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Ordem e desordem de amor: um desafio contemporâneo. Artigo de Andrea Grillo

Foto: Phil Hearing | Unsplash

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09 Janeiro 2024

" O ordenamento que Deus rege e governa não se identifica com nenhuma ordem histórica. Cada uma das soluções ordenadas exige correções e modificações, para não se tornar um ídolo ao qual sacrificar as vidas cheias de amor. Porque o amor natural é sempre isento de erro, enquanto o amor de espírito pode sempre errar “pode pecar o outro pelo objeto, por nímio ardor, por estar arrefecido" (Dante) e daquela desordem de amor resultam aos homens e às mulheres todas as alegrias e todas as tristezas", escreve o teólogo italiano Andrea Grillo, professor do Pontifício Ateneu Santo Anselmo, em Roma, em artigo publicado por Come Se Non, 05-01-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

A categoria “ordem” constitui um ponto de referência seguro para a compreensão da tradição cristã. Um mundo “criado” e “redimido” é um mundo ordenado para o bem. Cuja ordem vem da natureza e de Deus e que cabe aos homens descobrir e esclarecer, com a ordem do pensamento. Ordo é também a estrutura hierárquica do mundo, à qual a Igreja é chamada a conformar-se com fé e engenho. Ordo é, assim, também o nome de um sacramento e a lógica profética do sacramento do matrimônio.

Por isso, “desordenado” é aquilo que não corresponde à ordem e, portanto, não conduz ao bem. Pode assim acontecer que “ordo” seja confundido tanto com “ordem mental” como com “ordem pública”. E que seja percebido como “desordenado” aquilo que altera a forma de pensar ou de viver.

Dessa antiga forma de ordenação do pensamento e das coisas deriva aquilo que, ainda hoje, podemos considerar um dos argumentos utilizados para “compreender” e “gerir” o amor. Ordenado é o amor “atestado publicamente”, isto é, formalizado no casamento. Assim, a partir de Paulo, começou a história cristã do casamento. O exercício concreto da sexualidade é lícito e é um bem na medida em que é formalizado por um ato social. A Igreja pode abençoar o que a sociedade sanciona. Sem excluir a possibilidade de haver uma discrepância entre aprovação social e exigência eclesial (“no início não era assim”), é certo que essa sobreposição entre consenso social e bênção eclesial foi muito forte na dinâmica matrimonial.

Essa “ordem” sobrepõe sociedade e Igreja, no plano matrimonial, de forma muito forte, mas também garante uma diferença entre “lugar social de consenso” e “lugar eclesial de bênção”. Esse permanece sendo um ponto de evidência até o Concílio de Trento, quando o catolicismo, provocado pela negação luterana do matrimônio como sacramento, reagiu com uma virada teológica e eclesial abrangente. Pela primeira vez na história, a partir de 1563, o catolicismo, não sem resistências internas, assumiu o controle não só da bênção, mas também do consenso. Todo o processo matrimonial, social e eclesial, passava a estar sob o controle do Bispo e do pároco. A ordem social era garantida pela ordem eclesial.

Teologicamente a argumentação, desenvolvida por Belarmino, confirma a competência ministerial dos cônjuges, mas sujeita a validade do seu consenso à forma canônica de recepção pelo ministro ordenado. Esse desenvolvimento inaugura uma forma moderna de compreensão do casamento que não tem precedentes na história e constitui uma verdadeira descontinuidade. A ordem matrimonial torna-se uma ordo inteiramente eclesial, contrariamente às teorizações que por séculos distinguiram nível natural, nível civil e nível eclesial da sua realidade. Essa tendência acentuou-se muito a partir do século XIX, chegando a construir um “ordenamento paralelo” com os códigos de 1917 e 1983: a ordem tornava-se assim uma outra ordem, uma ordem outra. A definição de “desordenado” com que todos os “vícios da castidade” são listados pela doutrina eclesial dos últimos séculos é indiretamente afetada por esse desenvolvimento.

A pretensão de que existe uma “ordem” única, que se identifica com aquela eclesial, que estabelece o critério de juízo de toda “desordem”, excluindo a possibilidade que nela se pudesse encontrar uma experiência de bem, impedindo assim, numa doutrina considerada definitiva e imodificável, a possibilidade de reconhecer aquelas dinâmicas que mudam as relações tanto no plano natural como civil. Sendo a “natureza” não uma dimensão estática, mas dinâmica no homem e na mulher, um conceito rígido de “ordem” torna cegos diante da mudança e faz da Igreja o lugar de resistência não da tradição, mas do passado.

Um efeito paradoxal, desse desenvolvimento dificultado, é a redução da “desordem” à modificação da “ordem pública”. O que acontece, muito facilmente, na sociedade da honra. Naquela sociedade, que foi muito forte no passado, mas que ainda hoje apresenta exemplos muito evidentes, a “alteração da ordem social” torna-se desonrosa. Ter um filho com deficiência, ser separado, corresponder a uma orientação homoafetiva é desonroso, não só para quem o vivencia, mas para todos aqueles que a essa pessoa estão ligados. A desordem é desonra que deve ser escondida.

A sociedade da dignidade introduziu um critério diferente: a pessoa merece um respeito mais radical, aquém e além da sua posição social. Por isso, numa sociedade da dignidade, a Igreja deveria ter o cuidado de não apoiar os protestos de proprietários de imóveis que temem a caída do preço de suas casas devido à presença de casais irregulares no prédio (algo que ainda acontecia na década de 1990).

Defender os preconceitos da sociedade de honra nunca é defender o Evangelho. Essa diferença entre duas funções da “ordem” – defesa da ordem pública e defesa da pessoa – talvez explique a grande cautela com que, mesmo nas aberturas mais recentes, a Igreja Católica deve tranquilizar tanto quanto possível sobre o fato de que “a doutrina não é tocada."

Seria mais correto dizer: para falar da profecia do amor conjugal, a que nunca se pode renunciar, não se pode mais percorrer o caminho tridentino da totalização das competências que cabem à Igreja. A doutrina católica pode e deve retornar ao conselho mais sábio e manso da distinção, na comunhão de vida e de amor, entre lógicas naturais, lógicas civis e lógicas eclesiais.

Há três ordens que não se identificam e que a Igreja deve considerar na sua diversidade. Sem mais se iludir que “ordem” poderia ser a palavra mágica e unívoca com a qual confundir uma reserva de competências eclesiais com a salvação de homens e mulheres. O ordenamento que Deus rege e governa não se identifica com nenhuma ordem histórica. Cada uma dessas soluções ordenadas exige correções e modificações, para não se tornar um ídolo ao qual sacrificar as vidas cheias de amor. Porque o amor natural é sempre isento de erro, enquanto o amor de espírito pode sempre errar “pode pecar o outro pelo objeto, por nímio ardor, por estar arrefecido" (Dante) e daquela desordem de amor resultam aos homens e às mulheres todas as alegrias e todas as tristezas.

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