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Padres e homossexualidade. Artigo de Domenico Marrone

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12 Novembro 2024

Escrevo para vocês com o coração aberto e fraterno, consciente da delicadeza e da profundidade do tema que me proponho a tratar, mas com a confiança de que estas reflexões possam ser acolhidas com o espírito de comunhão e discernimento que caracteriza nossa vocação ao ministério presbiteral.

O artigo é de Domenico Marrone, teólogo e padre italiano, professor no Instituto Superior de Ciências Religiosas de Bari, na Itália, publicado por Settimana News, 09-11-2024.

Eis o artigo.

Desejo compartilhar algumas reflexões que possam nos ajudar a viver com autenticidade e plena consciência a nossa vocação.

A Igreja, ao reconhecer e respeitar profundamente a dignidade de cada pessoa, nos lembra que o caminho para o presbiterado exige uma maturidade afetiva que permita uma relação correta com homens e mulheres, e que possa tornar cada um de nós capazes de uma paternidade espiritual plena e generosa. É um caminho que exige uma liberdade interior radical, pois somos chamados a doar toda a nossa vida a Cristo e à Igreja.

Nesse contexto, é importante não cair na enganosa convicção de que, tendo uma orientação homossexual, ainda se possa manter a promessa do celibato, mesmo que se tenha uma ligação afetiva com algum companheiro. Isso é uma ilusão vã.

Ser celibatário pelo Reino de Deus significa ligar o coração apenas a Deus e aos irmãos por Deus. Qualquer vínculo exclusivo com outra pessoa, mesmo sem atos sexuais, prejudicaria a nossa vocação de estar completamente entregues a Deus e de viver uma paternidade espiritual universal.

O celibato presbiteral não é apenas a ausência de relações sexuais, mas uma consagração total que envolve o coração, as emoções e os afetos. Trata-se de viver uma lógica de inclusividade, e não de exclusividade, onde o presbítero é chamado a amar a todos, sem reservas ou parcialidades.

O serviço radical pelo Reino de Deus, que nos é confiado no ministério presbiteral, exige um coração livre de qualquer vínculo exclusivo. Viver a castidade implica, de fato, uma lógica de inclusividade e não de exclusividade: o presbítero é chamado a ser pai e pastor de todas as pessoas que encontra, sem reservas e sem parcialidade. A castidade, vivida como sinal de consagração total a Deus, nos convida a um amor universal, que abraça todos com a mesma intensidade e dedicação.

Também é preciso dizer, com honestidade e clareza, que o controle das pulsões sexuais em um presbítero com orientação homossexual pode ser mais difícil em comparação com um presbítero heterossexual. Isso torna a preservação da castidade, já desafiadora por si só, ainda mais difícil. A natureza exclusiva dos vínculos que podem se desenvolver entre pessoas do mesmo sexo, somada à particular fragilidade emocional que pode resultar disso, pode criar dinâmicas mais complexas de se lidar, colocando em risco a integridade da vocação celibatária. Se alguém tem consciência dessa dificuldade, é necessário reconhecê-la com humildade e discernir com honestidade se deve ou não ingressar no ministério presbiteral.

A Igreja não exige perfeição, mas requer um sincero compromisso com a disciplina interior e a fidelidade aos compromissos presbiterais. Se essa consciência não vier acompanhada de uma real capacidade de controle e gestão das pulsões, o acesso ao ministério não seria uma escolha prudente nem compatível com a vocação ao ministério presbiteral.

Além disso, é necessário estar atento a um perigo concreto que às vezes se manifesta em nossos presbitérios: entre aqueles que compartilham a mesma orientação homossexual, muitas vezes se observa a tendência de formar um grupo fechado que, com o tempo, acaba por excluir ou evitar relações com o restante do presbitério.

