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05 Janeiro 2024

"Jesus Cristo é o mesmo porque continua a nos mudar. O que importa é que a mudança nasça do encontro com ele, da paixão por ele, talvez do desejo de nos sentirmos confirmados, estabilizados, tranquilizados por ele, para depois descobrirmos que ele é sempre o mesmo enquanto nos arrasta para a novidade de Deus, no novo que é Deus", escreve Fúlvio Ferrario, teólogo italiano e decano da Faculdade de Teologia Valdense, em Roma, em artigo publicado no Facebook, 31-12-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Na parede atrás da escrivaninha de Card. Alfredo Ottaviani, o poderoso e temido guardião da ortodoxia papal até o Vaticano II, podia-se ler o lema do cardeal: SEMPER IDEM. Não se trata realmente uma citação, mas de uma alusão ao nosso versículo, na tradução latina. Sendo um programa de alguém como Ottaviani, o lema representa uma interpretação simples e clara do texto: Cristo é o mesmo, ontem, hoje e sempre, assim como a Igreja, as suas estruturas, a sua doutrina. Os anos passam, nós envelhecemos, mas Cristo, a igreja, a doutrina são semper idem.

Há algo nisso de verdadeiro e também de evangélico. Declinou o Reich que deveria ser milenar (e que, de fato, em treze anos produziu tragédias mais do que suficientes para um milênio), assim como o sol do futuro socialista; declinaram incontáveis projetos e regimes, vários dos quais, entre outras coisas, propunham-se explicitamente liquidar o nome de Cristo. E, em vez disso, o rio do tempo flui e arrasta tudo, inclusive a nós mesmos, mas aquele nome, o mesmo, continua a ser anunciado e a despertar a fé: hoje como ontem e, acreditamos, eternamente.

Não como gostaríamos, talvez, não como eu gostaria: gostaria ver esta igreja cheia, gostaria que houvessem pelo menos três gerações celebrando, aqui, a glória daquele nome (e, já que estamos falando disso, também aquela da igreja da Reforma, apesar do soli Deo gloria), gostaria de cem crianças no catecismo e duzentas confirmações por ano.

Mas não é assim, nem aqui nem em outro lugar. Em metade do mundo, da China à Arábia Saudita, o nome de Cristo é perseguido; na Europa que foi cristã é massivamente esquecido, como se desgastado pelo uso, mais murmurado do que proclamado. E, no entanto, nessa virada do ano solar, acontecerá mais uma vez aquilo que, em todo o caso, não acontecia no tempo da Epístola aos Hebreus: em cada uma das 24 horas, em cada um dos 1440 minutos deste, como de resto de cada outro dia, o nome de Jesus será celebrado e pregado. Hoje como ontem e, nós acreditamos, eternamente. E onde esse nome é celebrado e anunciado, há também uma comunidade; grande ou pequena, robusta ou desgastada, mas existe. No rio do tempo, o nome de Cristo permanece idem, igual a si mesmo.

Até a máscara de Tutancâmon, porém, é semper idem. Para além da partícula de verdade que relembramos, a interpretação do versículo oferecida pelo lema de Ottaviani resulta completamente enganosa. Claro, Cristo é o mesmo, ontem, hoje e, nós acreditamos, eternamente, mas justamente, não é uma múmia. As mulheres que, com infinito afeto, quiseram zelar pela preservação de seu cadáver ouvem dizer que ele não está mais ali. O Cristo que é sempre o mesmo é o Ressuscitado, ou seja, aquele que sempre vem de novo e que quer renovar tudo, a começar pela nossa vida e pela nossa Igreja. Cristo não é uma múmia e não quer uma igreja mumificada. A identidade de Cristo, o seu ser ele mesmo ontem, hoje e, nós acreditamos, eternamente, reside no fato de se apresentar sempre como Aquele que conhecemos, que conhecemos muito bem, e que por isso mesmo ainda não conhecemos. E onde acontece esse encontro renovador com Cristo?

Na Bíblia. Talvez você já a conheça, talvez já a tenha lido, pelo menos uma vez, pelo menos o Novo Testamento, na íntegra. E talvez, quando você a ouve sendo lida na igreja, lhe pareça semper idem. Se for assim, significa que você não a conhece absolutamente ou não a conhece mais. A Bíblia é sempre si mesma porque contém uma palavra nova todas as manhãs. Claro, isso não acontece automaticamente, em todas as circunstâncias. A passagem de ano acontece em todas as circunstâncias, porque é cíclica, porque é uma falsa novidade: o ano “novo” é na realidade dramaticamente igual ao velho, realmente semper idem, como nos explica Leopardi em duas páginas que estão entre as mais arrepiantes de toda a literatura italiana. A novidade automática é uma mentira. A palavra de Deus não vem ciclicamente, mas na liberdade do Espírito Santo, vem como um vento que não podemos controlar, nem quando o gostaríamos, que dissipa o nevoeiro, claro, mas às vezes também as certezas tranquilas que são tão caras para nós. É a mesma ontem, hoje e, nós acreditamos, eternamente, porque é cada vez nova.

O encontro renovador com Cristo acontece na igreja. É verdade: a igreja é proverbial como a parte da sociedade que nunca muda. Ottaviani costuma vencer, pois Cristo é semper idem, a igreja está embalsamada. Nós mesmos, não raramente, vamos à igreja para encontrar esse tipo de estabilidade: as mesmas palavras, os mesmos cantos, os mesmos gestos. Sempre foi feito assim.

Nisso a Reforma pode realmente ajudar-nos: compreendeu que a verdadeira continuidade da Igreja, a sua verdadeira identidade, o seu próprio ser, ontem como hoje, reside na capacidade de ir ao encontro da novidade de Cristo. Nem toda novidade é cristã, naturalmente, mas a igreja é si mesma apenas na renovação.

Por dois mil anos, nenhuma mulher jamais pregou a palavra de Deus do púlpito! E só as igrejas da Reforma, aquelas verdadeiras, souberam mudar para permanecer, ou seja, para voltar a ser igreja. Por dois mil anos a igreja de Jesus soube e quis dizer única e exclusivamente palavras de condenação àqueles que vivem uma condição homoafetiva. E só as igrejas da Reforma, aquelas verdadeiras, ousam agora balbuciar palavras diferentes. Por isso são duramente criticadas, citando até o nosso versículo: Jesus Cristo é o mesmo e vocês mudam. Pois bem, sim. Jesus Cristo é o mesmo porque continua a nos mudar. O que importa é que a mudança nasça do encontro com ele, da paixão por ele, talvez do desejo de nos sentirmos confirmados, estabilizados, tranquilizados por ele, para depois descobrirmos que ele é sempre o mesmo enquanto nos arrasta para a novidade de Deus, no novo que é Deus.

Na Bíblia e na Igreja, Jesus Cristo vem ao nosso encontro como aquele que conhecemos, mas que por isso mesmo queremos voltar a conhecer na novidade da vocação que ele nos dirige, da conversão que Ele pede de nós, da promessa que ele nos doa. Com o passar do tempo, ele é aquele que permanece; no nosso cansaço e na nossa imobilidade, ele é aquele que gera o futuro.

Amém

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