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“Fomos alvo de uma campanha para nos convencer da ‘magia do mercado’”. Entrevista com Naomi Oreskes

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25 Junho 2024

Somos todos manipuláveis. Um novo ensaio dos historiadores Naomi Oreskes e Eric Conway, El gran mito, recém-traduzido para o espanhol pela editora Capitán Swing, aborda a história das campanhas de marketing que, no século XX, moldaram o público estadunidense em favor do livre mercado. O estudo, que por vezes tem o ardor partisano de um Sem logo, de Naomi Klein, mergulha de cheio na construção do Homo libertatis estadunidense, citando filmes e romances, canções e séries televisivas.

Naomi Oreskes, professora associada de Ciências da Terra e Planetárias, da Universidade Harvard, também é autora de Mercaderes de la duda, sobre o negacionismo climático na direita estadunidense. 

A entrevista é de Matilde Sánchez, publicada por Clarín-Revista Ñ, 04-06-2024. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Seu livro conta como as grandes empresas promoveram ativamente as crenças gerais sobre o livre mercado, ao mesmo tempo em que minaram a confiança nos governos. Como chegaram até aí?

Foi com persistência. Em El gran mito, mostramos como no século XX os principais líderes empresariais desenvolveram uma narrativa pró-mercado e antigoverno muito coesa, que depois promoveram em diversos contextos, por meio de campanhas de propaganda, televisão, rádio e cinema, influenciando nos planos de estudo universitários e apoios acadêmicos. Também incidiram em comunidades religiosas. Gastaram muito dinheiro e foram persistentes.

Como você definiria o “fundamentalismo de mercado”? Tomam a expressão de George Soros com o seu livro “Em defesa da sociedade aberta”.

A ideia central do fundamentalismo é que só o livre mercado sem limites pode gerar prosperidade e proteger a liberdade política. Eles tratam “o Mercado” como um nome próprio: algo único e em si mesmo, que tem agência e até sabedoria, que funciona melhor quando deixado sem travas e não regulado, imperturbável e imperturbado.

O governo, segundo este mito, não pode melhorar o funcionamento dos mercados, só pode interferir. Os governos devem se manter à margem para não criar “distorções” que os impeçam de fazer a sua “magia”. No final do século XX, o fundamentalismo de mercado se revestia da sabedoria popular.

Você o define com uma qualidade quase religiosa.

De fato, mais ou menos, foi inventado no século XX e promovido através de uma série de campanhas de propaganda e intervenções empresariais na vida acadêmica e cultural estadunidense. E sim, quase religiosa no sentido de que não responde às evidências que revelam problemas com o argumento. Também porque a “mão invisível do mercado” é tratada como uma espécie de deus.

O lema poderia muito bem ser, parafraseando a frase religiosa impressa nos dólares, “no mercado confiamos”. Por outro lado, temos pensamento mágico quando se supõe que, ao acreditar que algo é verdade, será verdade. Os fundamentalistas imaginam um mercado livre perfeito. Nunca houve algo assim e não poderia existir.

Qual é o risco desse apoio sem restrições governamentais básicas?

A crença se tornou um ideal dominante. O risco não é potencial, é o que vemos ao nosso redor: a realidade das mudanças climáticas, a enorme desigualdade de renda, moradia e saúde inadequadas e agora, sobretudo nos Estados Unidos, mas também em outros lugares, a atração dos autocratas que afirmam que eles, e só eles, podem reparar o desastre.

No final da Segunda Guerra, o economista Hayek se tornou um dos favoritos dos grandes conglomerados econômicos. Vocês detalham as evidentes omissões da versão abreviada de ‘O caminho da servidão’.

Os fundamentalistas de mercado encontraram aliados intelectuais poderosos nos austríacos Ludwig von Mises e Hayek. Trabalharam conscientemente para promover suas ideias nos Estados Unidos. Nos anos 1940, um grupo ligado à National Association of Manufacturers, NAM, Associação Nacional de Fabricantes, pagou a Ludwig von Mises e Hayek para virem aos Estados Unidos e organizou suas contratações nas Universidades de Nova York e Chicago.

Mises defendia que as economias de planejamento centralizado estavam condenadas ao fracasso devido à informação deficiente sobre o valor dos bens e serviços: somente as economias de mercado podem fornecer um sistema de preços que permita a alocação eficiente dos recursos. Hayek se baseou nas afirmações de Mises para formular o argumento de que a liberdade econômica e a liberdade política são inseparáveis. Eles deram grande credibilidade intelectual ao movimento do livre mercado.

Até o clássico de Adam Smith, “A riqueza das nações”, do século XVIII, sofreu o corte de suas advertências. Qual foi a influência dessa operação? Chama a atenção o quanto tinham poder para intervir no campo editorial.

Esses grupos industriais, bem como organizações políticas como a American Liberty League e think tanks libertários como a Foundation for Economic Education (FEE) e, mais tarde, o Cato Institute e o America Enterprise Institute, promoveram a tese da indivisibilidade: a afirmação de que a liberdade política e a econômica eram indivisíveis e que qualquer interferência na “liberdade econômica” (ou seja, a liberdade dos empresários para atuar como bem entenderem) colocaria a democracia em perigo.

