O valor de sentir a poesia de João da Cruz

Mais Lidos

  • Basf é “efetiva empregadora” de trabalhadores encontrados em situação análoga à escravidão em Uruguaiana, RS

    LER MAIS
  • “Parece que ser um psicopata traz vantagens eleitorais”. Entrevista com Néstor García Canclini

    LER MAIS
  • Belo Monte: uma oportunidade para Lula e para o PT. Artigo de Eliane Brum

    LER MAIS

Newsletter IHU

Fique atualizado das Notícias do Dia, inscreva-se na newsletter do IHU


Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

16 Novembro 2021

 

Às vezes, quando estamos diante de uma obra de arte, seja ela um filme, uma música ou um livro, tentamos entender aquilo que está diante de nós. Tentar entender é válido, mas, como toda obra de arte, o que importa é sentir, experimentar. E não há forma artística que tenha a maior necessidade de ser sentida do que a poesia.

A evidência maior dessa afirmação pode ser vista no livro Cântico Espiritual, do chamado “Doutor da Mística”, São João da Cruz. Ali, o que importa não é entender ou buscar uma compreensão de cada palavra escrita pelo espanhol, mas, sim, sentir as expressões usadas e buscar, a partir da sua experiência com elas, um significado que seja só seu.

A reportagem é de André Cardoso, estagiário e aluno do curso de Jornalismo da Unisinos.

A obra e vida do sacerdote e frade carmelita estão sendo apresentadas no curso livre “Mística e Espiritualidade”, ministrado pelo professor e doutor em Teologia, Faustino Teixeira. Grande conhecedor da obra de São João da Cruz, ele já ministrou outros cursos sobre o espanhol e, neste, está dedicando três aulas para discorrer sobre o autor.

 

 

Segundo Faustino, “o livro Cântico Espiritual é uma das mais preciosas narrativas de toda a literatura mística por sua beleza e profundidade. Foi celebrado por muitos autores desde seu lançamento”. O especial nos versos de São João da Cruz é a força poética que as estrofes produzem, que nos convoca à admiração e ao silêncio.

O que mais impressiona Faustino é o momento, na vida do espanhol, em que as estrofes foram escritas: ele estava preso quando começou a escrever as primeiras linhas do poema. “É de se admirar que versos tão carregados de serenidade possam ter brotado na dura solidão e miséria de um calabouço, privado de um exterior”, comenta.

A obra, escrita entre 1578 e 1584, tem uma de suas forças justamente na privação de liberdade que o escritor sofria no começo da sua produção. “O fato de você estar reprimido, aprisionado, não te impede de ver lindas paisagens que brotam do mundo interior”, explica.

 

 

O curso segue na próxima quinta-feira, 18-11-2021, quando será ministrada a terceira aula sobre a mística de João da Cruz.

 

 

Leia mais

 

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

O valor de sentir a poesia de João da Cruz - Instituto Humanitas Unisinos - IHU