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24 Fevereiro 2024

"Causa e efeito, para piorar, enquanto a rentabilidade e a ideia de crescimento ocupam o centro da questão, não conseguimos enxergar num horizonte próximo a emergência de uma sintomática sentença de morte: o comprometimento dos ecossistemas terrestres e de água doce, fundamentais à saúde humana", escreve Marcus Eduardo de Oliveira, economista, ativista ambiental e autor de Economia destrutiva (CRV, 2017) e Civilização em desajuste com os limites planetários (CRV, 2018).

Eis o artigo. 

Empurrada pela globalização contemporânea que vincula o alcance de bem-estar ao que se compra e se consome, pela primeira vez a sociedade humana se encontra diante dos limites da biosfera – sistemas de suporte à vida da Terra.

Falando o óbvio, o que mais se vê aí não são apenas impactos, mas riscos e impasses ecológicos levados à nossa civilização. Temos agora uma emergência em escala global. Quer dizer: o colapso ecológico chegou.

Tal e qual, nessa atual sociedade de dominação, cada um sabe, o saldo é muito desfavorável à causa ambiental. Difícil de negar, estamos marcando a mais complexa ruptura climática que já nos convida, agora mesmo, a trocar o termo aquecimento por ebulição global.

Nesta altura, enfatizando o que não é segredo algum, à medida que o modelo econômico dominante força quase tudo para além dos limites físico-ecológicos, paisagens e ambientes do mundo vivo (terrestres e marinhos) estão sendo castigadamente modificados.

De saída, vale lembrar: dois terços dos maiores rios do mundo tem sido moderadamente e severamente fragmentados pela construção de represas ou reservatórios. Já decuplicamos a produção de lixo e já conseguimos produzir, desde os últimos tempos, quase 9 bilhões de toneladas de plástico – 70% disso virou lixo.

O detalhe pernicioso é que boa parte desses plásticos (restos de rede, linhas de pescas e assim por diante) já atingem 92% dos recifes de corais rasos do planeta e levam, todos os anos, 100 mil animais marinhos à morte.

Assim sendo, há algo de muito errado aí.

Contemporâneo ao avanço do modo capitalista claramente obcecado pelo lucro imediato e alheio à preocupação ambiental, corremos o risco de “normalizar” o absurdo, isto é, todo o descompasso socioambiental/devastação ecológica provocados em larga extensão pela dominante economia destrutiva.

Para todos os fins, de acordo com a organização não-governamental Wildlife Conservation Society (WCS), a humanidade já conseguiu modificar dois terços da área terrestre e 87% dos oceanos e das áreas úmidas (zonas de fronteira entre os sistemas terrestres e aquáticos), lar de 40% de espécies em todo o mundo.

Dura realidade, desde o começo dos anos 2000, a pesca industrial reduziu o número de peixes oceânicos grandes para apenas 10% de sua população pré-industrial. Hoje em dia, 80% dos recursos pesqueiros estão sobrepescados, o que leva a uma estimativa desabonadora: até 2048, todas as pescarias do mundo poderão entrar em colapso.

E tem mais. O relatório State of the Rainforest 2014, publicado pela Rainforest Foundation Norway, nos informa que metade das florestas tropicais do mundo (mais de 9 milhões de km2 da superfície terrestre) desapareceram de nosso campo de visão nos últimos tempos, eliminando imenso armazém de carbono.

Assim, em tempo real, a eliminação de cobertura florestal desde há muito tem sido considerado como a marca mais evidente da profunda alteração ecológica diante de nós.

Ponto importante, sabemos hoje que até 20% das florestas tropicais foram desmatadas apenas desde a década de 1990, enquanto outros 10% desses ecossistemas foram diretamente afetados devido às temperaturas mais altas, períodos mais longos sem chuva e secas mais frequentes ocasionadas pelas mudanças climáticas. [1]

Verdade indigesta, o mundo vem perdendo todos os anos aproximadamente 10 bilhões de árvores. [2] São quinze bilhões removidas contra cinco bilhões plantadas (30% de perda global anual). Dos 64 milhões de km2 de florestas existentes antes da expansão demográfica e tecnológica dos humanos, restam menos de 15,5 milhões, ou 24%. Desde o início da civilização humana, o mundo perdeu 46% das árvores conhecidas.

E não faz muito tempo que a organização ambiental Fundo Mundial para a Natureza (WWF) anunciou que a Terra perdeu mais de 60% dos seus animais selvagens (mamíferos, aves, peixes, anfíbios e répteis).

Dito e feito, o ritmo atual de perda de espécies provocada pela primeira vez por forças humanas (antropocentrismo dominador) é cerca de 100 a 1.000 vezes maior do que há alguns séculos.

Fria matemática, das nove milhões de espécies [3] de animais e plantas que habitam o planeta, 1 milhão delas estão hoje em dia sob risco de extinção. Mais precisamente, 20% das espécies de vertebrados estão atualmente em situação limite; e, pesarosa estimativa, “30% das espécies poderão desaparecer até a metade do corrente século”. [4]

Balanço apresentado, na mesma Casa Comum onde compartilhamos a vida com milhões de espécies catalogadas, 10% dessas são eliminadas a cada década. Conta fácil de assimilar, “a cada dia desaparecem 74 espécies de nosso planeta. Três por hora”. [5]

Síntese mais expressiva de uma crise global, com o modelo de economia impositivo que nos guia e determina destinos, a verdade dita sem cerimônias é que estamos abrindo grande vulnerabilidade.

