• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

O Livro das Lamentações. Artigo de Roberto Mela

Foto: Arrangaments Photography | Canva

Mais Lidos

  • Uma breve oração pelos mortos no massacre no Rio de Janeiro: “Nossa Senhora da minha escuridão, que me perdoe por gostar dos des-heróis”

    LER MAIS
  • “É muito normal ouvir que Jesus está para voltar. Mas quem está no púlpito dizendo que Jesus está para voltar está fazendo aplicações em ações ou investimentos futuros, porque nem ele mesmo acredita que Jesus está para voltar”, afirma o historiador

    Reflexão para o Dia dos Mortos: “Num mundo onde a experiência fundamentalista ensina o fiel a olhar o outro como inimigo, tudo se torna bestial”. Entrevista especial com André Chevitarese

    LER MAIS
  • De Rosalía a Hakuna, por que a imagem cristã retornou à música? Artigo de Clara Nuño

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    30º Domingo do Tempo Comum - Ano C - Deus tem misericórdia e ampara os humildes

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

03 Junho 2023

"O tom é trágico, impregnado de protesto. Quando a degradação é grande, resta apenas o protesto expresso com infinita audácia que pode abrir caminho para um futuro diferente, um futuro baseado na sofrida redescoberta de uma aliança com YHWH", escreve Roberto Mela, padre dehoniano, teólogo e professor da Faculdade Teológica da Sicília, em artigo publicado por Settimana News, 29-05-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Já atuou como responsável pela Formação Bíblica da arquidiocese de Milão e colaborador do Departamento Ecumênico e de Diálogo para as relações com o judaísmo, o autor - Luigi Nason - conhece profundamente os textos bíblicos do Antigo Testamento, a tradição interpretativa cristã e aquela judaico-rabínica.

O primeiro capítulo do livro é dedicado ao título do livro bíblico e sua colocação no cânone bíblico.

Os cinco capítulos das Lamentações, atribuídos pela maioria das versões antigas e pela tradição ao profeta Jeremias, elevam um trágico lamento a Deus pela angustiante situação de Jerusalém no contexto da conquista pelos babilônios (586 a.C.) e da devastação presentes no imediato pós-exílio entre o povo que permaneceu em Judá.

Na leitura litúrgica realizada no nono dia do mês de 'Ab, Lamentações pretende recordar a destruição do templo em 586 a.C. pelos babilônios e a de 70 d.C. pelos romanos.

Tradução e comentários

Cada capítulo das Lamentações consiste em um poema. Os cap. 1-2 e 3-4 parecem conectados um ao outro de acordo com um esquema quiástico e remontar à época da queda de Jerusalém/Sião.

O cap. 3 parece, ao contrário, vir do contexto do exílio babilônico. Seu autor pode ser aquele que recolheu e editou os cinco poemas, dando-lhes sua forma definitiva.

Enquanto no cap. 3 apenas a voz de um indivíduo se eleva, nos outros capítulos se alternam a voz da cidade e a do poeta, enquanto a de YHWH se cala ("O silêncio de Deus").

Nason traduz pessoalmente o texto hebraico, muitas vezes se afastando da tradução oficial da CEI de 2008. No cap. 3,57-61 interpreta, por exemplo, os verbos perfeitos hebraicos como perfeitos precativos, com significado idêntico ao imperativo. O sentido do texto muda bastante. A tradução do último versículo, 5,22, também é diferente, e expressa, em tom duvidoso, o típico final aberto do livro: "A menos que nos tenhas abandonado, e contra nós demasiadamente estejas enfurecido”.

Os poemas são caracterizados por sua forma acróstica (cada estrofe começa com uma letra do alfabeto hebraico), enquanto o cap. 3 é um acróstico, mas com a particularidade de cada versículo começar com uma das 22 letras do alfabeto, expressando completude e plenitude.

