Egydio Schwade será agraciado com o título de Doutor Honoris Causa

Foto: Assembleia Legislativa do Amazonas

Mais Lidos

  • A marca de Francisco no conclave de 2025. Artigo de Alberto Melloni

    LER MAIS
  • Ur-Diakonia: para uma desconstrução do anacronismo sacerdotal e a restauração do 'homo diaconalis' na igreja. Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • De quintal a jardim de horrores: América Latina no centro da Doutrina Donroe. Destaques da Semana no IHUCast

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

25 Abril 2023

Publicamos a seguir o relato de Egydio Schwade ao ser convidado para receber o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes, de Minas Gerais. 

Egydio Schwade é reconhecido por sua luta em defesa dos direitos dos povos indígenas e comunidades tradicionais. Schwade é filósofo e teólogo pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos. Foi um dos fundadores do Conselho Indigenista Missionário – Cimi e primeiro secretário executivo da entidade, em 1972. Hoje é colaborador do Cimi, residindo em Presidente Figueiredo-AM.

Eis o texto. 

Ontem recebi o convite da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), de Minas Gerais, para me apresentar no dia 8 de maio, a fim de receber o título de Doutor Honoris Causa, anunciado quando a epidemia estava estourando no país.

Aceitei a homenagem pensando em vocês, vivos e mortos, em todo este mutirão de companheiros e companheiras da Igreja, da Missão Anchieta, da Operação Amazônia Nativa (OPAN), do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), da Comissão Pastoral da Terra (CPT), do COMIN, do CEDI, da ANAI, das Comissões Pro-Índio, do Grupo de Estudos da Questão Indígena (GREQUI-MG), do Grupo de Apoio ao Índio/PA, do GRUPO KUKURU/AM, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), jornalistas, médicos e muitos outros e outras que a partir dos anos 60 e anos 70, lutam, lutaram, vivem ou sofreram o martírio, ou já morreram pela causa indígena, quilombola e camponesa. E não foi em vão! Comunidades e povos estão aí, enaltecidos, vigorosos e destemidos, com a sua causa assumida, apontando os caminhos de esperança, do bem-viver, para toda a humanidade.

“Põe a semente na terra e não será em vão. 

Não te preocupe a colheita.

plantas para o irmão”.

Agradeço à Unimontes a lembrança desta homenagem, agora marcada para o dia 8 de maio, in memoriam ao aniversário de Doroti Alice, a minha querida companheira e condutora durante a trajetória mais difícil, mas também mais linda de minha vida.

Vivos e mortos, aguardo a todas e todos na Unimontes.

Com meu abraço,

Egydio Schwade
Casa da Cultura do Urubuí  CACUÍ

Leia mais