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"Na Europa, a direita instrumentaliza o antissemitismo, a esquerda não o enfrenta". Entrevista com Rachel Sabi

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12 Junho 2025

Rachel Shabi é jornalista e escritora britânica. Ela colabora e escreve para os jornais e revistas The Guardian, Times, Prospect e New Statesman. No livro Off-White: The Truth About Antisemitism, ela mostra como o antissemitismo foi politicamente instrumentalizado pela direita, utilizado para sufocar as críticas a Israel, o apoio à causa palestina e demonizar a esquerda, não sem uma certa, e infeliz, colaboração desta última. E com a bênção irresponsável do centro progressista.

A entrevista é de Leonardo Clausi, publicada por Il Manifesto, 06-06-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

Sua identidade é interseccional. Essa experiência lhe deu um ponto de observação privilegiado para discutir os problemas que aborda em seu livro?

Minha família é iraquiana. Nasci em Israel e fui criada no Reino Unido. E suponho que isso me torna uma espécie de insider-outsider em muitos contextos, naquelas regiões, mas também nas discussões de esquerda sobre esses temas, como escritora de esquerda que esteve pessoalmente envolvida e fez muitas reportagens de Israel e da Palestina. Dada a forma como a nossa classe política e midiática fala do antissemitismo, fica claro que há cada vez menos compreensão e que a percepção de uma ordem hierárquica que enquadre o racismo contra uma minoria como mais importante do que outros racismos, só possa estar aumentando. E, naturalmente, viu-se como foi usado e abusado para bloquear qualquer tipo de protesto contra as atrocidades em Gaza.

No livro, você fala sobre como Israel se percebe como europeu.

Depois que chegaram ao recém-criado Israel e se tornaram a maioria da população, os judeus do Oriente Médio foram arabizados e menosprezados. Se houve tamanha discriminação contra os judeus provenientes dos países árabes, das terras árabes e muçulmanas, é porque Israel quer ser um constructo europeu. Seus pioneiros chegaram com ideias de superioridade europeia e as aplicaram, obviamente, em primeiro lugar aos palestinos, mas também aos judeus mizrahim, não europeus. Israel tem explorado essa ideia especialmente nas últimas décadas, colocando-se como a última fronteira da Europa antes do chamado Oriente Médio bárbaro. Em seu ataque a Gaza, vemos os líderes israelenses usando essa tática continuamente. E, naturalmente, os islamofóbicos de extrema-direita, que promovem a narrativa do choque de civilizações, se regozijam. Isso também diz respeito à esquerda, que não aplica rigor à sua análise.

Como os judeus fora de Israel são principalmente europeus, presume-se que Israel também o seja. Quanto a esquerda está pagando por não ter compreendido a essência do antissemitismo, especialmente como teoria conspiratória sobre o poder?

Se olharmos para um contexto europeu ou ocidental em particular, há um fraco conhecimento e debate sobre o legado do colonialismo, do império e da escravidão, ainda nos inícios. Mas que não se liga ao legado do antissemitismo, mesmo que seja a mesma situação originária, ou seja, a Europa cristã tentando encontrar maneiras diferentes de categorizar as pessoas de acordo com critérios raciais para controlar e manter o poder, que produziu a invenção conspiratória do antissemitismo. Acredito que seja um daqueles instrumentos de análise que faltam na esquerda.

De um lado, há a suposta eternidade, quase uma ontologia do antissemitismo; de outro, sua historicidade. Como dar sentido a essa dicotomia?

Os parâmetros dessa conversa são todos europeus. É claro que o sionismo foi colonial em termos de seus efeitos sobre os palestinos e na Palestina. Ao mesmo tempo, foi concebido como uma reação, entre outras coisas, ao infinito antissemitismo e perseguições que aconteceram na Europa. E nasceu, de fato, na Europa como uma resposta específica ao antissemitismo europeu. Não estou dizendo que no Oriente Médio a situação fosse só flores, mas naqueles tempos não era de forma alguma comparável.

No livro, você critica com eficácia a impostura política do adjetivo "judaico-cristão". Por quê?

É uma imagem europeia imposta aos judeus independentemente de onde estejam. Não acredito que o racismo deva ser analisado dessa forma. É minha objeção a essas discussões estanques levadas adiante pela esquerda sobre diferentes formas de racismo, especialmente agora que há ampla compreensão e conscientização de que é o racismo que cria a raça e não o contrário. E é assim que nasce o antissemitismo, a criação de uma minoria racial de judeus. O legado de colonialismo e escravidão está tão arraigado em nossas instituições, em nossas sociedades, que podemos ver claramente como os não europeus enfrentam as consequências, seja no local de trabalho, seja na moradia, na saúde, na educação ou simplesmente nas ruas. O antissemitismo pode ser ativado em momentos de crise por atores políticos da mesma forma que outros racismos. Não tem nada de eterno.

