• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Um governo sem marca. Artigo de Liszt Vieira

Mais Lidos

  • Cristãos e esquerdistas. Entrevista com Paul Colrat, Foucauld Giuliani e Anne Waeles

    LER MAIS
  • “A rede que nos entusiasmava não existe mais”. Entrevista com Tomás Balmaceda

    LER MAIS
  • São Pedro e S. Paulo: duas revelações, dois personagens originais. Comentário de Adroaldo Palaoro

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    Solenidade Pedro e Paulo Apóstolos – Ser Igreja no seguimento de Jesus. Reflexão de Sonia Cosentino

close

FECHAR

Revista ihu on-line

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

10 Março 2025

"Em nome da governabilidade, a esquerda acaba indo a reboque da direita. Ou isso muda e voltamos a despertar a esperança no povo, ou caminharemos para uma derrota na próxima eleição presidencial", escreve Liszt Vieira, professor de sociologia aposentado da PUC-Rio. Foi deputado (PT-RJ) e coordenador do Fórum Global da Conferência Rio 92. Autor, entre outros livros, de A democracia reage (Garamond). O artigo é publicado por A Terra é Redonda, 09-03-2025.

Eis o artigo.

“Para criar o futuro, nada é melhor do que um sonho” (Victor Hugo)

Suponha um candidato à reeleição afirmando que seu governo aumentou o PIB, reduziu o desemprego, aumentou a renda, construiu mais casas, enquanto o preço dos alimentos subiu. Suponha agora um candidato de oposição demagogo que reafirma valores conservadores tradicionais e promete que os pobres ficarão ricos e que o país vai crescer, tudo isso com o apoio incondicional da mídia e do governo americano.

Lamento informar que, provavelmente, o segundo candidato terá mais votos. Ele apela para a esperança, e o primeiro candidato não tira o pé do chão. Governou aliado a partidos de direita para barrar a extrema direita, em nome da governabilidade. Os avanços sociais alcançados pelo primeiro candidato serão desprezados, ainda mais porque a política econômica é conservadora, de austericídio fiscal que canaliza recursos públicos para o mercado financeiro, reduzindo substancialmente a verba para saúde, educação e toda a área social.

Quando os partidos de esquerda no poder, em nome da governabilidade, fazem concessões ao mercado, aos militares e à direita parlamentar, quem ganha é a direita que se fortalece politicamente com o abandono, pela esquerda, de sua agenda de mudanças. A conciliação permite pequenos avanços a curto prazo, mas contribui para uma provável vitória eleitoral da direita.

Estamos falando, é claro, do governo Lula. Fez concessões importantes em nome da governabilidade. O Ministério, em geral, é medíocre. Os ministros de direita – a maioria – estão a serviço do capital, e os ministros da área social, de esquerda, ainda não disseram a que vieram, com exceção da Ministra da Saúde, recentemente defenestrada. O governo busca sempre conciliar com o Congresso e não levanta uma agenda progressista de esquerda para enfrentar, mesmo em minoria, um Legislativo dominado pela direita. No plano institucional, a esquerda desapareceu. O trabalho de base foi abandonado faz tempo e os sindicatos perderam a importância que já tiveram.

Diante desse quadro, a popularidade de Lula caiu. O discurso da frente ampla com a direita para barrar a extrema direita não convence mais. A maioria da população quer mudanças, quer ter esperanças, e esse governo não tem marca, não alimenta nenhuma esperança. Não tem nenhuma ousadia. Se continuar assim, se não houver mudanças em direção a um novo paradigma, o risco de perder a próxima eleição é muito grande.

Tradicionalmente, o fator econômico é considerado o grande eleitor. Mas os dados macroeconômicos pouco pesam na intenção de voto. A derrota de Joe Biden é um bom exemplo. A economia ia bem, com exceção do preço dos alimentos, e Joe Biden foi derrotado pelo discurso demagógico de Donald Trump que prometia o MAGA, Make America Great Again. Isso não significa nada, mas permite que cada um sonhe com o conteúdo que quiser.

Não importa o absurdo das promessas, o que fica no coração e mentes das pessoas é a esperança. Lembro que Leonel Brizola, na eleição para governador do Rio de Janeiro em 1982, prometeu botar uma vaquinha em cada esquina para dar leite para as crianças. E fez outras promessas absurdas como essa, e ganhou a eleição, despertando a esperança no povo.