Esse fenômeno pode resultar em uma espécie de lobby, que não apenas cria divisões dentro da comunidade presbiteral, mas enfraquece a comunhão fraterna e a unidade necessária para o nosso serviço. Esse fechamento não só contradiz a nossa vocação, que exige que sejamos pastores de todos e em plena comunhão com nossos irmãos, mas também pode comprometer nossa capacidade de viver uma paternidade espiritual universal, que abraça todos aqueles que nos são confiados, sem preconceitos ou exclusões.

Toda pulsão sexual, como parte de nossa natureza humana, requer um caminho de disciplina dos sentidos e das pulsões. Esse não é um percurso simples, mas é essencial para viver com integridade a nossa vocação.

O sacrifício pessoal que disso deriva não é uma negação de nossa humanidade, mas uma oferta que nos torna cada vez mais conformes a Cristo, que deu tudo de si por amor à Igreja.

A disciplina e a ascese que nosso estado de vida implica não são um fim em si mesmo, mas nos capacitam para um amor maior, uma disponibilidade mais total e uma fidelidade mais profunda.

Outra reflexão importante diz respeito a uma tentação perversa que, infelizmente, pode surgir na mente de alguns. Pode-se ser levado a pensar que, diferentemente daqueles presbíteros que se envolvem em relacionamentos heterossexuais, com o risco de causar gravidezes, os relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo não têm essa consequência. Isso poderia levar a uma falsa e perigosa sensação de “segurança”, fazendo crer que se pode “mergulhar” mais facilmente em relacionamentos afetivos sem as mesmas consequências visíveis ou imediatas. Mas tal pensamento é um profundo engano, pois trai a própria natureza do celibato pelo Reino de Deus.

O verdadeiro problema não está nas possíveis consequências físicas de um relacionamento, mas no fato de que qualquer forma de vínculo afetivo exclusivo retira o nosso coração de sua consagração total a Deus. É uma ilusão pensar que a ausência de consequências tangíveis como uma gravidez justifica ou torna menos grave o envolvimento afetivo; ao contrário, essa segurança aparente torna ainda mais sutil e perigoso o risco de trair a promessa feita a Deus.

A esse respeito, é útil refletir também sobre o fato de que, embora a orientação sexual não afete em nada a dignidade da pessoa, ela pode não ser indiferente do ponto de vista das dinâmicas espirituais e pastorais que se desenvolvem no coração e na vida de um presbítero.

Independentemente de qualquer autoconsciência e autocontrole, a orientação sexual pode influenciar mais profundamente as relações que estabelecemos com os outros, nossas maneiras de viver a fraternidade presbiteral e o ministério pastoral. É necessário considerar esses aspectos com atenção, reconhecendo que nossa vocação exige uma transparência total e uma disposição para nos deixarmos guiar pelo Espirito Santo em todos os aspectos de nossa vida, incluindo nossas inclinações afetivas.

Ceder à tentação do similar é fácil. Buscar o semelhante, quem nos reflete, quem nos compreende em nossas fragilidades, às vezes parece um refúgio seguro. Mas aceitar o desafio da diversidade é desafiador e, ao mesmo tempo, enriquecedor. É justamente na diferença que descobrimos novas formas de relacionamento, de comunhão e de crescimento espiritual e humano. Sair da lógica do similar nos permite viver relações autênticas, que nos impulsionam a superar a nós mesmos, a nos abrir para novos horizontes e a servir o Reino com uma liberdade maior.

Nesse contexto, é fundamental não ceder à tentação de atrair confrades no ministério, ou, pior ainda, pessoas que nos são confiadas em nosso ministério. A responsabilidade que temos com relação àqueles que nos são confiados é sagrada.

Qualquer tentativa de usar nossa posição de poder ou influência para satisfazer desejos pessoais compromete não apenas nossa integridade, mas também o bem das almas que nos foram confiadas. A verdadeira paternidade espiritual requer um amor desinteressado, pronto para servir e proteger.

Além disso, seja sóbrio na vestimenta; não seja excessivamente refinado nos modos e gostos; evite extravagâncias na expressão exterior. Não seja excêntrico a ponto de parecer narcisista. A sobriedade e a discrição são sinais de um coração livre e centrado em Deus. Elas revelam uma escolha consciente de não atrair atenção para si, mas de ser um sinal autêntico da presença de Cristo no mundo.

