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Se quisermos ser fiéis ao papa Francisco, é preciso começar por dessacralizá-lo. Artigo de Paul Colrat e Foucauld Giuliani

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08 Mai 2025

"A santidade cristã é entendida a partir dessa dessacralização, que não é perda de valor ou decadência, mas kenosis, “rebaixamento”, quando nos curvamos para nos tornar mais próximos. O cristão, mesmo que seja papa, é aquele que aspira à santidade e não à sacralidade, que se torna próximo e relativo, em vez de puro e absoluto."

O artigo é de Paul Colrat e Foucauld Giuliani, publicado por Le Monde, 07-05-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Paul Colrat é professor de filosofia e escreveu “Platon, sauver la cité pour la philosophie” (Classiques Garnier, 2023). Foucauld Giuliani é professor de filosofia e publicou “La Vie dessaisie. La foi come abandon plutôt que la maîtrise” (Desclée de Brouwer, 2022). Ambos são membros do coletivo de intelectuais cristãos Anastasis e coassinaram com Anne Waeles “La Communion qui vient. Carnets politiques d'une jeunesse catholique” (Seuil, 2021).

Foucauld Giuliani é formado pela Sciences Po Paris, leciona filosofia no Lycée Charles Péguy, em Paris. É cofundador e ex-presidente do café-atelier cristão Le Dorothy e coautor de "La communion qui vient" (Le Seuil, 2021).

Após a onda de homenagens unânimes ao papa falecido, os professores de filosofia Paul Colrat e Foucauld Giuliani, ambos católicos praticantes, tentam entender a lição teológica e política de seu pontificado: rejeitar a idolatria da Igreja e da pessoa do papa.

Eis o artigo.

Todos estão celebrando o Papa Francisco: as mais diversas figuras políticas em nível mundial foram afetadas por sua morte e correram para participar de suas exéquias. Até mesmo aqueles que o falecido teve a coragem de denunciar claramente, em sua “Carta aos Bispos dos Estados Unidos da América”, em 10 de fevereiro, o projeto de “deportação em massa” de pessoas migrantes, fingem ter sido tocados por seu pontificado, enquanto tomam medidas para eleger um papa que seja mais facilmente maleável e menos crítico em relação à sua ideologia.

Como católicos, poderíamos nos alegrar com essa “influência” planetária, mas é como se a função das homenagens fosse para que a gente se esquecesse do sentido do pontificado de Francisco. Há celebrações que nos fazem esquecer o que está sendo celebrado: esse é o paradoxo que une a idolatria e o oportunismo mentiroso...

Mas se tentarmos levar a sério a pregação de Francisco, e a de Cristo na qual Francisco se baseia, se descobrem uma concepção e uma prática originais do poder.

Seria inapropriado sacralizar o Papa Francisco, justamente ele que, como Isabelle de Gaulmyn frisava no La Croix L'Hebdo (n° 280, 25 de abril de 2025), praticou “uma espécie de dessacralização”. Desde a maneira como se vestia - rejeitando algumas parafernálias pontifícias - até o local onde decidiu morar - a residência de Santa Marta – passando pela maneira de acolher os visitantes - sem muitos filtros protocolares -, o papa quis ser acessível. E a uma certa distância de seu próprio poder: quando era favorecido no conclave que acabou elegendo Bento XVI, dizem que retirou sua candidatura. Mais tarde, quando foi eleito, em vez de abençoar majestosamente a multidão, ele se curvou e pediu às pessoas que rezassem por ele, bispo de Roma, apresentando-se como um servo em vez de um pastor. Em seu testamento, estabeleceu que: “O túmulo deve ser na terra, simples, sem nenhuma decoração especial e com a única inscrição: Franciscus”.

Em vez de ver em tudo isso um cálculo demagógico ou extrair dele um vago elogio de humildade, pode-se decifrar nele uma lição teológica e política. Francisco nunca deixou de lembrar que o sentido do papado era rejeitar a idolatria da Igreja e de sua pessoa. Um papa só faz sentido - e isso vale para todo cristão e toda cristã - se procurar destituir a si mesmo para se colocar a serviço do Evangelho. Francisco levou a exigência de autodestituição para o topo da pesada instituição católica, dando continuidade ao gesto de Bento XVI que, diante de sua incapacidade de enfrentar determinados males da Igreja, renunciou ao cargo. Esse tipo de destituição não significa que ele não tenha exercido o poder ou que seu poder tenha sido fraco - pelo contrário, muitos observadores reconhecem a ele um pulso muito firme -, mas que o sentido daquele poder não foi o de se preservar a qualquer custo. É por isso que ele também difundiu o princípio da demissão para o clero, por exemplo, quando obteve a renúncia de todos os bispos chilenos e depois “reduziu ao estado laical” dois deles, acusados de abusos sexuais.

Enquanto muitos dos chamados pastores - que hoje se chamam de “governantes” - conduzem seu povo à divisão e à guerra, Francisco buscou incansavelmente converter o poder que detinha.

Pode-se certamente lamentar o fato de ele não ter aberto certas questões fundamentais - como o desmantelamento das estruturas patriarcais da Igreja - mas é preciso dar-lhe crédito por combater a ideia nociva de que um papa teria o papel de defender os interesses categoriais dos católicos. Se devemos agradecer por seu pontificado, é, de certa forma, porque ele aprofundou a exigência de destituir a função pastoral em favor da função de servidor das boas novas que são dirigidas a todos e a todas.

Se quisermos ser fiéis ao Papa Francisco, é preciso começar por dessacralizá-lo, e essa é a condição para se abrir à santidade de Cristo, da qual se esforçou para ser testemunha. No cristianismo, nada nem ninguém é mais “sagrado”, se com essa palavra se entende “intocável”. O próprio Cristo é Deus que se entrega a uma cruz e se oferece para ser alimento - o que poderia ser mais dessacralizador?

A santidade cristã é entendida a partir dessa dessacralização, que não é perda de valor ou decadência, mas kenosis, “rebaixamento”, quando nos curvamos para nos tornar mais próximos. O cristão, mesmo que seja papa, é aquele que aspira à santidade e não à sacralidade, que se torna próximo e relativo, em vez de puro e absoluto.

Leia mais 

  • Relembrando o legado de Francisco e as 5 principais polêmicas papais
  • Um Papa inesquecível. Artigo de Jesús Martínez Gordo
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