Esse modelo bem-comportado e tradicional do governo Lula não aponta para nenhuma utopia, não dá esperança a ninguém. Falta audácia para levar adiante medidas de interesse popular, contrariando os interesses dominantes. A fortuna ajuda os audazes.

Em 6 de março, o Governo zerou imposto de importação sobre diversos produtos, como carne, café, açúcar, milho, óleo de cozinha, azeite. Se isso não surtir efeito, Lula declarou que vai tomar “atitudes mais drásticas”. Como provavelmente o mercado vai boicotar essas medidas, pode ser que, finalmente, Lula decida partir para tomar decisões mais ousadas, que produzam resultados e despertem esperança.

O mercado vai reclamar, a imprensa vai gritar, vão entrar na Justiça que deve demorar a tomar uma decisão final. Enquanto isso, o Governo se fortalece com a maioria da população. É preciso ousar para sair desse modelo bem-comportado, desse “bom mocismo”, dessa política de conciliação que fortalece a direita que hoje apoia o Governo, amanhã vai apoiar o candidato da oposição.

A ascensão da direita no mundo não é um fenômeno isolado, mas uma resposta a crises e insatisfações reais. Por exemplo, a insatisfação com as elites políticas tradicionais é bem explorada pela direita. Esse descontentamento foi capitalizado por partidos de direita, que muitas vezes adotam uma retórica anti-establishment, e criticam a corrupção e a ineficiência dos governos anteriores.

A maioria do eleitorado quer mudança. Os eleitores, em sua maioria, são contra o “sistema”. E a esquerda tornou-se o sistema, apoia um Governo que é o sistema. Os partidos de esquerda não propõem mudança de paradigma, não atacam o grande capital para não prejudicar o governo. Claro que há pequenos grupos de esquerda fiéis a seus programas originais. Mas os partidos de esquerda que apoiam o governo não apresentam propostas de mudanças estruturais. A palavra socialismo, por exemplo, sumiu do mapa político.

Em nome da governabilidade, a esquerda acaba indo a reboque da direita. Ou isso muda e voltamos a despertar a esperança no povo, ou caminharemos para uma derrota na próxima eleição presidencial. Nelson Mandela dizia que a esperança é uma arma poderosa e nenhum poder no mundo pode privar-te dela.

Mas a rotina burocrática do poder leva os dirigentes a um cantochão de discursos repetitivos e monótonos que não apontam para nenhuma utopia nem despertam nenhuma esperança. Seria bom não esquecer a lição de Victor Hugo para quem, “para criar o futuro, nada é melhor do que um sonho”.

Leia mais

  • Como Lula pode evitar o desastre em 2026? Artigo de Paulo Nogueira Batista Jr
  • Comprar comida ficou mais caro no Brasil em 2024, e o clima tem tudo a ver com isso
  • Inflação dos alimentos. Artigo de Jean Marc von der Weid
  • “A brincadeira do Roberto Campos em aumentar a Selic equivale a um ano de emendas”, diz parlamentar
  • Selic matará o crescimento econômico em 2025 e 2026, abrindo espaço para o candidato de Campos Neto nas eleições presidenciais. Artigo de Luís Nassif
  • Xadrez da contagem regressiva para 2026. Artigo de Luís Nassif
  • Lula 3: Por onde começar a mudança. Artigo de Sonia Fleury
  • Haddad anuncia isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil
  • Lula, Haddad e o “ajuste fiscal”. Artigo de Paulo Kliass
  • Brasil 2025: “As expectativas são de melhoras”. Entrevista especial com João Carlos Loebens

Notícias relacionadas

  • Getúlio e Lula: aproximações, distanciamentos, ganhos e limites de duas Eras. Entrevista especial com Maria Izabel Noll

    LER MAIS
  • A esquerda num poço sem fundo

    “Ainda ecoa no ar o erro mais que crasso do Fora Dilma! Fora todos! O mecanismo da análise dessa esquerda não fora só posi[...]

    LER MAIS
  • Quando o fracasso vira muro

    LER MAIS
  • Católicos e esquerda radical, uma convergência de lutas? Artigo de Gaël Brustier

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados