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Até a bomba se torna normal. Artigo de Luigi Manconi

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27 Junho 2025

"Nestes dias de pré-guerra, isso não acontece: até a bomba foi normalizada", escreve Luigi Manconi, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Itália, em artigo publicado por la Repubblica, 23-06-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Há algumas décadas, a literatura de muitos países ocidentais narra aqueles que são definidos como “cenários pós-atômicos” (ou pós-nucleares). Ou seja, o pós-bomba: paisagens lívidas, chuvas ácidas, desaparecimento de espécies animais, deterioração dos seres humanos, busca desesperada por comida. Penso em A estrada, de Cormac McCarthy (2006) — aquele pai e aquele filho perdidos entre os escombros do fim do mundo — e, na Itália, em muitos traços nos contos de Niccolò Ammaniti. Mas já em 1959, na esplêndida antologia Le meraviglie del possibile, editada por Sergio Solmi e Carlo Fruttero, a representação do Apocalipse determinado pela loucura humana era frequentemente encontrada. O que nem então nem hoje é contado é o pré-Bomba: o que a precede, a prepara, a anuncia, a desencadeia. A primeira e mais simples explicação para essa ausência é que a guerra de que falamos é em grande parte invisível. Seria melhor dizer que é cega, uma vez que não se vê, mas, antes mesmo disso, não é capaz de ver. A cegueira da guerra pode ser percebida já no clima de substancial indiferença que, nos dias que estamos vivendo, acompanha seus pródromos e fases preparatórias. Fazemos muito bem em promover a mobilização pela paz, em enfatizar a resistência daqueles que resistem, em exaltar as mensagens que gostariam de banir a guerra, mas tudo isso resulta inexoravelmente em pouca coisa. Eu disse indiferença, mas o termo é provavelmente impróprio, pois o sentimento mais difundido não é o niilismo; é, isso sim, a combinação entre um sentimento de impotência e habituação. O primeiro é tanto mais capaz de condicionar emoções e comportamentos quanto mais, em uma sociedade secularizada como a nossa, vão se esgotando todas as culturas alternativas, as ideologias antagônicas, as políticas críticas e nos encontramos inermes diante do poder inatingível de quem exerce o comando: incluindo aquele de decidir pela guerra. E ainda mais parece pesar a tendência à habituação.

Durante muito tempo, dissemos que a Europa vinha de “sessenta anos de paz”, para depois descobrir que, na realidade, haviam sido anos de guerra não declarada, de baixa intensidade, subterrânea. Basta pensar que, durante aquela fase de “longa paz”, todos os Estados se dotaram de arsenais e instrumentos bélicos cada vez mais letais, e que as potências nucleares (apenas os Estados Unidos em 1945) passaram a ser, no período de não guerra, uma dezena entre as oficialmente reconhecidas como tais e aquelas que razoavelmente se considera que o sejam. É como se a bomba atômica tivesse perdido seu elemento de excepcionalidade e até mesmo os mortos de Hiroshima e Nagasaki tivessem entrado no rol comum das vítimas civis (que, como se sabe, representam hoje mais de 90% do total de mortos em todas as guerras). É verdade também que, para intensificar e acelerar os processos de habituação, intervém o que podemos chamar de normalização do mundo militar. Em um sistema onde a emergência se tornou um estilo de governo, a evocação do exército perdeu o tom intimidador ou grotesco que tinha há cinquenta anos, para se tornar um instrumento do governo e da política. Requisita-se o uso de soldados no controle da ordem pública, na organização de grandes eventos, no desempenho de funções de proteção civil durante as catástrofes, no suprimento das deficiências do sistema de saúde e na garantia de serviços indispensáveis durante as greves. É inevitável, assim, que o exército se torne pouco a pouco uma função “civil” com as demais, transformando-se em instrumento do estado de bem-estar social. De forma que a “questão militar” parece destinada a oscilar entre paz e guerra e entre uma paz que assume contornos marciais e uma guerra que hesita em pronunciar o seu próprio nome.

A guerra cega, entretanto, encontra a sua apoteose tecnológica e simbólica no recurso aos drones. O drone concretiza a alucinação militaresca da “guerra das máquinas” (um antigo título da coleção Urania de 1962). O fato de tal arma não ter piloto e, portanto, não colocar em risco a vida de quem a utiliza, certamente não responde ao desejo de reduzir o número de vítimas. Responde, sim, ao desejo de uma guerra cada vez mais poderosa por ser subtraída — além da responsabilidade pessoal de quem lança a bomba — à falácia de toda ação humana. Obtém-se assim o efeito de criar um gigantesco playstation sobre os céus da Rússia e da Ucrânia. E aquele videogame ofusca os corpos dilacerados nas trincheiras, entre sangue e urina. Não é diferente o que acontece entre as ruínas de Gaza, onde o recurso à arma final — a fome — desvia a atenção, mais uma vez, das mutilações dos cadáveres para a inanição esquelética dos corpos das crianças. E aqui um sobressalto de consciência abala, por fim, a habituação. Mas a guerra cega corre o risco de ser ainda mais forte. Nas narrativas apocalípticas mencionadas anteriormente, vislumbram-se cozinhas, despensas e adegas saqueadas e supermercados assaltados por multidões famintas. Lembro-me que, ainda durante a primeira Guerra do Golfo, muitos italianos começaram a estocar reservas de comida e água e a preparar abrigos rudimentares e precários. Nestes dias de pré-guerra, isso não acontece: até a bomba foi normalizada.

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