Francisco: “Houve uma manobra completa para bloquear a eleição do Cardeal Ratzinger”

Papa Francisco e Papa Bento XVI (Foto: CNS | Vatican Media)

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01 Abril 2024

  • “Tive quarenta dos 115 votos na Capela Sistina. Foram suficientes para impedir a candidatura do cardeal Joseph Ratzinger, porque, se tivessem continuado a votar em mim, ele não teria conseguido atingir os dois terços necessários para ser eleito Papa”, confessa Bergoglio em O Sucessor, livro-entrevista com o correspondente da ABC Javier Martínez Brocal, publicado pela editora Planeta e que será lançado no dia 3 de abril.

  • “A manobra consistiu em colocar o meu nome, bloquear a eleição de Ratzinger e depois negociar um terceiro candidato diferente”.

  • “Quando percebi (…) disse a um cardeal latino-americano, o colombiano Darío Castrillón: 'Não brinque com a minha candidatura, porque agora vou dizer que não vou aceitar'. Deixe-me aí. E aí foi eleito Bento” que, confessa o atual Papa, “era o meu candidato”.

A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 31-03-2024.

“Tive quarenta dos 115 votos na Capela Sistina. Foram suficientes para impedir a candidatura do Cardeal Joseph Ratzinger, porque, se tivessem continuado a votar em mim, ele não teria conseguido atingir os dois terços necessários para ser eleito Papa”. É assim que o Papa Francisco confessa em O Sucessor, livro-entrevista com o correspondente da ABC, Javier Martínez Brocal, publicado pela editora Planeta e que será lançado no próximo dia 3 de abril.

Em pré-publicação divulgada pelo jornal monárquico, Bergoglio denuncia que a ideia de quem o promoveu não era a de que ele seria eleito. “A manobra consistiu em colocar o meu nome, bloquear a eleição de Ratzinger e depois negociar um terceiro candidato diferente”.

“Disseram-me mais tarde que não queriam um papa ‘estrangeiro’”, diz Bergoglio, que afirma que “foi uma manobra completa” para “bloquear a eleição do cardeal Ratzinger”.

“Eles me usaram, mas por trás deles pensavam em propor outro cardeal. Ainda não chegaram a um acordo sobre quem, mas já estavam prestes a lançar um nome”, revela Francisco, que garante não estar por trás da trama.

E mais: “Quando me dei conta (...) disse a um cardeal latino-americano, o colombiano Darío Castrillón: ‘Não brinque com a minha candidatura, porque neste momento vou dizer que não vou aceitar. Deixe-me aí. E aí foi eleito Bento” que, confessa o atual Papa, “era o meu candidato”.

Por quê? Porque “ele era o único que neste momento podia ser Papa”. Depois da revolução de João Paulo II (…) havia necessidade de um papa que mantivesse um equilíbrio saudável, um papa de transição”.

E, conclui Bergoglio, “se tivessem escolhido alguém como eu, que causa muitos problemas, eu não teria conseguido fazer nada. Naquela época não teria sido possível. "Saí feliz".

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