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A crise de oxigênio de Manaus para promover a BR-319: 2 – A primeira onda de COVID-19 e a negação do perigo

Crise de oxigênio em Manaus causou o colapso dos sistemas de saúde e funerário da cidade em meio à pandemia. (Foto: Alex Pazuello | Prefeitura de Manaus)

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29 Setembro 2023

Em 15 de maio de 2023, Lucas Ferrante e Philip Martin Fearnside publicaram um artigo na revista científica Journal of Racial and Ethnic Health Disparities com o título “Crise de oxigênio na Amazônia brasileira: Como vidas e saúde foram sacrificadas durante o pico da COVID-19 para promover uma agenda com consequências de longo prazo para o meio ambiente, os povos indígenas e a saúde”, disponível aqui. Esta série traz uma tradução em português deste estudo.

* A parte 1 desta série está disponível no link. 

O artigo é de Lucas Ferrante e Philip Martin Fearnside, publicado por Amazônia Real, 28-09-2023.

Lucas Ferrante é doutor em Biologia (Ecologia) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e atualmente é pós-doutorando na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Foi primeiro autor de notas em Science e Nature Medicine sobre o impacto de COVID-19 na Amazônia, inclusive em povos indígenas, e coordenou o grupo formado a pedido do Ministério Público-AM sobre o COVID-19 em Manaus. Tem pesquisado agentes do desmatamento, buscando políticas públicas para mitigar conflitos de terra gerados pelo desmatamento, invasão de áreas protegidas e comunidades tradicionais, principalmente sobre Terras indígenas e Unidades de Conservação na Amazônia.

Philip Martin Fearnside é doutor pelo Departamento de Ecologia e Biologia Evolucionária da Universidade de Michigan (EUA) e pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus (AM), onde vive desde 1978. É membro da Academia Brasileira de Ciências. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz pelo Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC), em 2007. Tem mais de 750 publicações científicas e mais de 700 textos de divulgação de sua autoria que estão disponíveis aqui.

Eis o resumo do artigo.

Manaus, a maior cidade da região da Amazônia Legal do Brasil, experimentou uma segunda onda de COVID-19 que começou em outubro de 2020 e atingiu o pico em janeiro de 2021 (Fig. 1), causando o colapso dos sistemas de saúde e funerário da cidade [1]. A cidade foi classificada como um dos epicentros globais da pandemia de COVID-19 [2], principalmente pela alta transmissão comunitária do SARS-CoV-2 (causador da COVID-19), e Manaus deu origem ao variante Gama (P.1) que foi responsável por dois terços das mortes por COVID-19 no Brasil [1, 2].

Manaus é a capital do estado do Amazonas, que abrange cerca de um terço da região da Amazônia Legal, e os impactos da crise do oxigênio em Manaus tiveram um amplo alcance geográfico porque todas as unidades de terapia intensiva do estado estavam localizadas em Manaus [3].

Políticos locais (falsamente) culparam a segunda onda de COVID-19 pelo surgimento da variante Gama (P1) [1, 2]. No entanto, estudos mostraram que a segunda onda de COVID-19 em Manaus não foi gerada pela variante Gama [1, 4], que surgiu depois que a segunda onda de COVID-19 já havia começado: a variante Gama apareceu em Manaus no início novembro de 2020 e tornou-se prevalente em janeiro de 2021. A segunda onda foi gerada pela alta transmissão comunitária, especialmente devido ao retorno às aulas em 24 de setembro de 2020 sem vacinação [1, 3, 4].

Figura 1. Visão geral da primeira e segunda onda de COVID-19 em Manaus, estado do Amazonas. 1.) O primeiro alerta sobre o risco de segunda onda e a necessidade de manter as precauções foi dado em nota técnica solicitada pelo MP-AM. 2.) Aviso no Jornal Nacional . 3.) Advertência via publicação na Nature Medicine . 4.) Alerta na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALEAM).

Os políticos também (falsamente) culparam a crise do oxigênio em Manaus pela falta de reconstrução da rodovia BR-319 [2], que foi construída em 1972-73, abandonada em 1988 e “mantida” desde 2015, mas não “reconstruída” como uma nova rodovia no mesmo trajeto ligando Manaus aos principais centros populacionais do Brasil. A superestimação da imunidade da população de Manaus por contato prévio com SARS-CoV-2 [4], juntamente com a perda progressiva de imunidade após a exposição [1, 5], contribuiu muito para a segunda onda de COVID-19.

A desculpa para a falta de oxigênio pela ausência de reconstrução da rodovia BR-319 não é plausível porque o alerta de que Manaus enfrentaria uma segunda onda havia sido dado com mais de seis meses de antecedência por meio de nota técnica elaborada a pedido do Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) [6] (Fig. 1). O alerta também teve ampla cobertura nacional, sendo noticiado no telejornal de maior audiência do Brasil (Jornal Nacional), onde foi apontado que a segunda onda de COVID-19 seria muito mais severa do que a primeira onda [7]. Cinco meses antes da segunda onda em Manaus, um terceiro alerta do mesmo grupo de pesquisadores foi publicado na revista Nature Medicine, com ampla cobertura da mídia no Brasil [3]. Uma quarta advertência foi dada em 24 de setembro de 2020 em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALEAM) [8].

