Justiça chilena declara provados os abusos de Felipe Berríos, mas o absolve por prescrição

Foto: Vocería de Gobierno/Flickr

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25 Junho 2025

  • A decisão afirma que o padre praticou "atos de relevância e conotação sexual contra a vítima" — que tinha 15 anos na época — e afirma que "o ato descrito constitui um ato de evidente violação sexual, afetando diretamente o bem legal protegido, com o referido relato parecendo ser fundamentalmente consistente com as demais provas incorporadas ao caso".

  • Felipe Berríos, padre, ativista e escritor chileno, fundador de diversas organizações como 'Techo' e 'Infocap', esteve envolvido no escândalo em 2022 devido a diversas denúncias contra ele de abuso sexual de sete mulheres, que na época dos fatos teriam entre 14 e 23 anos.

  • "Ele é culpado de crimes contra o sexto mandamento cometidos com menores e de crimes de solicitação para pecar contra o sexto mandamento, durante ou por ocasião da confissão", detalhou o comunicado da Companhia de Jesus.

A informação é publicada por Religión Digital, 25-06-2025.

Na terça-feira, o 34º Juizado de Santiago emitiu um arquivamento final e completo da investigação sobre abuso sexual de menor contra o padre chileno Felipe Berríos devido ao prazo de prescrição dos fatos, embora tenha confirmado que eles ocorreram.

"Após toda a análise e levando em consideração a presunção de inocência do acusado e a credibilidade da denúncia, um único incidente envolvendo uma vítima, ocorrido em agosto de 2000, foi considerado provado", afirma a decisão judicial.

A decisão afirma que o padre praticou "atos de relevância e conotação sexual contra a vítima" — que tinha 15 anos na época — e afirma que "o ato descrito constitui um ato de evidente violação sexual, afetando diretamente o bem legal protegido, e tal relato parece ser fundamentalmente consistente com as demais provas incorporadas ao caso".

"As declarações da vítima estão em harmonia com os depoimentos das testemunhas e demais provas documentais juntadas no curso da investigação, as quais, analisadas segundo a crítica fundamentada, permitem apurar os elementos constitutivos do crime de abuso sexual de pessoa maior de 12 anos (...), crime previsto e punido no artigo 366, em relação ao artigo 361, nº 1, ambos do Código Penal vigente à época dos fatos", conclui o inquérito.

O caso, no entanto, foi arquivado "total e definitivamente" porque "a responsabilidade penal do acusado Felipe Hernán Berríos del Solar havia sido extinta em virtude da prescrição da ação penal".

Felipe Berríos, padre, ativista e escritor chileno, fundador de diversas organizações como Techo e Infocap, se envolveu em um escândalo em 2022 devido a diversas acusações contra ele de abuso sexual de sete mulheres, que na época dos fatos tinham entre 14 e 23 anos.

Por essas acusações, Berríos foi suspenso do sacerdócio, embora em junho de 2023 o Ministério Público tenha encerrado a investigação contra ele, depois que o Ministério Público decidiu não prosseguir com a investigação.

Em maio de 2024, ele foi expulso da Companhia de Jesus  da qual era membro, e também foi proibido de "todo contato pastoral com menores por um período de 10 anos".

"Ele é culpado de crimes contra o Sexto Mandamento cometidos contra menores e de solicitar que outros pequem contra o Sexto Mandamento, durante ou por ocasião da confissão", detalhou a declaração da Companhia de Jesus.

Felipe Berríos sempre negou os fatos dos quais é acusado, inclusive o agora comprovado pelos tribunais.

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