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O tempo e a eternidade do ser humano. Artigo de Leonardo Boff

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06 Janeiro 2025

"O sentido da vida no tempo é viver, simplesmente viver, mesmo na mais humílima condição. Viver é uma espécie de celebração do existir e de termos escapado do nada", escreve Leonardo Boff, teólogo, filósofo e escritor.

Eis o artigo. 

Em cada virada de ano, falamos do tempo que passou e do novo que se inicia. Mas que é o tempo? Ninguém sabe. Nem Santo Agostinho soube dar uma resposta em suas Confissões, nas quais fez uma das mais profundas reflexões. Nem Martin Heidegger, o mais eminente filósofo do século XX, escreveu seu famoso livro Ser e Tempo. Dedicou volumoso livro ao Ser. Até o fim de sua vida ficamos esperando um tratado sobre o tempo. E não veio, porque também ele não sabia o que era o tempo. Ademais, é curioso: o tempo é o pressuposto para falarmos do tempo. Precisamos do tempo para refletir sobre o tempo. É um círculo vicioso.

Creio que a abordagem mais adequada é conectar o tempo à vida humana. Consideramos a vida como o valor supremo acima do qual há só o Ser que faz ser todos os seres.

O sentido da vida no tempo é viver, simplesmente viver, mesmo na mais humílima condição. Viver é uma espécie de celebração do existir e de termos escapado do nada. Poderíamos não existir. E, no entanto, aqui estamos. Viver é um dom. Ninguém pediu para existir.

A vida é sempre um com e um para. Vida com outras vidas da natureza, com vidas humanas e vidas com outras vidas que por acaso existirem no universo. E vida é para expandir-se e para dar-se a outras vidas sem o que a vida não se perpetua.

A vida, no entanto, é habitada por uma pulsão interior que não pode ser freada. A vida quer se encontrar com outras vidas, pois para isso existe o com e o para. Sem isso a vida deixaria de existir.

A pulsão irrefreável da vida faz com que ela não queira só isso e aquilo. Quer tudo. Quer se perpetuar o mais que pode, no fundo, nunca quer acabar, quer se eternizar.

Ela carrega dentro de si um projeto infinito. Este projeto infinito a torna feliz e infeliz. Feliz porque encontra, ama e celebra o encontro com outras vidas e com tudo o que tem a ver com a vida ao seu redor. Mas é infeliz porque tudo o que encontra e ama é finito, lentamente se desgasta e cai sob o poder da entropia, no termo, sob o império da morte.

Apesar dessa finitude, em nada enfraquece a pulsão pelo Infinito. Quando encontrar esse Infinito, repousa. Experimenta uma plenitude que ninguém lhe pode dar nem tirar. Só ele a pode construir, desfrutar e celebrar.

A vida é inteira, mas incompleta. É inteira porque dentro dela estão juntos o real e o potencial. Mas é incompleta porque o potencial ainda não se fez real. Como o potencial não conhece limites, a vida sente um vazio que nunca consegue preenchê-lo totalmente. Por isso nunca se faz completa para sempre. Permanece na antessala de sua própria realização.

É neste contexto que surge o tempo. O tempo é a tardança do potencial que quer irromper a partir de dentro e deixar de ser potencial para ser real. Essa tardança poderíamos chamar de tempo. Seria a nossa abertura esperançosa, capaz de acolher o que poderá vir. O potencial realizado nos permite passar de incompletos para inteiros sem, contudo, fazer-nos plenamente inteiros. O vazio continua. É a nossa condição de finitos habitados por um Infinito. Quem o preencherá?

Não pode ser o passado porque já não existe e passou. Não pode ser o futuro porque ainda não existe, pois ainda não veio. Só resta o presente. Mas o presente não pode ser apreendido, aprisionado e apropriado. No que tentamos prendê-lo, ele já virou passado.

Mas ele pode ser vivido. Quando é intenso nem percebemos que passou. Parece que o tempo não existiu. É o tempo denso e intenso de dois ardentemente apaixonados. É o tempo chamado kairós, diferente do kronos, sempre igual como o tempo do relógio.

É possível fazer uma representação do presente? Sim, é com a eternidade, porque somente ela é um é. Cada presente tem algo do eterno, porque só ele é. Um dia foi e um dia será. Mas somente ele é um é. Por isso o “é” do tempo representa a presença possível da eternidade. A nós cabe vivê-lo na maior intensidade possível, pois logo se esvai para o passado.

De todos os modos constatamos que estamos imersos na eternidade do é. Não se trata de uma quantidade congelada do tempo. É uma qualidade nova, que nunca para, sempre vem e passa: provém do futuro e logo passa por nós em direção do passado. É a pura presença inagarrável do é.

Para nós que estamos no tempo, cabe viver esse “é” como se fosse o primeiro e o último. Desta forma nós participamos, fugazmente da eternidade do é. E nos eternizando, participamos Daquele que sempre é sem passado nem futuro.

Esse é vem sob mil nomes: Tao, Shiva, Alá, Olorum, Javé. Este, Javé, se revelou como “sou Aquele que sou”, melhor dito: “Sou o é que sempre é”.

Quem sabe se um dos sentidos, entre outros, de nosso existir no tempo não seja participar desse é? E no dizer do místico São João da Cruz, por um momento: “ser Deus, por participação”. E aqui vale o nobre silêncio porque já não cabem mais palavras.

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