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Quem foi Jesus. Artigo de Raniero La Valle

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06 Janeiro 2024

Tendo escapado de um massacre de crianças inocentes como aquelas de Gaza, deu a cada um segundo a sua necessidade e realizou a exegese de um Deus sem vingança, que é apenas misericórdia, e não escolhe nenhum “eleito” contra as outras religiões e os outros povos.

Publicamos o texto da reflexão de Natal postada na plataforma midiática "Servizio Pubblico" de Michele Santoro por Raniero La Valle.

O artigo é de Raniero La Valle, jornalista e ex-senador italiano, reproduzido por Chiesa di Tutti, Chiesa dei Poveri, 28-12-2023.

Eis o artigo.

Contra quem era Jesus? Falamos dele hoje porque está chegando o seu Natal, que também é um pouco o nosso, já que todos o comemoram, sem saber muito sobre ele, como são as informações que falam de muitas coisas sem realmente conhecê-las.

Jesus foi certamente uma pessoa extraordinária, caso contrário não se explicaria porque ainda falamos dele depois de 2 mil anos. Sua vida foi contada por muitos autores, os mais importantes dos quais foram chamados de evangelistas, mas suas biografias não são verdadeiras biografias, muitos acontecimentos não foram contados como se fossem relatos, mas pelo seu significado, para fazer entender outras coisas mais importantes, mas de modo que dificilmente se pode pensar que realmente aconteceram de tal forma.

Portanto, para compreender Jesus, recordemos alguns desses fatos, cujo relato foi transmitido de pai para filho, de geração em geração. Só alguns podem ser contados porque, como diz o evangelista João no fim do seu evangelho, se quiséssemos contar todas as coisas realizadas por Jesus, com todos os seus significados, o mundo inteiro não seria suficiente para conter os livros que deveriam ser escritos.

Jesus era um judeu da Galileia, nascido em Belém, a pequena cidade que, como todos sabem, fica perto de Jerusalém. E aqui está a primeira história incrível, mas é incrível para aquela época, infelizmente não é incrível para os dias de hoje, para os noticiários de hoje.

A história incrível é que assim que nasceu, ele escapou de um massacre em que todas as crianças de Belém e arredores foram mortas. E isso aconteceu porque o rei da época, que se chamava Herodes, pensava que uma daquelas crianças, crescendo, poderia desafiá-lo pelo reino, colocar em jogo o seu poder; e então achou melhor precaver-se, matando-as primeiro, para se defender do que alguma delas poderia fazer quando crescesse; e sem saber quem seria, decidiu mandar matar todas. E é precisamente isso que aconteceu em Gaza nestes últimos dias, onde não uma, não duas, não cem, mas 5.000 crianças foram mortas desde as incubadoras, até mesmo no ventre das suas mães, porque se crescessem, quem sabe, poderiam acabar com o Hamas e, de qualquer forma, eram palestinos e não deveriam existir. E quanto aos adultos, se não todos forem do Hamas, são abatidos porque servem de escudo ao Hamas, mesmo que sejam judeus com a bandeira branca ou estejam lá porque são funcionários da ONU.

Ora, embora isso tenha realmente acontecido hoje, não existe nenhum texto histórico que fale de um massacre de crianças inocentes na Palestina daquela época; em vez disso, trata-se de um conto midrashico, que é um gênero literário simbólico, para dizer outra coisa; e o que aquela história queria dizer é que a vida daquela criança nascida entre os pastores era tão importante, tão preciosa, que era absolutamente necessário salvá-la para que pudesse ser motivo de bem para os outros. E mesmo hoje a vida de cada criança é preciosa, aliás, como disse a senadora Liliana Segre, expressando a sua dor pelas crianças judias e palestinas mortas nos massacres de Gaza, a vida de cada criança é sagrada.

