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09 Agosto 2024

Pedro Casaldáliga é um "esteta da palavra encarnado na revolução. Ele brinca com a linguagem que em seus versos vira canção. A palavra é a sua verdadeira casa, a poesia a sua grande paixão".

O artigo é de Juan José Tamayo, teólogo espanhol, secretário-geral da Associação de Teólogos João XXIII, ensaísta e autor de mais de 70 livros, publicado por El País, 07-08-2024.

Eis o artigo.

Missionário da libertação no Brasil, a obra poética do bispo catalão com fé guerrilheira revela a beleza do mundo, mas também suas misérias.

Pedro Casaldáliga foi um missionário catalão que chegou ao Brasil em 1968 e três anos depois foi nomeado bispo de São Félix do Araguaia, no Mato Grosso, região onde, segundo seu depoimento, “mais gente mata e morre do que vive”. Aí enraizou-se ao lado do campesinato sem terra, das comunidades indígenas e dos povos afrodescendentes, tornou-se um símbolo luminoso do cristianismo libertador na América Latina e acompanhou as revoluções do continente durante os últimos cinquenta anos.

Ele se apresenta como um revolucionário no poema 'Canção da Foice e da Trave': “Com calo por anel/ Monsenhor corta arroz./ Bispo 'foice e martelo'?/ Vão me chamar de subversivo./ E eu vou dizer-lhes que o sou./ Pelo meu Povo em luta, eu vivo,/ com o meu Povo em marcha, eu vou./ Tenho a fé de um guerrilheiro/ e o amor de uma revolução./ E entre o Evangelho e a canção/ Eu sofro e digo o que quero.”

“A linguagem é a casa do ser”, diz Martin Heidegger em sua Carta sobre o humanismo. Afirmação que aplico a Pedro Casaldáliga, um dos principais criadores, juntamente com Ernesto Cardenal, da teopoética da libertação, novo gênero literário da teologia latino-americana, que se caracteriza por articular com linguagem criativa o bem dizer e a boa atuação, ética e estética, mística e libertação, utopia e sabedoria, poesia e revolução, criação literária e militância sociopolítica, oração e luta, silêncio e palavra, compromisso e contemplação, ternura e solidariedade.

Um exemplo da contribuição de Casaldáliga para a libertação é sua Antologia Poética, em edição preparada por José María Concepción e Eduardo Lallana, que reúne seus poemas em espanhol desde seu início em 1955 até sua morte em 2020. O livro é a melhor demonstração de quem é um esteta da palavra encarnada na revolução. Ele brinca com a linguagem que em seus versos vira canção. A palavra é a sua verdadeira casa, a poesia a sua grande paixão. Através dela ele expressa a estética da vida, e revela a beleza do mundo, mas também a sua miséria, as alegrias dos seres humanos, mas também os seus infortúnios, as esperanças de pessoas e grupos empobrecidos, mas também a sua indignação e o seu protesto; alivia o sofrimento das vítimas, mas sem o unguento da falsa compaixão ou a promessa de uma vida melhor após a morte. Sua poesia se torna uma palavra de esperança, um alimento para o caminho, uma voz de pessoas sem voz.

Pedro Casaldáliga não é versificador da Corte, nem é contemporâneo do Sistema, nem legitima a ordem estabelecida. Sua poesia provoca revoluções. Canta para os revolucionários latino-americanos: Augusto César Sandino, Carlos Fonseca Amador, Che Guevara, Fidel Castro; aos bispos mártires: D. Romero, arcebispo de San Salvador, e Enrique Angelelli, bispo argentino de La Rioja; aos teólogos da libertação Leonardo Boff e Gustavo Gutiérrez.

A sua 'Ode a Reagan' faz-me lembrar a 'Ode a Roosevelt' de Rubén Darío. Nele ele declara Reagan “o último (grotesco) imperador” e o excomunga. Ele ousa questionar Deus como Jó e Jesus de Nazaré fizeram uma vez, e pergunta-lhe porque Ele se cala diante do sofrimento dos inocentes e “porque mais uma vez você nos abandonou”. Canta a esperança como virtude do caminho, mas “tingida de luto”, como disse Ernst Bloch. Dirige um poema a João Paulo II, a quem lembra que “a cúria está em Belém e a basílica principal está no Calvário”.

Ele dirige seu olhar compassivo para pessoas que no imaginário coletivo já estão condenadas, como Judas, a quem chama de “irmão, companheiro dos medos, da ganância, da traição” e de quem diz que “o seu pecado não foi maior que o nosso/ também traficantes de sangue humano”.

Onde encontro Casaldáliga melhor retratado é no poeta cubano José Martí quando escreve: “Quero lançar a minha sorte com os pobres da terra”. Dois poetas ao lado das vítimas.

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