21 Março 2025
- Ele foi um dos maiores críticos do Caminho Sinodal. Agora, fora do hospital, e poucos dias depois de completar 75 anos, Bergoglio aceita sua renúncia, nomeando Zbigniew Zielinski como seu sucessor.
- Em fevereiro de 2022, Gadecki escreveu uma carta ao presidente do episcopado alemão, criticando os métodos de trabalho e as decisões tomadas pelo Caminho Sinodal.
A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 19-03-2025.
Ele foi um dos grandes expoentes da "resistência" da Igreja polonesa às reformas do Papa Francisco. Junto com Stanislaw Dziwisz, que foi secretário de João Paulo II, o arcebispo de Poznan, dom Gadecki, foi o grande líder dos católicos da Europa Oriental, seguindo os passos do Papa polonês: moral sexual rigorosa e obstáculos a todas as mudanças possíveis.
Como tal, ele foi um dos maiores críticos do Caminho Sinodal alemão. Agora, fora do hospital, e poucos dias depois de completar 75 anos, Bergoglio aceita sua renúncia, nomeando Zbigniew Zielinski, de 60 anos, como seu sucessor.
Com a renúncia de Gadecki, uma era na Igreja polonesa termina. Ele liderava a grande arquidiocese de Poznań desde 2002 e foi nomeado pelo Papa João Paulo II. E Gadecki foi um dos eclesiásticos mais poderosos dos últimos vinte anos. No verdadeiro estilo de Rouco Varela, ele foi vice-presidente da Conferência Episcopal de 2002 a 2014 e presidente também na década seguinte. Ele também foi vice-presidente do Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE).
Em fevereiro de 2022, Gadecki escreveu uma carta dura ao presidente do episcopado alemão, dom Georg Bätzing, na qual criticava os métodos de trabalho e as decisões tomadas pelo Caminho Sinodal alemão. "A Igreja Católica na Alemanha é importante no mapa da Europa, e estou ciente de que ela espalhará sua fé, ou sua descrença, por todo o continente", disse Gadecki, agora emérito de Poznan.
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