Não se deixe seduzir pelo desejo de fazer "outing" a todo custo. Saiba preservar com dignidade sua orientação sexual. Nosso valor não reside em atos de ostentação, mas na qualidade de nossa vida, de nosso serviço, de nossa capacidade de amar e de nos doar.

Gosto de me sentir companheiro de viagem e de luta junto com vocês, no fascinante e comum serviço pelo Reino de Deus. Esta luta nunca é solitária, mas compartilhada na fraternidade e sustentada pela graça. É um percurso que nos chama todos os dias a renovar nossa fidelidade e a nos entregar com confiança nas mãos do Senhor, certos de que foi Ele quem nos chamou.

Comprometo-me também a manter afastado qualquer pensamento homofóbico. A homofobia é uma atitude de exclusão e de preconceito que, infelizmente, pode se insinuar até mesmo em ambientes religiosos. Bispos e presbíteros, como guias espirituais, têm uma responsabilidade fundamental: testemunhar o amor de Deus, que é inclusivo e misericordioso para com todos. Toda forma de discriminação, incluindo a homofobia, trai a mensagem do Evangelho, que convida a respeitar a dignidade de cada pessoa, criada à imagem de Deus.

Manter a homofobia distante do pensamento e da ação pastoral significa abraçar plenamente o mandamento do amor, colocando no centro a acolhida e a compreensão. O próprio Cristo ofereceu amor sem condições, convidando a construir uma comunidade fundada na compaixão e na justiça, não no julgamento e na condenação. Nós, eclesiásticos, deveríamos ser faróis de esperança e acolhimento para todos, sem exceções, porque só assim o mensagem cristã poderá ser autêntico e transformador.

Se você se ligou a um companheiro, experimente a liberdade de “cortar” e purificar essa relação, assim como poderia acontecer com um presbítero de orientação heterossexual. Viver a liberdade pelo Reino com um coração íntegro é belo. Essa liberdade não é uma imposição exterior, mas um dom que nos permite viver nosso ministério com um coração indiviso, orientado unicamente para o amor de Deus e o serviço aos irmãos.

A vocação presbiteral, como a Igreja nos lembra, é um dom, não um direito. Somos convidados a responder a esse dom com transparência, honestidade e disponibilidade.

O discernimento de nossa idoneidade para o ministério presbiteral não é apenas uma tarefa que a Igreja realiza em relação a nós, mas uma responsabilidade que cada um de nós é chamado a assumir com seriedade. Seria gravemente desonesto, nos é lembrado, ocultar aspectos de nossa vida que poderiam dificultar esse caminho.

O Senhor nos chama à verdade e à fidelidade, não só em nosso ministério, mas também em nossa interioridade. É com esse espírito que cada um de nós é convidado a se colocar com confiança e humildade diante de Deus, da Igreja e de sua própria consciência, para discernir se o caminho trilhado está em conformidade com a vontade de Deus e com as exigências do ministério presbiteral.

Tenha a consciência de não escandalizar a comunidade mostrando-se seguro e ousado demais, quase com ar de desafio, para que todos aceitem a sua orientação. Somos chamados a propor Cristo e não a nós mesmos. Nossa vida deve ser um sinal de uma presença autêntica e caridosa, que une e não divide, que abraça e não exclui.

Por fim, nas conversas entre colegas, evite usar sempre uma linguagem no feminino e procure manter uma comunicação que não recaia em estereótipos ou em modos afetados e afetivos.

Concluo exortando-os a perseverar na oração, a buscar o apoio de guias espirituais sábios e prudentes, e a nunca perder de vista a grandeza da missão que nos foi confiada. O Senhor, que nos chamou, é fiel e nos sustentará ao longo do caminho, tornando-nos cada vez mais capazes de ser instrumentos do seu amor no mundo.

Com afeto fraterno e em comunhão de oração.

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