Vozes em campo

O gênero literário do lamento pela queda da cidade era conhecido no antigo Oriente Antigo, mas previa o pranto da divindade feminina sobre a cidade, a intervenção da divindade e a reconstrução da cidade e do templo. Esse não é o caso das Lamentações, onde Deus se cala e a cidade não é reconstruída. A esperança é fraca, enquanto prevalecem o lamento e a acusação.

O livro de Lamentações tem um tom lírico e uma estrutura concêntrica.

Os cap. 2 e 4 mencionam a destruição: a carestia, a ira de Deus, a alegria dos inimigos, o pecado, as culpas dos falsos profetas, dos sacerdotes e dos reis.

Os cap. 1 e 5 descrevem o período após a destruição e mencionam viúvas e órfãos, o confronto com o passado, choro, desolação e lamentação por tudo o que desapareceu, a perplexidade e a insegurança, o sentimento de vergonha e a perda de dignidade.

Para Nason os cap. 2 e 4 vêm de uma testemunha ocular e poderiam ser datados de 570-560 a.C.

O cap. 1 observa a destruição de Jerusalém de mais longe e poderia remontar a 530 a.C.

O cap. 3 expressa uma situação humana universal, mas, na seção central (v. 39-48), apresenta o poeta que se identifica com o povo sofredor. Descreve-se o afastamento do povo de YHWH por sua própria culpa, o desprezo das nações e o medo gerado pela gravidade da destruição. A memória viva da catástrofe nacional sugeriria numa data entre 550-540 para a sua composição.

O cap. 5, uma liturgia, é mais tipológico do que específico e parece refletir um longo período de sujeição nacional e de desolação de Sião. Poderia datar de 530 a.C.

No cap. 1 a voz do poeta se alterna com a de Sion, apresentada como uma viúva desconsolada. Lamentações expressa uma literatura de sobrevivência, onde o lamento forte é um meio de expressar o desejo de sobreviver e poder continuar desfrutando do favor de YHWH quando se recordará de sua aliança firmada com o povo.

Os cap. 1-2 apresentam, primeiro, o sofrimento e, em segundo lugar, sua interpretação. A experiência da destruição da cidade e do templo é tão grave, absurda e terrível que a única forma de tentar lidar com ela foi, para o poeta, atribuí-la diretamente a Deus.

O segundo poema traz a voz do poeta e da filha de Sião. Nele se registra uma impressionante cascata litânica de verbos de destruição, que têm como único sujeito YHWH representado na sua ira. A sua cólera o moveu como um inimigo contra a cidade. A ira ardente e furiosa abateu-se sobre Sião. São mencionados o fogo, a nuvem e a mão retirada de YHWH, quase num contraêxodo. O horror e a gravidade do sofrimento residem no seu aparecimento sem fronteiras, enquanto até as crianças e os lactantes desfalecem nas ruas da cidade.

O clímax do poema está em 2,13 onde se pergunta quem será capaz de curar a desgraça de Sião, imensa como o mar. Ao poeta resta apenas o ministério da linguagem: falar às vítimas e ajudá-las a sair de um estado de prostração e elevar um grito a YHWH. Sião deve gritar na noite, derramar o seu coração como água, levantar as mãos para Ele, pela vida das crianças que morrem de fome em cada esquina (cf. 2, 18-19).

O centro do livro

O terceiro poema representa para muitos, como para Nason, o centro monumental do livro. A voz solitária de um homem se eleva – geber -, que viu a aflição da cidade. Agora se cala. Pela terceira e última vez, Adonai é apresentado como um inimigo que virou a mão contra seu povo, quebrou seus ossos, consumiu sua carne e sua pele, o fez habitar lugares tenebrosos como os mortos há muito tempo, fechado entre um muro intransponível e apertado entre pesadas correntes.

No v. 3,19-33 o tom muda abruptamente e “o homem” dirige-se a YHWH com um imperativo que apela à memória para a aflição e o veneno que o homem experimenta. Ele pretende recordar a bondade de YHWH e quer esperar que, por sua bondade, o povo não desapareça definitivamente e que sua misericórdia não se esgote. A bondade e a misericórdia de YHWH renovam-se todas as manhãs: grande é a tua fidelidade! "A minha porção é YHWH, digo a mim mesmo, portanto esperarei nele" (3,24).

Nason traduz a série de perfeitos afirmativos dos v. 56-62 como "precativos", isto é, correspondentes a imperativos e não como perfeitos que se referem a eventos passados. “Escuta, aproxima-te, defende, olha, ouve” são os imperativos expressos.

Lm afirma: “Disso me recordarei no meu coração, por isso tenho esperança”. O "disso" refere-se aos versículos anteriores, ou seja, ao sofrimento passado e à certeza da fidelidade de YHWH. Só a lembrança de YHWH tem força para mudar o presente e o futuro. Portanto, o pedido a Ele para lembrar é uma constante nas orações de súplica.

Lamento e sofrimento interpretados

No quarto poema intervém primeiro a voz do poeta (4,1-11.12-16), tanto cronológica quanto geograficamente próxima dos eventos narrados que parece não conseguir encontrar as palavras para expressar a dimensão da catástrofe e tentar dar-lhe um sentido.

Em 4,17-22, por sua vez se expressa a voz do "nós" dos sobreviventes, com um coro de lamentação. As pessoas estão em uma situação de depravação e de privação. O tema principal é a degradação, devido à escassez de alimentos. Leva as mães a cozinhar os próprios filhos para comê-los. Existe um grande sofrimento físico, um calor opressivo. YHWH está inexoravelmente silencioso, enquanto o inimigo atravessa os portões da cidade.

Nos comentários dos mestres judeus, a destruição foi interpretada como a punição do povo por sua culpa. Caso contrário, teriam permanecido como causas a maldade divina, a impotência de YHWH e seu abandono do povo, com o repúdio da aliança.

Os mestres da tradição partiram de alguns versículos proféticos para atribuir a causa de todos os males à idolatria de Israel (cf. Jr 26,18). Além disso, houve o abandono da torá (cf. Jer 9,11-12) e dos 36 mandamentos, correspondentes ao valor numérico das letras de hkfy)iI,. ('=1; y=10; k=20; h=5).

O Midrash rabínico sobre o Livro das Lamentações também introduz o pathos divino: Deus chora por ter feito sua presença habitar em Sião, que agora é motivo de chacota para todos. Ele promete voltar para sua antiga morada.

O quinto poema é um lamento dos sobreviventes, que termina com um final aberto e de dúvida. O comentário midráshico esclarece o v. 22 de modo que resulte positivo: “…toda a cólera acaba no fim por diminuir”.

O poema começa com três imperativos: “lembra, olha, vê”. Continua com um lamento e um protesto (v. 2-18). Tudo se tornou árido e deserto, há violência e humilhação infligidas às mulheres, aos chefes, aos idosos e aos jovens.

O lamento encontra seu clímax nos v. 15-18: "fugiu-nos a alegria dos corações... caiu-nos da cabeça a coroa, desgraçados de nós, porque pecamos... o monte Sião foi assolado e nele andam à solta os chacais". No v. 19-22 se expressa o que YHWH deveria fazer, mas que talvez não faça... “Tu, YHWH, senta-te (volta a sentar/permanece) para sempre... (5,19). Agora a cidade está solitária… (1,1), habita entre as nações…” (1,3).

O v. 21 abre à esperança: “Reconduze-nos a ti, YHWH, e voltaremos, Faze-nos reviver os dias de outrora!”. É seguido, no entanto, por 5,22 que é duvidoso, provocativamente aberto, diz Nason. Ele traduz – ao contrário da CEI 2008 -: “A menos que nos tenhas abandonado, e contra nós demasiadamente estejas enfurecido...”. É uma não conclusão. “O poema é deixado em aberto no vazio de uma não-resposta de Deus” (T.A. Linalfelt, cita na p. 80, nota 39). “Estás desmedidamente enfurecido contra nós…”.

