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14 Fevereiro 2025

"Irmã Dorothy amou os pobres, mas amou também a terra que Deus criou, a nossa “Casa Comum” que geme e implora compaixão porque é sempre de novo agredida e violentada, a flora e a fauna da Amazônia ameaçadas em sua sobrevivência", recorda Dom Erwin Kräutler C.PP.S., Bispo emérito do Xingu, na homilia proferida na missa que celebrou os 20 anos de martírio da missionária. 

Eis o artigo. 

Lembro-me como se fosse ontem da dor que invadiu meu coração quando, por telefone, recebi a notícia de que a Irmã Dorothy foi assassinada numa vicinal da Transamazônica-Leste, em Anapu. Lembro-me da Santa Missa de Corpo Presente que celebrei na Igreja da Imaculada no Bairro Brasília em Altamira. Jamais posso esquecer o semblante do povo que participou. Homens e mulheres consternados, assombrados, apavorados, sem poder acreditar no que aconteceu, sem entender toda essa crueldade. Lembro-me da Missa de Corpo Presente em Anapu com muitos políticos presentes, inclusive o governador do Acre Jorge Viana, envidado especial do Presidente da República para representá-lo nas exéquias. Lembro o Senador Eduardo Suplicy, em pé diante do caixão coberto com a bandeira brasileira, cantar “The answer, my friend, is blowing in the wind” (a resposta, meu amigo, está soprando no vento – melhor traduzido seria “soluçando”, “chorando”). Soluçando, chorando até hoje porque não há e nunca haverá resposta que convence! Lembro mais ainda o cortejo fúnebre até o sítio onde sepultamos a Dorothy. Os políticos já haviam ido embora.

Ficou o povo simples, humilde, os “anawim” (os pobres de Deus) de Anapu, caminhando em silêncio ou rezando o rosário.

Cortejo fúnebre que acompanhou Irmã Dorothy | Foto de Regina Jacob, Diário do Pará de 17 de fevereiro de 2005, enviada por Dom Erwin ao IHU.

Toda essa trágica história completa hoje, neste dia 12 de fevereiro de 2025, vinte anos. Não quero apenas recordar o passado. Quero desenhar o perfil desta Irmã-Mártir que muitos de nós conhecíamos de perto ou convivemos com ela.

Em 1982 a Irmã Dorothy apareceu na Casa dos Padres em Altamira e me pediu ser aceita na Prelazia do Xingu. O que me impressionou naquele primeiro encontro foi sua resoluta “opção pelos pobres”. Fiquei estranhando uma Irmã sozinha querer abrir uma frente missionária. Indaguei se ela viria sozinha para o Xingu e se sua congregação concordava com sua decisão. “Sim, vem mais Irmãs!” respondeu. E vieram.

Disse-me sem mais delonga: “quero trabalhar entre os pobres mais pobres”. Respondi que seu desejo, mesmo que seja muito nobre, não era tão fácil de se concretizar. Pensei na Transamazônica-Leste. Anapu ainda não era município (foi instalado apenas em 1º de janeiro de 1997). Na década de 1980, a pobreza que grassava aí era uma verdadeira “miséria”: malária, fome, violência, falta de assistência e transporte foram apenas alguns dos ingredientes na vida de quem lá chegava, pensando que iria encontrar um novo Eldorado. Dorothy simplesmente me pediu: “Por favor, me deixe experimentar!”. E ela “experimentou” essa vida vivida com os pobres até o fatídico dia 12 de fevereiro de 2005, quando às sete e meia da manhã foi brutalmente assassinada.

Uma segunda característica que quase é um retrato da Irmã Dorothy é seu amor dedicado “ao nosso povo”. Ela nasceu nos Estados Unidos e veio como missionária ao Brasil. Quando se referiu ao povo da Transamazônica sempre usou a expressão “nosso povo”. Tive a graça de participar da última entrevista que deu a Carlos Mendes de O Liberal em 2 de fevereiro de 2005 na Casa dos Padres em Altamira. O jornalista recomendou-lhe: “Acho que a senhora deveria tomar mais cuidado!” E qual a foi a resposta da Irmã? “Eu acredito muito em Deus e sei que ele está comigo. Mas prefiro falar de vida e não de morte. O nosso povo tem um projeto de uma vida melhor com o PDS. Não tenho tempo de pensar em coisa ruim. Mas, se eles me matarem, eu gostaria de ser enterrada em Anapu, junto daquele povo humilde. O Pará é a minha terra.”

Uma terceira observação se refere ao seu profetismo e à sua espiritualidade que contagiou a quem a conhecia mais de perto. Irmã Dorothy amou os pobres, mas amou também a terra que Deus criou, a nossa “Casa Comum” que geme e implora compaixão porque é sempre de novo agredida e violentada, a flora e a fauna da Amazônia ameaçadas em sua sobrevivência. Já nas décadas de 1980 e 1990 Dorothy previa as consequências desastrosas para o ecossistema que hoje já nos aterrorizam na Amazônia: secas prolongadas, rios sem água, calor excessivo, cidades e vilas infestadas pela fumaça das queimadas causando problemas respiratórios especialmente em crianças e idosos.

Atrás de todo o empenho e engajamento da Irmã Dorothy se ocultou uma profunda mística e espiritualidade que ela hauriu de sua congregação religiosa, fundada por Santa Júlia Billiart, filha de pobres camponeses na França. Em seu 18º Capítulo em 2021 as Irmãs de Notre Dame de Namur precisaram sua espiritualidade com estas palavras: “Nossa paixão pela missão vem da nossa fé na bondade de Deus, Pai-Mãe viva e atuante em nosso meio. Acreditamos que o poder de Deus opera por nossa fraqueza. Somos chamados a semear no mundo inteiro novas sementes de esperança e unidade, de inclusão e pertença, de convite, de acolhimento e diálogo”.

Que Deus seja louvado! Amém.

Anapu, 12 de fevereiro de 2025

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