Afirmavam defender o capitalismo. De fato, defendiam uma visão radical do capitalismo desregulado, muito distante da sociedade comercial respaldada por Adam Smith e outras figuras do liberalismo clássico. Foi assim que promoveram essa versão distorcida de Adam Smith.

O economista da Universidade de Chicago, George Stigler, publicou uma edição da obra de Smith que suprimia todas as passagens nas quais reconhecia que certos mercados (em particular, o bancário) exigiam regulação e que são necessários impostos para apoiar o governo a fornecer os bens comuns que os mercados não fornecem.

Ao contrário do que imaginamos, neste século, os libertários não cresceram entre os setores ilustrados da comunidade, mas entre os menos escolarizados. Por quê? Como isto aparece ainda mais nas redes sociais, com as suas simplificações excessivas?

Se as pessoas ouvem uma mensagem muitas vezes e de maneiras diferentes, começa a penetrar. Este é o núcleo da publicidade e do marketing. Fomos alvo de uma campanha de marketing em massa, concebida para nos convencer da “magia do mercado” e a desconfiar do governo. É claro que funcionou.

Com o livro, almejamos que as pessoas tomem consciência de que se trata de um marketing concebido para vender um produto, neste caso, uma ideologia que serve os interesses dos ricos, não da humanidade.

Na Argentina, devido aos últimos governos, temos um estado hiperbólico e infestado de corrupção. O país tem sido fértil para esse fundamentalismo. Conhece as mensagens globais do presidente Javier Milei?

Não estou familiarizada com a mensagem de Milei, mas é a mesma que os fundamentalistas de mercado promoviam nos Estados Unidos: que o capitalismo protege a nossa liberdade política e pessoal.

Para os sul-americanos, a refutação óbvia é o Chile. Augusto Pinochet foi assessorado e apoiado por Milton Friedman e outros economistas formados no pensamento da Escola de Chicago. Acreditavam que a liberalização econômica levaria a uma maior liberdade política, mas isso não aconteceu, como também não aconteceu na China.

E os Estados Unidos, sem dúvida um dos países mais livres do mundo em termos de liberdade econômica, ocupa um lugar pobre em termos de democracia, muito atrás do Canadá, Costa Rica, Chile e Uruguai. Fomos rebaixados à categoria de “democracia defeituosa”, em 2016. As nossas “políticas de livre mercado” não fortalecem a nossa democracia.

Ao explorar a penetração da ideologia libertária em seu país, no século XX, você destaca a influência de duas escritoras fundamentalistas: Rose Wilder Lane e Ayn Rand, criadoras de narrativas muito populares. A primeira, libertária, autora da saga ‘Little House on the Prairie’, que serve de base para a série ‘Os pioneiros’. A segunda, de extrema-direita, autora de “A revolta de Atlas” e da primeira hagiografia de Edgard Hoover, ambas com uma legião de leitores. O que representam no imaginário coletivo?

Rand foi enormemente influente. Recentemente, a Atlas Society, ao notar que as meninas estadunidenses tendem a não ser libertárias, mas, ao contrário, abraçam o credo woke, argumentou que os conservadores devem estimular que as meninas leiam Rand!

Considera Donald Trump e o brasileiro Jair Bolsonaro de extrema-direita, alt-right ou no que se incluem?

É difícil dizer, mas alt-right provavelmente seja o correto e se encaixa com o partido AfD, Alternative für Deutschland [Alternativa para a Alemanha].

Quais são as ameaças à democracia e à liberdade individual apresentadas pela economia e a política libertárias?

Que os ultrarricos acabem controlando o sistema político. O seu dinheiro compra poder e influência, o que enfraquece a proteção dos trabalhadores, consumidores e meio ambiente. Isto já acontece nos Estados Unidos. Se Trump for reeleito, também fragilizarão a independência do Poder Judiciário, o núcleo de qualquer sistema democrático.

Leia mais

  • “Hoje os economistas progressistas são os defensores de Adam Smith”. Entrevista com Naomi Oreskes
  • “Os fundamentalistas do mercado nunca desistem”. Entrevista com Naomi Oreskes
  • Como o mercado mantém o BC refém. Artigo de Luís Nassif
  • O mercado segue sonhando. E nós não mais? Artigo de Alejandro Galliano
  • Pode a técnica nos livrar da tirania do mercado?
  • A globalização como mercado e guerra civil mundiais. Entrevista com Maurizio Lazzarato
  • “É preciso sacrificar as necessidades do mercado. Não são reais”. Entrevista com Douglas Rushkoff
  • Naomi Klein: “A ideologia do livre mercado está esvaecendo”
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  • “O neoliberalismo é um totalitarismo invertido”. Entrevista com Alain Caillé
  • Joseph Stiglitz: “Em todas as dimensões, o neoliberalismo foi um fracasso”
  • O fim do neoliberalismo e o renascimento da história. Artigo de Joseph Stiglitz
  • “O neoliberalismo é um modo de totalitarismo”. A psicanalista Nora Merlin e o novo paradigma político
  • “O fundamentalismo de mercado dominou por quatro décadas e fracassou”, afirma Stiglitz

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