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17 Mai 2025

“A luta por minerais críticos ultrapassou a etapa comercial. Estamos diante de uma guerra híbrida que passa por sanções econômicas, pressão diplomática, manipulação de cadeias de fornecimento e, eventualmente, operações acobertadas para desestabilizar governos”, escreve Alejandro Marcó del Pont, economista argentino, em artigo publicado por El Tábano Economista, 15-05-2025. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Em 2025, a concorrência global pelo controle de minerais críticos - como as terras raras, o lítio e o cobalto - e fontes de energia (petróleo, gás e energias renováveis) está reconfigurando o equilíbrio geopolítico mundial. Esta disputa não só define a segurança tecnológica e militar, mas também reorganiza alianças, intensifica conflitos e gera novas formas de dependência.

Para compreender o papel estratégico das terras raras, convém fazer algumas perguntas básicas:

- O que são as terras raras?
- Quais são suas aplicações tecnológicas?
- Como está distribuída a sua produção no mundo?
- Que influência as potências imperiais exercem sobre o seu controle?

As terras raras são um grupo de 17 elementos químicos essenciais para o desenvolvimento de tecnologias avançadas. Possuem propriedades magnéticas, catalíticas e ópticas únicas, tornando-as materiais imprescindíveis em setores como energia verde, eletrônica e defesa.

Embora o seu nome sugira escassez, na realidade, não são particularmente raras. O que é complexo e caro é a sua extração e refinamento, processos altamente poluentes e tecnicamente exigentes.

Entre suas muitas aplicações estão: dispositivos eletrônicos (celulares, televisores, computadores), energias renováveis (turbinas eólicas, baterias), carros elétricos, equipamentos médicos e semicondutores, sistemas militares avançados (mísseis guiados, bombas inteligentes, caças F-35, submarinos).

A distribuição desses recursos é desigual. Atualmente, a China controla cerca de 60% das reservas conhecidas e aproximadamente 90% do processamento mundial. Esta liderança nem sempre foi tão acentuada. Em 1993, a China tinha 38% da capacidade de processamento e os Estados Unidos 33%. No entanto, por razões ambientais e de custo, as potências ocidentais decidiram transferir a produção para a Ásia, cedendo assim o controle estratégico para Pequim.

O resultado dessa decisão é preocupante. Hoje, a MP Materials, única empresa que explora terras raras nos Estados Unidos, envia 100% de sua produção para o refinamento na China. Depois, reimporta 80% do produto terminado. Por exemplo, um só avião F-35 estadunidense requer 420 kg de terras raras para operar; um submarino, até 4.600 kg. A dependência é total.

Os Estados Unidos buscam acabar com esta dependência e construir sua própria cadeia de fornecimento. Contudo, não é simples. O processo inclui três fases centrais:

1. Controlar territórios ricos em recursos;
2. Extrair e processar os minerais;
3. Consolidar uma cadeia de valor independente.

Esse tipo de concorrência geoeconômica reaviva um padrão histórico. Os recursos estratégicos costumam estar localizados em regiões politicamente instáveis ou se tornam instáveis justamente porque os contêm. As zonas são conflituosas por natureza ou porque possuem riquezas desejadas pelas potências? A história do petróleo no século XX oferece uma pista.

Um caso atual é a Ucrânia, onde, um ano após a aprovação da Lei Europeia de Matérias-Primas Críticas, 34 minerais estratégicos são reconhecidos, entre eles, o lítio, o níquel e as terras raras. A Ucrânia possui 22 deles. É coincidência que a paz continue sendo adiada?

Outro exemplo é a África Central. A União Europeia mantém um acordo com Ruanda para importar os “minerais 3T” (estanho, tungstênio e tântalo), extraídos de forma irregular do norte da República Democrática do Congo (RDC). Desde janeiro de 2025, o grupo rebelde M23, apoiado por Ruanda, controla as rotas de extração e transporte para aquele país. Os minerais são misturados à produção local e depois exportados legalmente para a Europa.

Em resposta, o presidente da RDC, Félix Tshisekedi, ofereceu a Donald Trump acesso preferencial a esses minerais em troca de apoio militar para combater o M23. Segurança por matérias-primas: a mesma lógica que se aplica ao conflito ucraniano, onde empresas estadunidenses controlam instalações de energia e mineração que a Rússia evita atacar, seja por interesse compartilhado ou por dissuasão militar.

A luta por minerais críticos ultrapassou a etapa comercial. Estamos diante de uma guerra híbrida que passa por sanções econômicas, pressão diplomática, manipulação de cadeias de fornecimento e, eventualmente, operações acobertadas para desestabilizar governos.

Várias regiões já emergem como pontos quentes do novo tabuleiro geoestratégico:

- África: pelo controle do lítio e do cobalto, particularmente no Congo;
- Mar da China Meridional: onde se combina o controle das terras raras com as tensões territoriais;
- Triângulo do Lítio (Argentina, Bolívia e Chile): com mais de 50% das reservas mundiais;
- Ártico: onde o degelo expõe novas reservas e provoca concorrência entre a Rússia, os Estados Unidos e o Canadá.

Chegaremos a um novo “equilíbrio do terror mineral”, como aconteceu com as armas nucleares, durante a Guerra Fria? Ou haverá guerras abertas pelo controle dos recursos estratégicos? O certo é que 2025 será um ano decisivo; colocará à prova se o Ocidente pode alcançar a independência do domínio chinês em matérias-primas essenciais, algo que por enquanto parece pouco provável.

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