Tendo em vista que a segunda onda de COVID-19 no Amazonas causou uma falta generalizada de oxigênio e insumos médicos na capital do estado, resultando em centenas de mortes [1, 2], o presente estudo tem como objetivo avaliar a melhor rota logística para o transporte de oxigênio e suprimentos médicos para a capital do estado, otimizando acessibilidade, custos e tempo de transporte para melhor atender a população em tempos de crise. Também avaliamos a escolha da rota utilizada para o transporte de oxigênio durante a segunda onda de COVID-19.

Até que a segunda onda atingisse seu pico, as instituições de saúde dos governos federal e do estado do Amazonas negavam que uma segunda onda ocorresse em Manaus [9]. Nesse pico, até a diretora da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas morreu de COVID-19, apesar de nunca ter reconhecido os alertas dos pesquisadores [10]. Autoridades federais, como o ministro da Saúde (Eduardo Pazuello), tentaram justificar o despreparo alegando que não era possível prever um aumento de casos de COVID-19 [11]. Isso não é verdade, como mostram os vários alertas dos pesquisadores. É claro que as autoridades de Manaus estavam cientes do risco de uma segunda onda de COVID-19. [12]

Notas

[1] Ferrante, L., L.H. Duczmal, E. Capanema, W.A. Steinmetz, A.C.L. Almeida, J. Leao, R.C. Vassao, P.M.Fearnside & U.Tupinambas. 2022. Dynamics of COVID-19 in Amazonia: A history of government denialism and the risk of a third wave. Preventive MedicineReports 26: art. 101752.

[2] Ferrante, L., L. Duczmal, W.A. Steinmetz, A.C.L. Almeida, J. Leão, R.C. Vassão, U. Tupinambás & P.M. Fearnside. 2021. How Brazil’s president turned the country into a global epicenter of COVID-19. Journal of Public Health Policy 42: 439–451.

[3] Ferrante, L., W.A.C. Steinmetz, A.C.L. Almeida, J. Leão, R.C. Vassão, U. Tupinambás, P.M. Fearnside & L.H. Duczmal. 2020. As políticas do Brasil condenam a Amazônia a uma segunda onda de Covid-19. Amazônia Real, 11 de agosto de 2020.

[4] Ferrante, L., L.H. Duczmal, W.A. Steinmetz, A.C.L. Almeida, J. Leão, R.C. Vassão, U. Tupinambás & P.M. Fearnside. 2022. Brazil’s COVID-19 epicenter in Manaus: How much of the population has already been exposed and are vulnerable to SARS-CoV-2? Journal of Racial and Ethnic Health Disparities 9: 2098–2104.

[5] Ferrante, L., S. Livas, W.A. Steinmetz, A.C.L. Almeida, J. Leão, R.C. Vassão, U. Tupinambás, P.M. Fearnside & L.H. Duczmal. 2021. The first case of immunity loss and SARS-CoV-2 reinfection by the same virus lineage in Amazonia. Journal of Racial and Ethnic Health Disparities 8: 821–823.

[6] Ferrante L., W.A.C. Steinmetz, L.H. Duczmal, R.T. Teixeira,; H.S. Pereira, J.S. Leão, F.M. Candotti, F.B. Baccaro & R.C. Vassão. 2020. Nota técnica de avaliação e diretrizes para tomada de decisão frente à pandemia da COVID-19 em Manaus. Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), Manaus, AM. 2020.

[7] Jornal Nacional. 2020. Mortalidade por Covid-19 no Amazonas é 4 vezes maior do que a média nacional, diz estudo. Jornal Nacional. 04 de junho de 2020.

[8] ALEAM (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas). 2020. Audiência Pública virtual. ALEAM, Manaus, AM.

[9] Santos, I. 2020. Amazonas vive segunda onda de Covid-19, mas autoridades negam. Amazônia Real. 20 de outubro de 2020.

[10] Carvalho, R. 2021. Políticos do Amazonas mantêm apoio a Bolsonaro mesmo com colapso na saúde. Congresso em Foco. 09 de fevereiro de 2021.

[11] Senado Federal. 2021. CPI da Pandemia. 26 de outubro de 2021.

[12] Esta série traduz o trabalho Ferrante, L. & P.M. Fearnside. 2023. Brazil’s Amazon oxygen crisis: How lives and health were sacrificed during the peak of COVID-19 to promote an agenda with long-term consequences for the environment, indigenous peoples and health. Journal of Racial and Ethnic Health Disparities. Disponível no link. 

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