Felizmente, Jesus foi salvo por seu pai e sua mãe que fugiram para o Egito, mas nem isso seria possível hoje, porque é verdade que todos são obrigados a fugir de Gaza, mas encontram as fronteiras fechadas e o Egito não os deixa entrar.

Depois há outro episódio que pode ser contado, e é a primeira saída pública de Jesus relatada por João, na verdade não foi nem tão pública e nem privada, porque se tratava de uma festa de casamento para a qual Jesus e sua mãe foram convidados para festejar os noivos. Pois bem, o que é mais importante numa festa de casamento do que o vinho? Alguns podem dizer que o vestido da noiva é mais importante, ou os discursos de votos ou os brindes. Mas sem vinho a festa acaba, e se termina porque era pouco, os cônjuges ficam mortificados e em vez de se alegrarem ficam tristes.

Jesus percebe isso, porque sua mãe lhe mostra, e o que ele faz? Ele não dá um sermão para dizer que há coisas mais importantes que o vinho, que a alegria, e que se deve aceitar as contrariedades e as dores, não, ele faz algo mais simples e cheio de amor, transforma a água em vinho, e de fato para não deixar mal o casal, escolhe o melhor vinho. Que verdadeiro milagre! Também não sabemos se isso realmente aconteceu, mas nossa, que lição! Se você gosta de alguém, você não precisa fazer o que você decide que é o seu bem, mas você tem que fazer o bem que ele quer, fazer aquilo de que ele precisa naquele momento, e se for vinho você lhe dá vinho e, se tiver sede você lhe dá água, se tiver fome você lhe dá pão, e talvez em virtude do seu amor você até consiga multiplicar os pães e até os peixes, e se ele estiver nu você o veste, e se ele estiver doente e deixado sozinho para morrer você vai visitá-lo e confortá-lo, e se ele caminhou e machucou os pés você lava os seus pés, e se ele estiver preso você tenta libertá-lo e não lhe dá o regime de isolamento, e se ele for tomado como vítima, oferecido como sacrifício enviado para morrer você se deixa colocar na cruz em seu lugar, para afirmar que ninguém deve ser morto pelo Pilatos de plantão, que o tempo dos sacrifícios, dos bodes expiatórios, da vingança, da guerra, acabou, então e para sempre.

E depois há outro episódio, outro acontecimento. Mas esse não é simbólico, certamente aconteceu de verdade, porque mesmo que Jesus tivesse feito apenas isso, teria feito a coisa mais importante da sua vida, exatamente pelo que veio. Do que se trata?

Como Jesus era judeu, frequentava a sinagoga e era costume que alguém da assembleia pegasse o rolo da Escritura, ou seja, aquele que era na época o livro da Lei e dos Profetas, e lesse uma página para todos os fiéis.

Jesus então entra na Sinagoga de Nazaré e, como era homem adulto, entregam-lhe o livro para ler. E ele desenrola o pergaminho e chega ao capítulo 61 do Profeta Isaías. E o que estava escrito lá?

O profeta Isaías diz:

Isaías, 61

1 O Espírito do Senhor repousa sobre mim, porque o Senhor consagrou-me pela unção; enviou-me a levar a boa-nova aos humildes, a curar os corações doloridos, a anunciar aos cativos a redenção, e aos prisioneiros a liberdade;

2 a proclamar um ano de graças da parte do Senhor, e um dia de vingança de nosso Deus

E o que Jesus lê?

18 O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração,
19 A pregar liberdade aos cativos, restaurar a vista aos cegos, libertar os oprimidos, anunciar o ano aceitável do Senhor.

E naquele ponto ele para, enrola o pergaminho e o devolve à pessoa que o entregara a ele. E por que você não leu a última linha? Para onde foi a vingança de Deus? Onde está o dia da vingança?

A vingança não existe mais. O Deus que anuncia Jesus, aquele mesmo Deus de Israel que era invocado na sinagoga é um Deus que é só misericórdia, não é mais um Deus que castiga, que se vinga, não é um Deus bom com os bons e mau com os maus, que dá o bem pelo bem e o mal pelo mal. Ele é um Deus que chega primeiro, que primerea, como diz o Papa Francisco, antes mesmo que os homens o procurem.

