Encontro do povo Ticuna: avançar no projeto "Igreja Sinodal com Rosto Magüta"

Foto: Funai

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22 Mai 2024

Criar uma Igreja com rosto amazônico e indígena é uma das propostas que surgiram do Sínodo para a Amazônia. Em alguns lugares, como entre o povo Ticuna na Tríplice Fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, há um desejo de avançar nessa direção. Um novo passo foi dado entre os dias 15 e 17 de maio, com o encontro realizado na comunidade de Arara, na Colômbia.

A reportagem é de Luis Miguel Modino.

Durante três dias, seguindo um caminho iniciado anos atrás, essa comunidade indígena se tornou um ponto de encontro para mais de 70 catequistas, animadores e missionários do projeto Igreja Sinodal com Rosto Magüta. O evento reuniu agentes pastorais que trabalham nas comunidades Ticuna do povo Magüta, espalhadas ao longo do rio Amazonas, no Vicariato Apostólico de Letícia, na Colômbia; no Vicariato Apostólico de São José do Amazonas, no Peru; e na Diocese de Alto Solimões, no Brasil.

 

Algumas das comunidades onde esse projeto está sendo realizado estiveram presentes: as comunidades de San José de Yanayacu, Yahuma e Barranco, do Peru, as comunidades Umariaçu I e Emaús, do Brasil, e Nazareth, Progreso e Arara, que foi a anfitriã, da Colômbia.

 

O tema central de reflexão foi a comunhão vista como essencial tanto no trabalho pastoral quanto no bem-estar das comunidades. Nessa perspectiva, foi destacada a importância da comunhão na prática cotidiana e como ela fortalece o tecido social e espiritual das comunidades Magüta. A metodologia do encontro buscou resgatar e valorizar as tradições indígenas, entrelaçando-as com a experiência cristã, criando um diálogo enriquecedor entre a fé e a cultura ancestral.

Segundo os participantes, os dias foram marcados pela alegria e por momentos de partilha, onde experiências foram compartilhadas e vínculos foram fortalecidos. Essa alegria era palpável e refletia a essência do que significa viver em comunidade e harmonia. Esse encontro não foi apenas uma reunião para discutir questões de fé, mas também uma celebração da vida e da cultura que une o povo Ticuna, formado por 35.000 pessoas que vivem nessa região da Amazônia, e no qual, pouco a pouco, vários ministérios estão surgindo para que o Evangelho possa ser anunciado a partir da realidade amazônica e indígena.

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