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“Depressão, pedido de ajuda da alma”. Entrevista com Anselm Grün

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26 Fevereiro 2025

O monge beneditino Anselm Grün: “Hoje nos anestesiamos diante do mal dos outros e sentimos a pressão de ter que ser perfeitos. Os manuais, porém, não ajudam a superar as crises. Ao contrário, o perigo é a frustração”.

A entrevista é de Gianni Santamaria, publicada por Avvenire, 20-02-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

“Em meus escritos, evito dar conselhos, mas descrevo a vida como ela é. E tento apresentar a tradição cristã como a 'arte de viver de modo saudável'. Também tento colocar as pessoas em contato com a sabedoria de suas almas. E isso reflete a sabedoria de uma espiritualidade cristã saudável”.

Enquanto aqueles que se apresentam como distribuidores de guias para resolver todos os problemas da vida cotidiana muitas vezes só geram “frustração”. É por isso que o monge beneditino Anselm Grün, que recentemente completou 80 anos, é um dos maiores autores de espiritualidade de nosso tempo. Psicólogo, guia espiritual e palestrante, ele também é apreciado no âmbito administrativo e econômico. Na abadia onde reside, Münsterschwarzach, na Baviera, ele foi por muito tempo responsável pela gestão das atividades econômicas (20 pequenas empresas que empregam 300 pessoas estão ligadas ao mosteiro). Ele nos fala por ocasião da reedição, pelas edições San Paolo, de seu livro Per vincere il male (Para vencer o mal, em tradução livre, páginas 126, 10,00 euros).

Eis a entrevista.

A violência contra mulheres, crianças e estrangeiros sempre existiu. Mas talvez hoje mudou a percepção desse mal?

As novas mídias colocam imagens de guerras, violência e terrorismo diante de nossos olhos todos os dias. Muitas pessoas estão se acostumando com essa realidade e não percebem mais a dor dos outros. Especialmente o sofrimento infligido a mulheres e crianças passa despercebido. Elas se fecharam interiormente para a dor. Mas quem se fecha para a dor não é mais capaz nem mesmo de amar. Pois aquele que ama se abre para os outros e compartilha de sua dor.

Uma tendência da sociedade moderna é reduzir tudo às dimensões histórica, individual e psicológica. Seria essa uma maneira de reduzir o abismo aberto pelo mistério do mal radical, o mysterium iniquitatis?

Hoje tentamos explicar o mal apenas em termos psicológicos, o que é válido em muitos casos. O psiquiatra católico Albert Görres argumenta que o mal é, muitas vezes, um acerto de contas antigas com os devedores errados: se ferem pessoas transmitindo a elas as feridas pessoais de infância. Mas, assim como a explicação histórica e individual, a explicação psicológica não consegue realmente compreender o mysterium iniquitatis. A Bíblia fala do diabo como o pai de todos os males. Na teologia católica, o diabo não é uma pessoa, mas uma imagem da dimensão profunda do mal.

Entre os problemas atuais estão a solidão e as feridas psíquicas ligadas a distúrbios como a depressão. Na sua experiência notou uma piora? A que isso pode ser atribuído?

Sim, as doenças psíquicas, e a depressão em particular, estão aumentando. A causa é principalmente o fato de as pessoas não encontrarem sentido em suas vidas. A religião sempre foi uma fonte de significado para muitas pessoas, mas com seu adelgaçamento gradual, acaba faltando uma fonte essencial para o sentido da vida humana. Outra causa são as expectativas excessivamente altas que muitos depositam na vida. Eles percebem que não podem atendê-las e isso os deixa doentes. O psiquiatra suíço Daniel Hell acredita que muitas depressões são um pedido de ajuda da alma contra uma desmedida imagem de si mesmo. A depressão é uma rebelião contra a imagem exagerada que temos de nós mesmos. Contra o fato de termos de ser sempre perfeitos, sempre bem-sucedidos, sempre descolados. Muitas pessoas se comparam com outras na internet e ficam deprimidas porque acabam se sentindo com pouco valor nessa comparação.

