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17 Junho 2025

"Vou embora pesada, mas talvez também um pouco esvaziada. Vou embora com o medo de que não haverá amanhã para Gaza, para essas pessoas, para esse povo, para essa terra", escreve Martina Marchiò, coordenadora médica de Médicos Sem Fronteiras em Gaza, em artigo publicado por La Stampa, 16-06-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Mais alguns dias e estarei fora, fora daquele muro que separa essa realidade quase surreal de outra em que a vida parece fluir impassivelmente.

Gaza está toda entre essas ruínas, entre esses panos estendidas para secar entre os escombros, entre essas pipas que ainda voam desafiando a violência e a gravidade. Enquanto o mundo volta seus olhos para o Irã, Israel e alguma outra grande potência, Gaza cai mais uma vez nas sombras. Mas, enquanto isso, caem novamente aqui os cacos de um mundo em pedaços. Enquanto escrevo, a noite está sendo iluminada por fragmentos de mísseis lançados pelo Irã em direção a Israel e interceptados.

Eles caem sobre as nossas cabeças, colocando pessoas em risco mais uma vez.

E, assim, o inferno continua hoje como ontem, sem interrupções nem desculpas. Essas são as imagens que levarei comigo no olhar, nas linhas das minhas olheiras depois desta segunda experiência em Gaza com os Médicos Sem Fronteiras.

Um sapato manchado de sangue, um buraco na panturrilha, um furo no bíceps em que até consigo ver o tendão, um membro amputado completamente infectado, uma criança desnutrida com mãos minúsculas, uma mulher suada que grita pedindo por comida para seu filho. Crianças que procuram comida no meio do lixo, lixo queimado para servir de combustível, combustível escasso, um prédio desabado onde se vislumbra uma pequena bandeira da Palestina, os nomes das pessoas que ficaram sob os escombros escritos em preto num pedaço de parede detonada.

O pronto-socorro do hospital Al Shifa, que hoje estava lotado de pacientes, muitos vindos de Jabalia e Beit Lahia atingidos por balas nas pernas. O nosso setor de onde os pacientes não querem mais ir embora, uma idosa senhora que me conta que não dorme numa verdadeira cama há vinte meses, e depois chora. Os tiros, o voo dos jatos, as bombas supersônicas, o zumbido de um drone, o silêncio de amanhã.

Jabalia arrasada, a fome, o telefonema anunciando a morte do irmão de uma colega, enquanto ela está bem na minha frente.

A multidão, as pessoas se amontoando para receber atendimento, para receber comida, para receber água, para montar as barracas, para sobreviver.

Aqui, a palavra futuro foi eliminada de toda conversa. Você não sabe o que lhe acontecerá durante o dia, muito menos amanhã. Você perde o privilégio de ter de alguma forma garantida a possibilidade de rever seus entes queridos, de viver na que chamava de casa, de caminhar com a certeza de que não acabará em pedaços. Cada abraço, cada sorriso, tem sempre o sabor do último. Talvez seja por isso que há algo de maravilhoso, em uma situação tão dolorosa.

Vou embora pesada, mas talvez também um pouco esvaziada. Vou embora com o medo de que não haverá amanhã para Gaza, para essas pessoas, para esse povo, para essa terra.

Vou embora enquanto o mundo que parecia finalmente ter acordado se perde novamente, permanecendo ofuscado por outra coisa, sem perceber que mais uma vez é Gaza quem está pagando. Sem perceber que Gaza está morrendo hoje. O tempo à disposição é pouquíssimo. A inação é cumplicidade, não há desculpas. Cada instrumento político, econômico e diplomático capaz de exercer uma pressão real sobre Israel e interromper a devastação deve ser usado imediatamente.

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