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'O Sequestro do Papa' é mais uma obra-prima de Marco Bellocchio. Artigo de Sérgio Alpendre

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19 Julho 2024

Diretor resgata caso de rapto de menino judeu pelo Papa Pio IX, cruzando a opressão religiosa e a unificação da Itália.

A opinião é de Sérgio Alpendre, crítico de cinema, em artigo sobre o filme "O Sequestro do Papa", publicado por Folha de S.Paulo, e reproduzido na página do Facebook de Faustino Teixeira, 17-07-2024.

Eis o artigo.

Bolonha, 1858. Edgardo Mortara, um menino judeu vivido por Enea Sala, havia sido batizado, seis anos antes, sem o conhecimento de seus pais. A Igreja descobre e exige que o menino receba formação católica em Roma. "O Sequestro do Papa", baseado no livro Il Caso Mortara, de Daniele Scalise, começa com o filho sendo tirado de seus pais.

Drama religioso: o catolicismo oprimindo judeus, e a opressão religiosa como um todo, como bem mostra a cena em que pai obriga o filho a colocar o quipá. Drama histórico: século 19, sobrevivência da Inquisição, movimentos de unificação italiana —o "Risorgimento". Drama familiar: uma família é brutalmente dividida.

A imagem mostra um homem idoso de cabelos brancos, vestindo uma túnica vermelha, sentado em um trono dourado e vermelho, segurando uma criança vestida de branco em seu colo. Ao redor deles, há outros homens mais velhos, também vestidos com túnicas vermelhas e rendas brancas.

Há ainda dois outros dramas: o familiar, com a família brutalmente dividida, e o de tribunal, minoritário na duração, mas importante no desenrolar da trama: o julgamento do caso Mortara após a anexação de Bolonha ao reino da Itália.

Em todos esses registros, o diretor italiano Marco Bellocchio foi majestoso. Este longa mais recente faz parte de uma linhagem que passa por "A Hora da Religião", de 2002, "Vincere", de 2009, "Sangue do Meu Sangue", de 2015, e "O Traidor", de 2019.

Esses filmes de Bellocchio representam a essência da nação italiana e estão entre os melhores do cinema neste século, o que faz do diretor, do alto de seus 84 anos, um dos maiores do cinema contemporâneo.

Em "O Sequestro do Papa", percebemos logo que se trata de um filme invulgar. Eis um diretor que não teme trabalhar com sombras. É raro vermos imagens excessivamente iluminadas, como as que se acumulam na maioria dos filmes atuais. Quando elas aparecem, é para salientar a riqueza da Igreja. No mais, as nuances entre claro e escuro predominam.

Durante um tempo, o filme se divide entre o pequeno Edgardo em Roma, descobrindo os ícones do cristianismo, espantando-se com o Cristo na cruz e sua coroa de espinhos, e seus pais tentando recuperar sua guarda, com a ajuda de grupos judaicos, da imprensa liberal e dos exércitos que lutavam pela unificação italiana.

Os momentos de aprendizado de Edgardo são solenes, cheios da pompa do clero. Quando o cineasta mostra o papa Pio IX, um dos mais reacionários de todos os papas, mostra-o vulgarmente, em closes que quase deformam o rosto do ótimo ator Paolo Pierobon. Mesmo suas falas são rasteiras, muito aquém de sua pose.

Há ainda uma maestria no tratamento do drama. O momento em que a mãe é afastada, deixando livre o caminho para levarem seu filho, tem uma dramaticidade poucas vezes atingida no cinema atual, com a música imponente subindo no momento certo, o corte preciso, nem atrasado, nem adiantado, que respeita a sensibilidade do espectador.

O irmão mais velho de Edgardo, o mesmo que havia sido obrigado pelo pai a colocar o quipá, vai evoluindo na trama conforme as forças de oposição à igreja católica se unem às forças pela unificação italiana. Suas aparições são sempre marcantes. É o típico personagem inicialmente secundário que se torna essencial, um termômetro dos eventos históricos.

Há muitos momentos mágicos, dos quais podemos destacar: a montagem paralela com a crisma de Edgardo e o julgamento de seus sequestradores; o momento onírico em que ele tira os pregos e liberta Cristo de sua cruz; a hora em que Edgardo, no breve reencontro com a mãe, deixa de se comportar perante os padres e revela a vontade de voltar para sua família; a tomada de Roma pelas forças da unificação.

Algo em comum entre "A Hora da Religião" e "Vincere" é o poder de nos deixar atordoados com um corte. "O Sequestro do Papa" tem isso também. O que faz de Bellocchio um excelente manipulador do tempo cinematográfico, também um mestre das elipses. Um corte pode nos levar de um estado de espírito a outro. Estamos à mercê de um grande demiurgo.

A trama atravessa 20 anos, de 1858 a 1878, de um país dividido a uma Itália unificada após a anexação de Roma em 1870. O menino Edgardo se torna jovem e passa a ser interpretado por Leonardo Maltese. O rapto lhe causou algumas confusões mentais e muitas cicatrizes.

Com um entendimento profundo das forças que regem seu país, Bellocchio dá mais uma aula de cinema, mostrando que até mesmo os azuis e os laranjas típicos do digital, quando bem trabalhados, podem resultar em efeitos que provocam grande imersão.

O filme concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2023, e recebeu onze indicações ao prêmio David di Donatello de 2024, uma espécie de Oscar italiano, saindo vencedor em cinco delas, a mais importante sendo a de melhor roteiro adaptado.

Num mundo perfeito, teria vencido todos os prêmios a que concorreu. Bellocchio é um dos últimos grandes mestres do cinema.

Leia mais

  • O filme do grande diretor. A verdadeira história de Edgardo, o menino judeu raptado pelo Papa, que inspirou Bellocchio. Artigo de Giovanni Maria Vian
  • Obcecado pela continuidade. O que um ensaio sobre o sequestro de Mortara confirma
  • A Igreja romana e o antissemitismo. Artigo de Luigi Sandri
  • Diálogo para além dos tabus. Artigo de Roberto Di Segni
  • A ambígua modernidade do pontificado de Pio IX
  • Nostalgia de Pio IX: quis corriget correctionem? Artigo de Andrea Grillo

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