Vindo da sua experiência pessoal dos últimos dois anos, até que ponto foi difícil ver culminar esses dois lados, a identidade judaica e as convicções políticas pessoais?

Praticamente impossível. E acho que é igualmente difícil para muitos judeus de esquerda navegar nesse espaço político. Quando se rechaça qualquer tipo de apelo para interromper o massacre em Gaza sob a alegação de antissemitismo, é muito difícil encorajar uma conversa sobre isso. O antissemitismo foi politicamente abusado e instrumentalizado para atacar qualquer um que queira falar sobre a Palestina ou os palestinos. Ao mesmo tempo, é também justamente por uma questão básica de higiene política antirracista que deveríamos falar sobre isso e sensibilizar a opinião pública sobre um fenômeno que, neste momento, está realmente se disseminando. E se realmente não conseguimos nos deixar convencer da moralidade do fato, pelo menos que possamos entender que, estrategicamente, estamos cometendo uma besteira.

Quanto à extrema-direita, é quase diabólico esse recurso à denúncia interesseira do antissemitismo para se autoabsolver de suas culpas. E o centro progressista permitiu deliberadamente que isso acontecesse. As mídias, por exemplo, se desdobram para denunciá-lo, negligenciando outras formas estruturais de racismo.

Estão tirando proveito, é claro: encontraram a alavanca política perfeita. Foram muito além da censura às críticas a Israel. Amordaçaram o Black Lives Matter alegando que eles são antissemitas, assim como os programas de diversidade, equidade e inclusão. Agora, estão atacando universidades inteiras. O centro liberal não quis impor nenhum rigor em sua própria análise: "Quando se trata de antissemitismo e quando é apenas crítica a Israel que poderia criar desconforto?". Também aí há falta de conscientização e informação suficientes sobre o antissemitismo.

O que são o "novo" antissemitismo e a alavanca política que este propiciou nas últimas décadas?

Sua gênese ocorre em meados da década de 1970 por várias razões, geopolíticas, que levaram Israel a uma mudança de rumo. Antes disso, o sionismo e a criação de uma pátria judaica eram vistos pelos líderes israelenses como a solução para o antissemitismo: se os judeus fossem vistos como pessoas normais e tivessem sua própria nação, o antissemitismo simplesmente teria evaporado. Mas começaram a chover críticas pela tomada e ocupação de Gaza, da Cisjordânia Palestina, de Jerusalém Oriental e das Colinas de Golã em 1967. E, em vez de reconhecer essas críticas como legítimas – afinal, eles haviam ocupado aquela terra –, argumentou-se que o antissemitismo havia mudado. Não se tratava mais do ódio contra o povo judeu na diáspora. O ódio ao judeu coletivo havia se tornado o ódio a Israel. Vários líderes israelenses, um verdadeiro ministério nacional, think tanks, acadêmicos e livros começaram a se expressar nesses termos. O problema é que as comunidades judaicas da diáspora começaram a vincular seu destino ao de Israel, a ponto do “ser judeu” ser percebido como parte integrante do apoio à nação de Israel, como uma forma de identidade judaica. Mas é inaceitável que o antissemitismo manche justamente aqueles que tentam criticar Israel e descrever suas experiências de sionismo e de Israel como expropriação, ocupação, discriminação e, agora, guerra genocida.

Uma esquerda que quisesse reequilibrar sua tentativa de julgar essa questão incrivelmente complexa deveria lidar com uma relativa inseparabilidade do sionismo da identidade judaica?

Que exista uma maioria de judeus, se olharmos para o Reino Unido e os EUA, que consideram o sionismo parte de sua identidade judaica é um fato que deve ser reconhecido. Mas que as críticas a Israel sejam antissemitas é inaceitável. Acho que são perfeitamente legítimas, em um momento em que o antissemitismo é usado de forma tão evidente e constante como instrumento para silenciar qualquer tipo de crítica a Israel, enquanto nossos líderes políticos não fazem nada para interromper essa guerra genocida. Estamos pedindo aos representantes da esquerda que sejam capazes de enfrentar essa situação de modo a criar uma conscientização, uma compreensão e uma aprendizado autênticos sobre o antissemitismo, para que realmente entender do que se trata, a fim de construir um campo progressista mais amplo. Para ser moralmente coerentes. E esse é um trabalho enorme.

Como consegue combinar a atração gravitacional do universalismo, que faz parte de uma visão de mundo de esquerda, com sua identidade judaica e, de forma mais geral, com a própria noção de identidade?

Não saberia como responder. Nunca havia tratado de antissemitismo. Não que eu quisesse entrar nesse campo, mas aqui estou. Porque sou de esquerda e judia. Duas coisas que, para mim, coexistem. E também estou aqui porque minha herança particular britânica, israelense e iraquiana faz com que diferentes partes da minha identidade sejam afetadas por diferentes elementos desse vasto debate.

Livro "Off-White: The Truth about Antisemitism", de Rachel Shabi (Editora Oneworld, 2025).

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