduzida. Tanto que viajou a Barcelona para ver como as fábricas eram coletivizadas e a riqueza repartida entre a comunidade. Aspectos que vai anotando em seu diário, o Diário da Espanha, no qual em momento algum cita as supostas atrocidades cometidas pelo anarquismo.

Então, suas referências sobre a violência e a coação militar, ocorridas dentro da Coluna Durruti, foram tiradas de contexto?

São comentários pessoais que, passada a Guerra Civil, cita em uma carta a Bernanos, impressionada por ver como aquele homem, tão de direita e antirrepublicano, admitia que as barbaridades que aconteceram no conflito não podiam ser cometidas em seu nome. Simplesmente compartilha esta preocupação. O problema surgiu quando isto foi usado para reforçar a ideia de que ela criticava e se colocava contra o anarquismo. Um fato completamente falso, pois sempre o defendeu, e se tivesse ficado sabendo que a carta acabaria sendo publicada, teria ficado escandalizada.

De qualquer forma, essa dimensão humanista e seu questionamento da autoridade podem explicar parte desse receio?

Sem dúvida. Simone Weil se opõe a qualquer dogmatismo. Vemos isso, por exemplo, quando critica o capitalismo, sobre o qual evita cair no superficial, com uma profundidade que alguns setores não compartilham plenamente. Dito em outras palavras, enquanto os trotskistas ou os stalinistas são imóveis e disciplinados em sua doutrina, no caso de Weil, de pensamento babeliano, predomina o princípio de que é preciso colocar em suspenso qualquer julgamento. E, claro, em um mundo onde tudo se reduz a uma questão binária, essa posição gera rejeição.

Em relação à Guerra Civil, ela também acredita que a polarização não leva a lugar algum...

Vale lembrar que ela viajou à Espanha convocada pela decisão das classes populares de se apropriar dos meios de produção e defender a revolução contra os grandes proprietários. Assim, quando o Estado se converte no tabuleiro do jogo das grandes potências imperialistas, vê que a luta de classes fica relegada a uma guerra de nações e que, diante daquele panorama, o melhor que os dois lados podem fazer é assinar um armistício.

É razoável que, em um cenário como aquele, propor o armistício fosse considerado ingênuo?

Certamente, mas sua análise não é ingênua. Ao contrário, parte da constatação de que a burocracia anarquista está antepondo a guerra à revolução e que, com a entrada de seus líderes no governo, está tomando decisões contrárias à vontade popular. Uma situação que, segundo ela, atentava contra a democracia na linha de frente e as liberdades nos postos de trabalho.

Sua decepção, portanto, não reside nos métodos que o anarquismo podia praticar durante a Guerra Civil. Insisto, ela não fala sobre isso. Sua crítica se concentra na sovietização e na tendência autoritária aplicada por sua burocracia, algo que foge do anarquismo espiritual ou utópico do qual ela se sente parte. Um anarquismo de raiz comunalista que o teórico e anarquista místico alemão Gustav Landauer, com quem Weil comunga plenamente, desenvolve na Revista Blanca.

Quais outros aspectos dessa corrente podem ser citados?

Um deles é que a revolução não precisa necessariamente envolver sofrimento, como concebe a lógica hegeliana, mas, ao contrário, deve nos levar à felicidade aqui e agora. Nesse sentido, Weil vê na revolução de 36 uma reivindicação do bem viver, da felicidade e do pacifismo. E isto não significa que rejeite a violência em todas as suas formas. O que não aceita é que se torne um método, como o empregado pelo fascismo, quando transforma a morte em uma indústria, ou pela União Soviética, que a utiliza para eliminar dissidentes políticos.

Para desenvolver esse pensamento, Weil trabalha com o conceito de força. Em que consiste?

Ela afirma que o mundo é regido pela necessidade, e isto nos leva inevitavelmente a agir para sobreviver. Contudo, quando essa necessidade passa a ser controlada por quem tem a força, nasce a opressão. Bem, ela observa que quanto mais essa força fica em menos mãos, mais brutal se torna, e estar em meio à Guerra Civil a ajuda nesta percepção, até concluir que a opressão, longe de propiciar a união dos oprimidos e facilitar as revoluções, dá margem à submissão, à docilidade e ao silêncio. Não só isso, também constata que quando os oprimidos obtêm a força e dispõem da vida daqueles que tinham exercido o poder, tornam-se opressores, manchando assim seus ideais e aquilo que os tornava especiais.

O que ela propõe para escapar dessa espiral?

Agarra-se ao cristianismo, que fornece um guia para deter as leis da força, para afirmar que é necessário desescalar. Não tem o desejo de descrever qual deve ser a sociedade ideal, nem como deveria ser organizada. Sua grande contribuição, elaborada a partir da Ilíada (poema atribuído a Homero que narra parte da Guerra de Troia), é apontar que o confronto - e a guerra como sua expressão máxima - só conduz à destruição do outro e ao fato de a paz não ser real.

Uma posição que, naqueles anos, é recebida como moderada, concordo, mas em perspectiva tem muito valor. É que, provavelmente, a paz teria detido o turbilhão de violência que provocou um milhão de mortes e a instauração de quarenta anos de ditadura. Daí sua ideia de que a única saída é a desescalada e a promoção do conceito de graça, ou seja, estimular a vontade de ser melhor que o inimigo. Um pensamento que, basta observar os conflitos de Gaza, Ucrânia e outros que atravessamos hoje, faz de Simone Weil uma intelectual absolutamente contemporânea.

Leia mais

  • Simone Weil em diálogo com São Francisco. Artigo de Gianfranco Ravasi
  • Hannah Arendt, Simone Weil e o político como campo em disputa na Modernidade. Artigo de Márcia Rosane Junges
  • Um convite ao pensamento de Simone Weil
  • Simone Weil. A verdadeira justiça está na mansidão. Artigo de Massimo Onofri
  • As palavras de Simone Weil
  • Simone Weil: atenção para iluminar a escuta do mundo
  • Da revolução à oração, a parábola de Simone Weil. Artigo de Raffaele Alberto Ventura
  • Simone Weil em diálogo com Cristo. Artigo de Gianfranco Ravasi
  • Simone Weil, operária e mística disposta a morrer por suas ideias
  • Simone Weil ao lado dos últimos
  • Simone Weil: uma memória. Artigo de Flavio Lazzarin
  • Simone Weil, uma pacifista na guerra civil
  • Simone Weil: Uma carta de coração
  • A guerra: uma leitura crítica a partir de Simone Weil
  • Simone Weil e uma crítica à servidão
  • Simone Weil: retirar-se de si para dar lugar ao outro. Artigo de Donatella Di Cesare
  • Simone Weil: na dança do amor, a distância e a separação
  • Albert Camus e Simone Weil
  • O desejo de Simone Weil: “Cristo universal”
  • Vozes que desafiam. A vida de Simone Weil marcada pelas opções radicais
  • Amor. Simone Weil na oração inter-religiosa desta semana
  • Livro da filósofa Simone Weil que pede fim dos partidos chega ao Brasil

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