Nas prateleiras das livrarias, há uma profusão de manuais de autoajuda e muitos filósofos se dedicam ao aconselhamento. O que pensa sobre isso?

Esses livros mostram que muitas pessoas hoje em dia não sabem mais como levar uma boa vida. No entanto, esses guias podem ser perigosos porque fazem com que os leitores e as leitoras acreditem que basta seguir tais sugestões para ter sucesso na vida. Isso geralmente leva à frustração. Em meus escritos, evito dar conselhos, mas descrevo a vida como ela é. Tento apresentar a tradição cristã como ‘arte de viver de forma saudável’. Também tento colocar as pessoas em contato com a sabedoria de suas almas. E isso reflete a sabedoria de uma espiritualidade cristã saudável.

Livro "Per vincere il male. La lotta contro i demoni", de Anselm Grün (Editora I Prismi, 2006).

Por que a sensibilidade do homem de hoje parece estar tão distante do cristianismo? E o que lhe proporciona a experiência do monasticismo?

As igrejas vezes demais se centraram no moralismo e inocularam nas pessoas uma consciência ruim. Isso fez com que elas procurassem o esoterismo ou outras religiões para obter ajuda em suas vidas. No entanto, percebo em muitas pessoas distantes da Igreja um profundo desejo de espiritualidade autêntica. E quando falo da espiritualidade cristã como a fonte de uma existência saudável, muitos redescobrem suas raízes cristãs e compreendem como essa tradição é sábia e benéfica. Muitos hóspedes procuram nosso mosteiro, até mesmo pessoas distantes da Igreja. Querem uma imersão em uma vida de fé, que esperam encontrar junto a nós, monges. Hoje, os mosteiros desfrutam de uma reputação melhor do que a da Igreja institucional.

Na economia, o egoísmo parece prevalecer: nas relações humanas, na acolhida ao estrangeiro, nas desigualdades entre ricos e pobres. Como isso pode ser combatido?

Sim, no mundo econômico atual há uma forte tendência ao egoísmo e à fixação nos números. No entanto, realizo muitos cursos de formação para dirigentes e empresas, nos quais percebo um grande desejo por uma maneira diferente de fazer negócios. Muitos empresários assumem a responsabilidade por seus funcionários e estão se empenhando na integração dos migrantes. Nesse sentido, muitas empresas contribuem para a humanização da sociedade. Mas, é claro, também existem empresas dominadas por um clima de dureza e egoísmo. E elas espalham uma atmosfera social cruel e desumanizante.

Suas empresas, inspiradas na regra beneditina, podem ser um modelo? Como ajudar as pessoas a superar a alienação e a se redescobrirem?

Eu fui despenseiro, responsável pela gestão econômica do mosteiro por 36 anos. Vivi a tarefa como uma forma de cuidado pastoral no mundo secular. Se consigo que 300 pessoas trabalhem conosco satisfeitas, isso beneficiará não apenas seus corpos, mas também suas almas. Muitas empresas sentem a necessidade de criar, em um mundo frio, um ambiente mais humano. Isso lhes dá motivação. Outra maneira de transformar o ambiente de trabalho é aplicar a regra beneditina, ora et labora. A oração é um ato de dedicação a Deus. Se eu me dedicar totalmente ao meu trabalho, ele adquire outra qualidade. Assim não me esgoto facilmente. Muitas vezes desperdiçamos energia porque trabalhamos movidos pelo ego, preocupando-nos constantemente em obter reconhecimento ou satisfazer o chefe. Esses pensamentos insistentes consomem energia e levam ao esgotamento. A espiritualidade é uma boa ajuda para evitar isso. Se eu imergir plenamente no trabalho, ele se torna um prazer e não um fardo”.

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