Mas com que autoridade Jesus diz algo tão espantoso, que muda a forma como os judeus representavam Deus, ou melhor, a concepção que tinham dele todos os povos que haviam chegado à fé monoteísta? É a mesma pergunta que seus companheiros de Nazaré lhe fazem. Com que autoridade você faz isso? Você não é filho do carpinteiro? E para que tudo ficasse como estava, já na época tentaram matar Jesus, jogá-lo do penhasco.

Sim, ele é o filho do carpinteiro, é um homem como os outros, mas como dirão mais tarde os seus discípulos e a sua Igreja, o próprio Deus deu-lhe a autoridade, ou melhor, a tarefa de revelar o seu verdadeiro rosto, a verdadeira relação de Deus com os homens, fazer a sua exegese, isto é, interpretá-lo corretamente. É o que diz o evangelista João, que o reconhece como filho do homem e ao mesmo tempo filho de Deus, sua encarnação. E essa é precisamente a boa notícia que Jesus dá aos seus irmãos judeus e a todos os homens: Deus é para todos, não se coloca à frente de um exército contra outro exército, de um povo contra outros povos, porque ama a todos, e quer que todos sejam salvos. É claro que é uma revolução da fé, da teologia, das próprias páginas menos inspiradas da Bíblia e, em vez disso, como diz a Bíblia, é um Deus que ama os homens e até os animais, e se arrepende do mal que, segundo os falsos profetas teria prometido fazer, e não o faz.

Mas aquela imagem do Deus terrível e fascinante, absolutamente outro e absolutamente alhures, onipotente e implacável, é dura de morrer, e nem mesmo Jesus consegue mudá-la, e por isso ele perde a vida e acaba na cruz. Mas a humanidade carregará consigo essa imagem distorcida de Deus durante séculos, e cantará o Dies Irae, escreverá a Divina Comédia, pintará o Juízo Final com os condenados de cabeça para baixo, e dirá que o inferno não é o que nós fazemos na terra, mas o que Deus estabeleceria nos céus, para além da terra, legitimando a violência e até o extermínio, a vingança e a retaliação, até cem por um. Na cultura comum permaneceu um Deus impiedoso que, se não tivesse misericórdia, nem sequer seria um Deus, como diz o Papa Francisco. E é por isso que os fanáticos, os primatistas, os belicistas não suportam nem o ver e se revoltam contra ele.

Mas no fim aquele Deus morreu. Morreu nos campos de extermínio, morreu em Hiroshima, morreu nos barcos dos migrantes: a violência humana é demasiado grande para que a violência divina seja plausível. E de fato Hans Jonas, um grande filósofo judeu, escreveu que o conceito de Deus mudou depois de Auschwitz, e outro no campo de concentração nazista disse que Deus não estava entre os poderosos, mas estava pendurado na forca com aquele rapaz judeu enforcado pelos algozes, e um grande cristão, Dietrich Bonhoeffer dirá que Deus não é um tapa-buracos para as fraquezas humanas, e o Papa João dirá que a guerra está fora da razão humana, muito mais daquela de Deus.

Portanto, podemos finalmente acreditar que se Deus existe, não é aquele de quem diz, matando: “Deus está conosco”, mas é o Deus de Jesus que é o Deus da paz.

Portanto, a pergunta hoje não é mais: “qual o conceito de Deus depois de Auschwitz?” mas "qual o conceito de Deus durante Gaza?" E a resposta é que talvez seja um Deus que inspira as pessoas a chorar por Jerusalém e Gaza, o Hamas a não matar judeus, Israel a parar à beira do abismo, a não trespassar mil por um, todos nós a recolocar em comunhão a Terra e a dignidade de todas as criaturas.

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