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Curitiba tem o germe do fascismo? Artigo de Pedro Benedito Maciel Neto

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28 Julho 2023

Curitiba em 1955 deu a um entusiasta do fascismo e do nazismo, a um antissemita e racista, a vitória na corrida pela presidência da república, escreve Pedro Benedito Maciel Neto, advogado e mestre em processo civil pela PUC SP, em artigo publicado por A Terra é Redonda, 23-07-2023.

Eis o artigo.

Recentemente Gilmar Mendes voltou a criticar Sergio Moro enquanto juiz da Operação Lava Jato de Curitiba. Em sua participação no programa Roda Viva, da TV Cultura, ele relacionou a atuação dos integrantes da força-tarefa de Curitiba com a ascensão da extrema-direita no País.

Concordo com Gilmar, mas há quem não concorde, por isso fui pesquisar.

Descobri que em 1955 Curitiba deu mais votos a Plínio Salgado, figura emblemática do integralismo no Brasil, do que a Juscelino Kubitschek na eleição presidencial, isso mesmo, o integralismo venceu JK na capital das araucárias.

Um pouco de história.

Nos anos 1930, o Brasil foi palco da atuação de um dos mais significativos movimentos políticos de extrema-direita no país: a Ação Integralista Brasileira, cujo surgimento pode ser relacionado ao conjunto de fatores sociais, econômicos, políticos e culturais do período.

A conjugação entre a crise econômica mundial – com reflexos sobre o Brasil -, o descrédito na democracia liberal, a ascensão das camadas populares, simultaneamente ao surgimento de movimentos políticos radicais ou revolucionários e o fortalecimento dos ideais autoritários – tendo como principais representantes do período o nazismo e o fascismo – fez com que o terreno da história do período se tornasse fértil para um movimento que se propunha a construir uma “nova sociedade”, cujos pilares seriam a harmonia social, a renovação espiritual frente ao capitalismo, a disciplina, a hierarquia e o fortalecimento do Estado, destruindo a velha sociedade da “desordem”, do liberalismo desenfreado, do individualismo egoísta e do fraco poder político nos moldes liberais.

Mas quem foi Plinio Salgado e o que foi o integralismo que seduziram Curitiba?

Plinio Salgado foi um político ultraconservador, que fundou e liderou a “Ação Integralista Brasileira”, partido autodenominado “nacionalista católico”, inspirado nos princípios do movimento fascista italiano.

O fundador do partido integralista brasileiro foi também adepto da ditadura Vargas, mas, acusado de subversão, foi preso por Vargas e exilou-se em Portugal, apoiando-se em Salazar, outro fascista, tendo apoiado a ditadura de 1964.

Jorge Amado, adversário político e ideológico de Plinio Salgado, além de membro do PCB, comentou a obra literária de Plínio Salgado em O Cavaleiro da Esperança, biografia de Prestes, dizendo que: “Nunca em todo o mundo, incluindo o futurismo de Marinetti no fascio italiano, incluindo as teorias árias do nazismo alemão, nunca se escreveu tanta idiotice, tanta crendice, em tanta má literatura, como fez o integralismo no Brasil. Foi um momento em que o maior que o ridículo só era a desonestidade. Plinio Salgado, “fuhrer de opereta”, messias de teatro barato, tinha o micróbio da má literatura….”[i]. Critica pesada, não posso concordar, nem discordar porque não li nenhuma obra literária de Salgado.

E o integralismo?

A Ação Integralista Brasileira, foi um movimento político ultranacionalista, corporativista, conservador, de extrema-direita e inspirado no fascismo italiano e na doutrina social da Igreja Católica do início do século XX, fundada por Plinio Salgado em 1932.

A relação entre o integralismo e o fascismo é evidente e inegável.

