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"Não sabemos mais ouvir as emoções profundas dos jovens e subestimamos sua dor". Entrevista com Matteo Lancini

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14 Junho 2025

Professor, o que está acontecendo com os nossos jovens? Na Áustria, um garoto invade sua antiga escola e atira: 10 mortos e 28 feridos. Na França, um estudante de 15 anos do ensino médio entra na escola e esfaqueia, matando-a, uma zeladora. A violência juvenil também é galopante na Itália. Existe um elemento comum que une esses episódios? Acredito que esses fenômenos tão violentos — responde Matteo Lancini, psicólogo e psicoterapeuta, professor da Universidade de Milão Bicocca, presidente da Fundação Minotauro em Milão, autor de alguns dos estudos mais originais sobre o sofrimento na adolescência dos últimos anos — têm conexões muito diretas com o desespero. Eu diria que são projetos de violência desesperada, entre um vazio identitário e uma ausência de perspectivas futuras.

O motivo pelo qual esses projetos depois se tornam um massacre como na Áustria, um ato de violência como na França, um suicídio ou uma escolha de isolamento social, deve ser visto com base nas trajetórias individuais. Quando o sofrimento não encontra formas de simbolização, quando a raiva e o medo tomam conta da tristeza, o gesto se torna violento e desesperado. Diante dessas situações, não devemos nos surpreender que planos de vingança até muito violentos se concretizem, porque nesses casos, não nos esqueçamos, há também a componente que nasce do desejo de aparecer nas redes sociais e blogs.

A entrevista é de Luciano Moia, publicada por Avvenire, 11-06-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

Gestos impossíveis de prever ou por trás desses fatos há sempre um profundo desconforto que não conseguimos nem prever nem acompanhar?

Muitas vezes, o projeto de vingança violenta é anunciado por sinais premonitórios, mas lê-los a tempo é muito difícil. Nunca saberemos quantos - entre garotos que pretenderiam cometer gestos semelhantes, mesmo que não tão extremos - encontraram um adulto competente com quem conversar e isso foi suficiente para arrefecer a violência, para evitar a tragédia. Não creio que exista o raptus, a crise repentina de furor; trata-se sempre de gestos que têm um longo planejamento, mesmo que apenas parcialmente conscientes. Talvez daqui a alguns dias os investigadores nos informem sobre esse ou aquele sinal disseminado na internet.

Quando esses episódios acontecem, estamos sempre prontos para apontar o dedo para supostos culpados "externos", as redes sociais, os videogames violentos, os rappers maus professores. O senhor expressou repetidamente dúvidas motivadas contra esses fáceis bodes expiatórios. Então, onde está o problema?

O problema é que há uma necessidade urgente de ajudar os adultos a se alfabetizarem emocionalmente. Hoje somos nós, adultos, os primeiros a confundir realidade e virtual.

Há 56 guerras no mundo, todos os dias vemos corpos de crianças, mulheres e homens dilacerados na TV. Na Itália, se alguém rouba sua bolsa, você não hesita em atropelar o suposto culpado com seu SUV. Em suma, o respeito pela vida nunca caiu tão baixo e apontamos o dedo para os videogames violentos, para as palavras dos rappers? Mas quantas mortes os videogames e os rappers causaram? Zero. E, além disso, os processos de simbolização têm um efeito positivo.

Outra questão debatida em casos como esses é a da dependência emocional, aquele vínculo patológico do qual nossos jovens parecem não saber se distanciar para se tornarem adultos. É isso mesmo?

Acho que é o contrário. Mais do que dependência emocional, acho que há uma falta de reconhecimento das necessidades básicas. Em outras palavras, o desespero não nasce porque um garoto teve demais – como alegam também alguns dos meus colegas–, mas porque os adultos de referência silenciaram suas emoções, porque não foi ouvido, ou foi, mas com a condição de que expressasse emoções não perturbadoras, ou seja, aquelas que nós, adultos, queríamos ouvir.

Não sabemos como fazer as perguntas certas para interceptar sua dor. É realmente assim?

Existe isso, certamente, mas, repito, não sabemos mais ouvir nossos garotos. E caímos em contradições absurdas. Somos todos viciados da internet, mas pretendemos que eles desliguem seus celulares na escola. Um professor que realmente se importa com seus alunos deveria fazer o contrário. Tiramos seus celulares, mas depois teremos que devolvê-los para as atividades didáticas. São medidas slogan que nunca aplicaremos porque, na realidade, são convenientes apenas para os adultos. E os garotos sabem disso. Tanto que hoje são cada vez mais numerosos aqueles que abandonam a escola por se sentirem mal. Vamos parar e pensar. Hoje, na Itália, ainda não temos picos de violência tão extremos como na Áustria ou na França. Mas, e amanhã?

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