O lamento do cap. 5 é diferente do usual comunitário porque a parte do protesto é muito mais ampla, a invocação de YHWH em 5,19 é muito breve e porque falta qualquer expressão de louvor. O tom é trágico, impregnado de protesto. Quando a degradação é grande, resta apenas o protesto expresso com infinita audácia que pode abrir caminho para um futuro diferente, um futuro baseado na sofrida redescoberta de uma aliança com YHWH. “Onde o grito não é expresso, o céu não se move e uma história não pode realmente começar. Tudo o que resta é o desespero. Onde o grito é expresso com ousadia e força, o céu pode responder e a terra pode ter uma nova chance. A nova decisão no céu e a nova possibilidade na terra dependem do protesto que alguém teve a coragem de iniciar” (W. Brueggemann, cit. na p. 83, nota 46).

O obstinado silêncio de Deus

Após a tradução e um rápido comentário sobre os vários poemas (pp. 4-83), Nason apresenta seus comentários sobre a poética do obstinado silêncio de Deus (p. 84-176). Ele observa como o livro seja uma expressão da vontade de sobreviver, com um caráter lírico e caracterizado pelo acróstico alfabético.

O livro tem uma estrutura unitária, ainda que os poemas provavelmente tenham nascido em épocas distintas e talvez tenham sido recolhidos e estruturados pelo autor do cap. 3, próximo da escola de Isaías.

O livro tem uma estrutura concêntrica. Em torno do lamento do indivíduo expresso no cap. 3, articulam-se os cap. 2 e 4 que falam de destruição, enquanto os cap. 1 e 5 falam do tempo após a destruição.

Lm 3,1-39 parece propor uma forma alternativa de resposta à catástrofe no que diz respeito aos restantes poemas. Um corretivo intencional. Uma seção parenética, que nos convida a esperar em silêncio, com firmeza e esperança, a restauração divina realizada pela ação soberana de YHWH.

La poetica del silenzio di Dio | Divulgação

Literatura de sobrevivência

Sobreviver é um parágrafo (p. 119-176) que Nason dedica ao fato de que se tentou sobreviver atenuando a natureza trágica das afirmações de Lamentações com o anúncio da esperança. Isso acontece em Lm 3,1-19.

A outra maneira é abordar diretamente as passagens mais inquietantes ou acusadoras para tentar dar uma resposta imediata a eles.

As releituras interpretativas se encontram segundo Nason em Is 40-54, no Targum ‘ekah e no Midrash 'ekāh rabbāh. Sião/Jerusalém é mencionada frequentemente em Is 40-55, onde se fala também da sobrevivência de Sião e do homem sofredor em Is 49-54, quando menciona o servo sofredor, de forma quase alternada.

A comunidade dos exilados e a que ficou em Judá procuram uma "linguagem comum" e um conjunto de símbolos para se tomar reciprocamente em consideração e se dar sentido. Is 48 fala da saída do povo da Babilônia e do retorno à sua própria terra graças a YHWH e ao seu servo. Em Is 49,14-26 YHWH responde ao sentimento de abandono sentido, anunciando o “conforto” invocado nas Lamentações com o anúncio do regresso dos filhos de Sião.

Releituras

A sobrevivência também é expressa na tradição rabínica. O Targum de Lamentações não é apenas tradução, mas interpretação e exegese. Reflete o período imediatamente após a destruição do Segundo Templo.

No Midrash 'ekāh rabbāh está refletida principalmente a vida em excesso. Nason cita duas passagens do Midrash em que se expressa a resposta de YHWH à perda de filhos e sobre seu retorno. Deus está envolvido emocionalmente na tragédia e se imagina uma vida restaurada. A resposta de Deus faz referência a uma punição devida ao pecado. Deus chama os patriarcas como testemunhas, Abraão, a torá e suas letras, mas todos se recusam a testemunhar contra Israel. Raquel intercede pelos filhos que já não estão e Deus promete o regresso dos filhos à sua terra.

Teodiceia e antiteodiceia

Segundo Nason, em Lamentações há um equilíbrio sutil entre teses de teodiceia e antiteodiceia. A tragédia é muitas vezes justificada com a culpa cometida por Israel, mas outros textos acusam diretamente Deus de ter se tornado inimigo de seu povo. Nason cita pensadores modernos e suas diversificadas reflexões sobre o assunto.