O integralismo é a manifestação brasileira do pensamento fascista, que tinha forte apelo na década de 1930. Apesar de boa parte dos seus membros negarem a relação com o nazismo, existiram integralistas que defendiam ideais antissemitas. O integralista Gustavo Barroso, por exemplo, responsável pelos movimentos antissemitas, deu notável contribuição à ideologia de extrema-direita com a tradução e defesa do livro Os Protocolos dos Sábios de Sião, texto que influenciou o nazismo e que permanece em circulação até os dias atuais.

A ideologia integralista combate tanto o comunismo como o liberalismo econômico, pois entende que esses dois posicionamentos ideológicos são semelhantes devido à sua “unidade de raízes teóricas”, unidades de valores e unidade de fins, configurando-se, para ele, em duas doutrinas igualmente materialistas.

Para a ideologia integralista, o materialismo histórico, ou seja, a busca da compreensão das relações entre o trabalho e a produção de bens materiais ao longo da história ou, considerar o ser humano exclusivamente sob seus aspectos econômicos e materiais, seria a base do que se chama “civilização burguesa” e é a grande influência para a formação tanto do liberalismo econômico como do comunismo.

Muita bobagem, não é?

Bem, para Plínio Salgado a chamada “burguesia” não é uma classe social ou econômica e sim um estado de espírito, e, nas palavras de Miguel Reale, pai do jurista que assinou o pedido de impeachment de Dilma Rousseff: “Desde que o marxismo passou a ser a crítica da sociedade capitalista e (…) um método cômodo de estudar a sociedade burguesa, muitas ideias acessórias vieram se unir à tese fundamental da limitação da propriedade individual ou da sua supressão. Hoje em dia não é mais possível separá-las. O ateísmo, a abolição da família, o internacionalismo dos povos, o materialismo em todos os sentidos da vida, tudo está tão entrelaçado ao ideal socialista, que nos deparamos com um grande paradoxo: É preciso ter espírito estritamente burguês para abraçar o comunismo”. [ii]

Sim, é muita bobagem.

Em síntese, o integralismo é uma importação do pensamento autoritário europeu de tipo nazifascista, é expressão da ideologia autoritária brasileira que utiliza o pensamento europeu nacionalmente, preenchendo-o com conteúdo locais. A importação de ideias ocorre por se tratar de um pensamento autoritário, pois faz parte da lógica autoritária encontrar um “saber” já realizado, evitando-se o risco da elaboração do conhecimento e temendo o novo e o inédito. Assim, torna-se clara a debilidade teórica e a exigência de importar ideias já consagradas.

Ou seja, Curitiba em 1955 deu a um entusiasta do fascismo e do nazismo, a um antissemita e racista, a vitória na corrida pela presidência da república.

E na capital das araucárias nascerá no final de agosto de 2023 algo ainda mais patético, um tal “Foro de Curitiba”, cujo objetivo é “enfrentar a ideologia comunista, traçando um caminho que se estende desde a Escola de Frankfurt e Antonio Gramsci até o Foro de São Paulo” [iii].

O “Foro de Curitiba” nem nasceu ainda, mas já repete a cantilena integralista e lavajatista, dizendo ter “suas raízes firmemente plantadas em valores éticos, morais e princípios cristãos”, reforçando o direito inalienável de todos os cidadãos à liberdade.

E, para que não existam dúvidas sobre de que lado estão os curitibanos do tal foro, eles apoiam Bolsonaro e pleiteiam sua anistia, além de agradecerem aos “patriotas” que participaram de acampamentos em frente aos quartéis e que foram às ruas pela “liberdade e democracia” (é assim que eles chamam a barbárie de 12/12, 24/12 e 8/1).

Em resumo, Gilmar Mendes tem razão, Curitiba gerou Bolsonaro e tem o germe do fascismo.

Essas são as reflexões.

Notas

[i] Amado, Jorge. O Cavaleiro da Esperança. Rio de Janeiro: Record, 34ª ed. 1987. pp. 270. 378 páginas.

[ii] Reale, Miguel. O Estado Moderno. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio, 1934

[iii] Foro de São Paulo, acesse aqui. 

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