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27 Novembro 2024

"Dever-se-ia falar de “mares”, no plural: o mar da Ligúria, onde vou com mais frequência, é azul-escuro e bate suas ondas contra as rochas; o mar da Costa Rei, com suas águas cerúleas; o mar de Santorini, onde se fica inebriado de luz, mas que se torna prateado ao pôr do sol, depois rosado, depois violeta e, finalmente, preto", escreve Enzo Bianchi, fundador da Comunidade de Bose, em artigo publicado por La Repubblica, 25-11-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Não é apenas para escapar do frio que, no inverno, sinto a necessidade de ir para o mar, não para mergulhar em suas águas, mas para deixar que o mar capture meu espírito, meu íntimo, e se torne objeto de contemplação silenciosa e calma. Adoro ficar à beira-mar nessa época em que as cidades litorâneas estão solitárias, sem turistas ou pessoal de férias. Os calçadões à beira-mar estão desertos e, mais ainda, as praias, e nossos olhos são atraídos apenas pelo mar, que é sempre diferente porque a luz muda e seu movimento se repete, mas de uma maneira diferente, e suas cores são surpreendentes: o azul escuro, quase preto, às vezes se torna um azul malaquite ou um verde transparente que nos permite ver o fundo.

Dever-se-ia falar de “mares”, no plural: o mar da Ligúria, onde vou com mais frequência, é azul-escuro e bate suas ondas contra as rochas; o mar da Costa Rei, com suas águas cerúleas; o mar de Santorini, onde se fica inebriado de luz, mas que se torna prateado ao pôr do sol, depois rosado, depois violeta e, finalmente, preto.

Mas, além das cores, somos acompanhados pelos movimentos do mar, que às vezes parecem um jogo, quase revelando a natureza lúdica do universo: fluxo e refluxo, inspirar e expirar com as ondas mais ou menos brancas que, mesmo que rugiam, não quebram o silêncio. A calmaria também chega e o mar fica liso como óleo, o horizonte distante se destaca nitidamente, permitindo-nos vislumbrar o infinito e nos levando a discernir o invisível...

Sim, sempre me pareceu que o mar sabe contar o meu íntimo mais do que o céu ou a terra, porque conhece uma gramática dos sentimentos do coração mais precisa do que as palavras que possuo para descrevê-los: a paz silenciosa que permite que se viva consigo mesmo na sóbria embriaguez de viver em boas relações de amor, a ansiedade que às vezes se apodera e se torna a perturbação da noite, o desencadeamento da revolta e do protesto quando o ofício de viver se torna ingrato.

Certamente, o mar que contemplo e amo é o Mediterrâneo: “mare nostrum”, diziam os romanos, “mar branco”, dizem os árabes.

É o mar que, de acordo com Basílio de Cesareia, tem a vocação de ser uma ponte entre diferentes terras e culturas.

É o mar no meio de terras cujos habitantes se enfrentaram e se misturaram desde a antiguidade, mas que hoje é atravessado por desesperados que deixam o Sul do mundo em busca de pão, porque o pão nunca foi e não vai para os pobres.

Muitos desses homens, mulheres e crianças nem sequer sabem o nome desse mar: eles o descobrem quando tentam fugir de onde nasceram e cresceram para ir para terras que para eles são promessa.

Depois, descobrem que são miragens e experimentam o Mediterrâneo como inimigo. Quantos barcos já afundaram! Fernard Braudel escreveu: “O Mediterrâneo é o que os homens fazem dele”, e constatamos que fizemos dele um cemitério. É o mar que, ao olharmos para ele, também deveria nos inspirar vergonha e nos fazer sentir o quanto somos cúmplices da injustiça dominante.

Mar nosso, da nossa vergonha.

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