Nesse sentido, os fatos comprovam que essa grave crise já saiu de controle. Afinal, em detrimento da biodiversidade, dos corpos d´água, da energia, da terra/solo, do mundo selvagem, dos habitats do planeta (em terra e no mar), enfim, frente ao quadro capitalista que gesta e alimenta o desequilíbrio planetário, às próximas gerações estamos deixando um planeta bastante vulnerável do ponto de vista socioambiental.

O curioso, contudo, é que nem sequer conseguimos perceber o básico: “ao atacarmos a biodiversidade”, para falar como Edward O. Wilson (1929-2021), “atacamos a nós mesmos”.

Como parece lógico, diante de um sistema baseado no valor, na produtividade e na mercadoria e que, por razões óbvias, não leva em conta a restrição ecológica (limite de recursos), já atingimos um ponto em que não mais conseguimos disfarçar o impacto ecológico, tampouco (e muito menos) conseguimos aliviar nossa pegada ecológica.

Amarga constatação, as mais variadas marcas de devastação do meio ambiente e de degradação ecossistêmica que seguimos deixando ao longo dos tempos tem sido cada vez mais difíceis de serem apagadas.

Causa e efeito, para piorar, enquanto a rentabilidade e a ideia de crescimento ocupam o centro da questão, não conseguimos enxergar num horizonte próximo a emergência de uma sintomática sentença de morte: o comprometimento dos ecossistemas terrestres e de água doce, fundamentais à saúde humana.

Falando de forma rasteira: diante da escala de efeitos (eco)destrutivos sobre o meio ambiente e, claro, visto no todo, sobre os serviços ambientais, sequer estamos respeitando o tempo naturalmente necessário de o planeta se restaurar.

Assim falando, quem faz uso crítico da razão sabe bem que a resposta é curta: por conta do modo de produção e consumo (indicadores do crescimento) que nega os limites ecológicos e faz a regência dos conteúdos capitalistas, deixamos o planeta que nos acolhe em condições de colapsar.

Prova disso: os ciclos vitais estão sendo desarticulados ao mesmo tempo em que vemos empobrecer a diversidade biológica da Terra.

Mas, convenhamos: nada tem sido mais estúpido do que o overshoot ecológico - o estouro do “orçamento natural” do planeta para sustentar a não menos estúpida lógica de acumulação.

De modo geral, o raciocínio em torno do overshoot ecológico (para além dos limites) é simples de entender: a partir de certo tamanho (queremos dizer, aumento produtivo) da economia, há mais custos (perdas) socioambientais que benefícios (ganhos) sociais.

Por sinal, perdas e supressões de natureza, em maior ou menor grau, vão compondo, modo próprio, um cenário sombrio.

Frise-se: entre os anos 2000 e 2013, o planeta perdeu uma área de ecossistemas intactos equivalente à superfície do México, ou quase 2 milhões de km². Nesse meio, considerando o ano de 2013 como referência, quase 60% da superfície terrestre estava sob pressão humana moderada ou intensa. [6]

De resto, os especialistas seguem apontando que somente 3% da superfície terrestre - e não 25%, como se acreditava até recentemente - pode estar ecologicamente intacta, permanecendo da mesma maneira como era há mais de 500 anos. [7]

Esse baixo percentual que permanece isento da ação antrópica, vale o destaque, está representado por desertos (Saara, em especial), algumas regiões frias (Groenlândia e o norte do Canadá) e as partes mais inacessíveis das florestas tropicais.

Até aqui, somente 23% das terras conhecidas do mundo atual estão livres dos impactos da agricultura e indústria, e principalmente da imensidão de resíduos gerados.

Problema de primeira ordem, o fato é que também não dá mais para disfarçar que já fomos longe demais com a quebra de equilíbrio na relação sociedade-natureza.

E, nesse caso, na era do Antropoceno em que vivemos, a sobrevivência de nossa espécie, como é previsível, não está garantida.

Pelo sim, pelo não, se é verdade que somos produtos do que produzimos, convém enfatizar agora o que parece mais óbvio ainda: enquanto não virarmos a chave na direção da sustentabilidade (e isso deve ser bem entendido como sinônimo de sobrevivência e equilíbrio planetário), ou mesmo enquanto não buscarmos novos esquemas produtivos, nosso destino maior será o de conviver com um colossal desastre coletivo que atende pelo desonroso nome de devastação do planeta. É esse o ponto que mais nos condena.

‌Referências

1. "Nova maneira de medir vulnerabilidade das florestas tropicais pode ajudar a salvá-las?" Disponível aqui. 

2. "Mundo tem três trilhões de árvores e perde 10 bilhões por ano, diz estudo" Disponível aqui.

3. As estimativas são: 6,5 milhões de espécies terrestres e 2,5 milhões de espécies marinhas.

4. É isso, nesses justos termos, o que destaca o estudo “Accelerated modere human–induced species losses: Entering the sixth mass extinction”, Science Advances, 2015. (19 jun 2015, Vol 1 Issue.

5.Cf. E. Wilson. A criação – como salvar a vida na Terra. São Paulo: Companhia das Letras, 2008, p.98.

6. Disponível aqui.

7. Where Might We Find Ecologically Intact Communities? 15 April 2021. Disponível aqui.

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