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Quando Jesus agia como “revolucionário”. Artigo de Gianfranco Ravasi

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01 Novembro 2024

"Jesus empunha o chicote e purifica o templo de Sião de todos os interesses econômicos, critica duramente as classes sacerdotal, intelectual e política e desmistifica uma certa legislação e tradição sagrada. Sua operação, no entanto, não é uma operação destrutiva pura e simplesmente, mas uma proposta marcada por uma perspectiva de viés escatológico radical", escreve o cardeal italiano Gianfranco Ravasi, ex-prefeito do Pontifício Conselho para a Cultura, em artigo publicado por Il Sole 24 Ore, 27-10-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Tive a sorte, como jovem estudante da Universidade Gregoriana, de ouvi-lo em algumas conferências em Roma. Naquela época, havia sido nomeado observador protestante no Concílio Vaticano II, a convite pessoal de João XXIII e Paulo VI. Um grande estudioso do Novo Testamento, também foi o iniciador de um intenso diálogo ecumênico. Estou falando de Oscar Cullmann, que nasceu em Estrasburgo em 1902 e morreu em Chamonix em 1999, após uma extensa carreira acadêmica e uma impressionante bibliografia, muitas vezes também traduzida para o italiano. Ele já apareceu nestas páginas em uma resenha de seu ensaio Dio e Cesare sul rapporto tra fede e politica (14 de janeiro de 2024). Apresentamos esse estudioso novamente porque foi recentemente reeditada pela quinta vez a versão italiana de um de seus textos curtos, mas incisivos, já emblemático em seu título, Jesus e os revolucionários de seu tempo, publicado pela primeira vez em francês e alemão em 1970.

Na base, talvez possamos colocar a pergunta mais forte que Cristo faz ecoar entre seu auditório, entre as 217 registradas nos Evangelhos, ou seja: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Mateus 16,15).

Para listar todas as respostas que foram oferecidas ao longo dos séculos, seria necessário compilar um volume inteiro, de tão díspares e mutáveis, adoradoras e blasfemas, profundas e banais que são. Em 1972, o filósofo marxista de Praga, Milan Machove escreveu um ensaio inteiro sobre Jesus até mesmo para os ateus.

Foi exatamente nesse contexto que surgiu a teoria reiterada do Cristo herói revolucionário, arrancado dos altares e jogado nas ruas agitadas da história segurando a bandeira da libertação dos povos oprimidos. Em outro sentido, mas ainda em uma trajetória semelhante, a ênfase irrestrita de Giovanni Papini não hesitou em celebrá-lo como “o maior Reversor, o supremo Paradoxista, o Inversor radical e destemido”.

Mas voltemos a Cullmann que, com mais rigor, nos leva de volta às coordenadas históricas do mestre itinerante de Nazaré. É bem sabido, de fato, que no século I, o manto de chumbo do poder imperial pairava sobre a província romana da Palestina, com seus funcionários gananciosos e muitas vezes corruptos, com suas forças de ocupação não raro compostas por mercenários, com uma classe política e sagrada judaica às vezes conivente ou impotente. Foi nesse contexto que um movimento revolucionário se ramificou, primeiro na clandestinidade e depois de forma explosiva, articulado em duas vertentes: os zelotes, que visavam a uma reforma radical do judaísmo político e sacerdotal, de modo a se opor às ingerências e às repressões romanas, e os chamados sicarii, nome derivado do latim sica, o “punhal” que empunhavam para realizar atentados terroristas, com o programa de uma libertação por meio da expulsão da presença imperial de sua terra.

Famosa foi a resistência do primeiro movimento - o mais organizado e político, ou seja, os zelotes - na fortaleza de Massada, na costa ocidental do Mar Morto, opondo-se vigorosamente, em 74 d.C., à “recuperação” da região que a 10ª Legião Fretense estava realizando após a destruição de Jerusalém pelo futuro imperador Tito. No contexto anterior à habitual ocupação romana (estamos nos anos 30 do I século), como Jesus se comportou, levando em conta que sua pregação tinha um considerável número de seguidores populares? Os dados evangélicos, a esse respeito, mostram-se variados e admitem oscilações hermenêuticas antitéticas que vão desde seu empenho revolucionário até uma espécie de colaboracionismo, com múltiplas variações intermediárias, muitas vezes recorrendo a categorias modernas de análise sociopolítica. Como se trata de um texto exemplar em termos de essencialidade (de fato, é a essência - em cerca de trinta páginas que constituem o corpo substancial do livro - de uma rica pesquisa que pode ser percebida subjacente ao texto), apenas apontamos a trilogia de caminhos interpretativos propostos por Cullmann.

Em primeiro lugar, a questão do culto: Jesus empunha o chicote e purifica o templo de Sião de todos os interesses econômicos, critica duramente as classes sacerdotal, intelectual e política e desmistifica uma certa legislação e tradição sagrada. Sua operação, no entanto, não é uma operação destrutiva pura e simplesmente, mas uma proposta marcada por uma perspectiva de viés escatológico radical.

As outras duas questões examinadas pelo estudioso estão mais diretamente ligadas à história daqueles anos: ação social com o objetivo de expor e julgar as injustiças flagrantes e ação política para uma nova ordem na gestão dos assuntos públicos, um componente a que seus acusadores no Sinédrio lançariam mão para obter a condenação imperial. Nesse horizonte duplo, entra em cena a categoria “Reino de Deus”, que está no centro de sua mensagem e que está além do dilema de adesão à ordem estabelecida ou à revolução.

Cristo é contra a teocracia (exemplar é o famoso “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”), evita uma mistura entre fé e política e um messianismo ambíguo, mas sua proclamação de um Reino de justiça, ao qual cada pessoa deve se dedicar com uma opção existencial, não é um convite a se descolar da realidade histórica, mas também não é um convite a se esgotar em um mero projeto de gestão da sociedade. Citando um escrito sugestivo do século II, a Carta a Diogneto, Cullmann conclui que “os discípulos de Cristo de modo algum se isolam dos outros homens... ‘Eles habitam no mundo, mas não são do mundo’”.

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