O estudioso encerra seu volume com algumas reflexões sobre o sobreviver... apesar de tudo (p. 177-185). Mesmo diante do obstinado silêncio de Deus, quem ora não desiste. A sua esperança está nas palavras do homem de Lm 3 que afirma que a fidelidade de YHWH se renova todas as manhãs (Lm 3,22-23), na invocação de Sião a YHWH para que olhe para a sua própria situação, nas exortações do poeta que exorta Sião clamar dia e noite (Lm 2,18-19) Há um anseio por justiça, espaços de reconhecimento e catarse que abrem espaço para o caminho da justiça nas vozes da comunidade que suplica a Deus para fazê-la voltar a ele (5,21).

Segundo Nason, nos textos de Is 34-66 parece estar presente uma tentativa de resposta às questões angustiantes postas por Lamentações.

Em Is 34-66 recorda-se um projeto de Deus para trazer de volta os exilados, com a história disso e a certeza de que YHWH mantém a aliança e restaurará Sião. Em Is 55 está a exortação propriamente dita, enquanto Is 55-66 traz a instrução profética sobre a comunidade restaurada em Sião. Em Is 49,14-15.19-22 encontram-se os mesmos verbos de Lm 5,20. Parece haver relações literárias e teológicas intencionais entre Lm 2,13-19 e Is 51,17-22 e 62,6-7.

A rica bibliografia (p. 186-212) - que cita as fontes do texto bíblico, os textos rabínicos, os comentários e os estudos - é seguida pelo Posfácio organizado por Giampaolo Anderlini. Ele confirma o trabalho de Nason e destaca seu valor com mais cinco notas marginais que contribuem para enuclear os problemas interpretativos exegético-teológicos colocados por Lamentações. São questões que talvez fiquem sem solução para sempre, mas que é honesto considerar com sentido de responsabilidade.

Livro técnico, que está entre os poucos comentários dedicados a esse livro bíblico carregado de drama, mas também sempre aberto à débil esperança na fidelidade de Deus mesmo no maior e mais trágico sofrimento, marcado pelo silêncio de Deus.

Leia mais

  • Jerusalém: uma “praça da alimentação”
  • Os discípulos e as discípulas “prediletos” de Jerusalém
  • Estamos a caminho de Emaús ou de Jerusalém?
  • Terra Santa sem paz. Patriarcas e líderes das Igrejas em Jerusalém fazem declaração pela paz
  • Roma 1943, aquelas freiras que salvaram os judeus
  • A tecnologia influenciará nas celebrações litúrgicas futuras
  • Entrada da Mãe de Deus no templo. Artigo de Manuel Nin
  • Deus não fala mais no templo, mas no deserto
  • Almoço de domingo com as Supergatas e o profeta Jeremias
  • O Silêncio de Deus segundo Jeremias. Artigo de Paolo Ricca
  • Jeremias (Jr 7,23-28): a fé, o abandono de Deus e o crescimento dos evangélicos
  • As lágrimas de Jeremias: o profeta e o sacerdote perambulam sem compreender
  • Túneis sob o Muro das Lamentações serão abertos ao público
  • As mulheres do Muro das Lamentações: ''Fazei-nos orar como os homens''
  • Uma “igreja sinodal” com uma missa “privada”? O léxico que não é cânone
  • O bom Deus do Antigo Testamento. Artigo de José Luis Caravias

Notícias relacionadas

  • "Meu filho, te poupo para manter-te amarrado a mim"

    LER MAIS
  • O Deus do Veríssimo

    LER MAIS
  • Transfigurado de uma vida solitária e desconectada

    LER MAIS
  • Quando uma mãe perde um filho, aproxime-se com lágrimas, não com palavras, diz o Papa

    Nas profundezas do desespero, quando palavras e gestos já não ajudam, chorem com os que sofrem, porque as lágrimas são as seme[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados